O Chefe - Romance Gay

VENTOS FRIOS DA MADRUGADA

11:15

O sol está um pouco quente, o almoço ainda não saiu, minha mãe não resistiu aos encantos da cozinha e resolveu ajudar tia Cida, Alice tá conversando com o namorado no telefone ( coisa que vem fazendo muito ), César está tomando banho de piscina com Arthurzinho, como se nunca tivesse se divertido tanto na vida, e eu estou sentado na sombra ao lado do sogrão, bebendo suco e ouvindo histórias sobre suas idas à Itália e outros países...

11:58

Vesti uma sunga do César e entrei na piscina junto à ele é Arthur, minha mãe e Cida já terminaram o almoço e a sobremesa, e estão conversando muito empolgadas junto ao meu sogro. E Alice, na ausência de um biquíni, ficou apenas de espectadora, tirando selfies na beira da piscina fazendo biquinho...

12:24

A barriga começa a roncar, César, Arthur e eu trocamos de roupa e logo estamos todos à mesa, sentados como uma família, todos se servem; arroz, saladas, suco, carne ao molho madeirado, peixe ao coco, e vários outros pratos que não consigo descrever...

Alice come, Parando vez ou outra pra conferir mensagens celular, César ensina Arthur a cortar a carne, minha mãe e tia Cida discutem sobre o ponto de algum prato entre uma garfada e outra, meu sogro chama a atenção de todos batendo a colher sobre uma taça:

" Bom, aproveitando o momento, tenho algumas coisas bem pertinentes à dizer... A primeira é que logo logo, amanhã, para ser mais específico, estarei voltando pra Itália, pois é, só voltei porque precisava colocar algumas coisas no lugar, e claro, se reconciliar com meu filho, espero que se conformem com a simples justificativa de que estarei seguindo o meu coração, e sem dúvida serão dias incríveis... "

- César ri, provavelmente ciente do que o pai está dizendo, mas antes que possa dizer qualquer coisa o seu pai retorma:

" E a última coisa que queria dizer é que a porta da minha casa está aberta pra vocês o tempo todo, inclusive a piscina! Pro meu netinho ali! " - diz ele apontando pro Arthur, que logo ri, então continua:

" Conheci vocês hoje, mas posso ver que são pessoas maravilhosas, o tipo de gente que a gente sempre quer por perto, obrigado pelo dia! " - diz ele por fim.

" Nossa, pai... Nem sei Oque dizer... " - indaga César.

" Mas dizer oque? Hehehe, estamos bem, estamos em família, e isso é tudo oque importa! Agora vamos voltar a comer esse almoço divino! " - termina ele, e todos voltam à comer...

14:10

O sogrão foi descascar o almoço no quarto, Alice e mamãe foram embora pra casa, tia Cida, com o dia de folga, foi ver como anda as coisas lá no morro, estou deitado com a cabeça sobre o colo do César, e arthurzinho está todo risos, jogando futebol com uma bola de couro da Nike que ganhou do César...

" Olha só pro moleque, não larga a bola " - digo.

" Será que ele vai ser jogador no futuro? "

" Isso eu não sei, mas já estou contribuindo! " - diz ele rindo e beijando meu rosto.

" Olha só essa testa, quantas marcas de arranhão! " - ele provoca.

" Pois é, é nisso que dá correr atrás de quem a gente ama! " - respondo comicamente, e César se acaba na risada. Rindo tão descontroladamente que quase não quando tomo coragem pra dizer:

" Eu te amo, cara... "

- pois é, 'quase', porque ele escutou, e não hesitou responder:

" Eu também te amo... "

23:42

Minha mãe não se preocupou em deixar arthurzinho passar a noite aqui, e ele ficou mais do que satisfeito em dormir no quarto de hospedes. César e eu, que tinhamos passado boa parte da noite namorando, fomos dar uma última olhada, e Arthur já dormia, César desligou a TV e fomos até o quarto. Mas eu não estava disposto a dormir, a noite pra mim só havia começado...

César tirou a blusa e se jogou na cama, assumiu uma expressão de espanto quando eu fiquei apenas de cueca. Andei até onde ele estava, rindo de lado, do jeito que ele dizia gostar, e deitei sobre ele, lhe enchendo de beijos, deixando claro oque eu queria...

" Está pronto? " - pergunto, e César parece entender perfeitamente a pergunta:

" Não sei, é que..." - não espero ele terminar a frase.

" Eu sei que você nunca fez, mas sei também que você confia em mim, certo? " - pergunto com calma.

" Confio sim... "

" Então isso é o suficiente, meu amor... " - término voltando a beija-lo enquanto ele contorna meu corpo com suas mãos suaves, a noite está fria, sinto o vento vindo da janela aberta bater em minhas costas, mas os lábios quentes de César transmite o calor que preciso. Tiro toda a roupa dele com calma e lentamente, e nessa hora nada mais existe: problemas, medos, dúvidas. Nada, apenas ele, eu, a noite fria, e nossos corpos...