Quarto

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IV


Narradora
                  Clã das Águas


Kelly chegou na Floresta e seguiu para o lugar onde o tinha visto pela primeira vez: uma clareira rodeada de árvores altas, que bloqueavam as tentativas da luz do sol de trazer calor ao solo.


O vento morno lhe beijou a face e ela respirou fundo.

O que tinha lhe dado na cabeça para perguntar a Heda dos doze clãs e a sua companheira se a conheciam?


Negou fielmente com a cabeça.


O entardecer de aproximava, mas o sol ainda estava firme e quente fora da proteção da copa das árvores.


Ela encheu os pulmões de ar e pela primeira vez conseguiu se libertar.


Sem dir e sem medo. Nem tudo são rosas.


Algo a impediu de mudar forma: como uma corrente que a puxava à forma humana, impedindo-a de ser quem era/queria.


Apenas seus olhos ficaram dourados.


Uma sombra esfumaçada surgiu em frente a si:


- Nou deny the animal.
       (Não negue o animal).


A última coisa que viu foi o símbolo celta de prata em sua mão.


....


A Heda e sua Ômega olhavam atentamente a floresta, como se algo estivesse acontecendo e elas não soubessem o que era. Como se apenas sentissem que era algo importante.


Alycia não desistiu. Saiu com Alycia em seu encalço e ambas foram escoltadas até a floresta...


...



Ao acordar, Kelly não estava na floresta.


Estava em uma cela de pedra bruta que parecia ter sido abandonada eras atrás.


Ela segurou com força as barras de metal e as chacoalhou, fazendo com que poeira e algumas raízes mortas caísse sobre sua cabeça.


Subsolo.


Ela sentia pavor daquele lugar. Ela o tinha como aversão, mas nunca soube explicar o porquê:


- Nunca tinha visto uma...como você...Exilada.



Ela respirou, tentando manter-se sã.


- O que é você?



- Veja-me como alguém que pode te ensinar ou te...


A voz não concluiu sua fala quando um alto rosnado se fez presente.


Kelly escutou o engasgar de um dos dois vultos com o sangue, percebeu que não era o que se parecia com o lobo.


Os olhos azuis lhe encaravam serenamente. Sem pressa, lhe dando o tempo que precisasse para avaliar e entender a situação.


O lobo sentou-se, ereto.


Kelly não se sentia amedrontada com a presença... Sentia-se segura. Como quando ele estava com ela ou como aquela outra presença que a acompanhava desde de sempre.


Ela sentou-se, levantou a cabeça e encarou a lua...



...


Alycia Debnam
                           Clã das Águas


Ela permaneceu sã olhando a lua nova de modo como que a buscar respostas.


Ainda como Ômega, me permitir ficar ali e absorver cada detalhe da "quase mulher" á minha frente: os olhos azuis esverdeados, cabelo loiro como o de Eliza.


Algo não estava certo: uma lágrima caiu de sua face, vermelha. Uma gota de sangue.


Eu tinha uma vaga ideia do que estava acontecendo... Não podia ser.


Ela ainda não precisava escolher: Eliza e eu tínhamos que lhe mostrar a situação para que ela a avaliasse por si só.


Ela estava sendo puxada de volta para a humanidade.


Ela não se deixou consumir apesar das dúvidas que tinha.


E pelo modo calmo que o fez, percebi que era verdade: algo ou alguém queria adiantar sua escolha.


Betas podem ser leais e obedientes. Mas, se o Alfa que os comanda não tiver consciência do fardo que carregam...muita coisa pode ir de mal á pior...

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OLHA QUEM VOLTOU! Desculpa a demora😑🙃!

Acontece que estava sobrecarregada e também estou com novos projetos de fic (alguém aqui gosta da Harley Quinn e Esquadrao Suicida??)

Enfim um beiijoooo! Me digam o que acharam!

𝐇𝐢𝐤𝐞𝐫 𝐒𝐩𝐢𝐫𝐢𝐭 (𝐀𝐁𝐎) • 𝐂𝐥𝐞𝐱𝐚Where stories live. Discover now