PRO QUE DER E VIER

4K 417 19
                                    

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

     Permanecemos um bom tempo se beijando, em silêncio, apenas curtindo a maravilha que era poder se beijar sem preocupações

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.


     Permanecemos um bom tempo se beijando, em silêncio, apenas curtindo a maravilha que era poder se beijar sem preocupações. Coisa que acabou horas depois, quando minha irmã e minha mãe chegaram da praia...
César e Eu optamos por manter tudo em sigilo até encontramos alguma resolução viável para o problema, e foi isso oque eu fiz: contei a minha mãe que César iria passar uns tempos aqui em casa e que isso era tudo oque ela precisava saber. Ela adorou a idéia, e afirmou que César tinha uma personalidade cativante ( oque de fato era verdade ), tentei pensar na parte boa de tudo aquilo, mas não deixava de me questionar se César não se adaptaria com a vida (mesmo que por alguns dias), nesta parte da cidade. E foi com essa incerteza que tudo começou.

Dia um

Acordei no meio da madrugada com dor nas costas ( como consequência por ter dormido em um colchão ao chão), após ceder minha cama para César, fui até a sala, tomando cuidado pra não esbarrar em nada e acordar o povo, e me deitei no sofá, foi uma ideia boa, a não ser por: 1- a sala ser próximo a rua e parecer que todo o barulho de fora está acontecendo dentro de casa. 2- meu corpo ser um pouco maior que o sofá, e meus pés ficarem sobrando alguns centímetros. 3- ter que acordar com os raios de sol que penetravam basculante a dentro e atingiam meu rosto...
Cesar acordou meio desanimado com o trabalho, mas deu umas boas risadas quando tomávamos todos café à mesa, com Alice relatando oque havia ocorrido na praia, e riu ainda mais depois, quando eu tentava convencer Arthur a tomar banho para ir ao colégio...
Saímos eu, meu irmão e César na moto, deixei o arthurzinho na aula e fomos para o trampo, no caminho César me alertou sobre continuar mantendo o mesmo sigilo de casa no trabalho, e reforçou oque havia dito antes sobre eu ter acesso a sua sala na hora em que eu quisesse ( oque embora fosse bom, eu não me sentia muito bem em fazer)...
E foi de fato mais um dia normal, com bastante vendas e gente entrando e saindo o tempo todo, embora o sol estivesse um pouco forte, tentei me arranjar na única sombra que vi ( ir até a sala do César era só quando não aguentava mais ), e eu até fui ao meio dia, almoçamos juntos e embora eu tenha tentado, acabei não residindo e tirei um cochilo numa das poltronas fofas e confortáveis. Acordei pouco tempo depois com César me olhando, como se tivesse fazendo aquilo enquanto eu dormia...

Dia dois

Um dia chuvoso, pouco movimento na loja, observava do lado de fora o César conversado com a Sofia, não demonstrava estar sofrendo nem nada do tipo, e era bom vê-lo daquela maneira, embora no fundo eu ainda soubesse que aquilo era, em parte, pouco convencional, ele ainda estava sofrendo, mas preferia guardar tudo pra si.
Estava com saudade de ir até o boteco, chamei César pra ir comigo, e mesmo prometendo lhe proteger, o episódio do banheiro ainda lhe assombrava, e ele decidiu não ir, pegou um táxi e voltou pra casa. Terminei a noite bebendo umas cervejas e pensando no quanto as coisas estavam começando a mudar entre César e eu...

Dia Três

Novamente acordei no meio da madrugada com dor nas costas (consequência das noites dormindo entre o colchão e o sofá), levantei lentamente e sem esboçar barulho, peguei meu travesseiro e o lençol e antes de ir até a sala lancei um último olhar pro César, que dormia tranquilamente em minha cama, por um momento me perguntei o que ele tinha enxergado em mim, e lá estava ele: o cabelo caindo sobre os olhos, respiração suave, encolhido com embaixo do lençol, até quando dormia parecia diferente de mim, - sem dúvidas... Tínhamos pouco em comum.

Dia Quatro

Acordei com vontade de ir ao banheiro, mas ao levantar levei um susto, César estava sentado na cama com o rosto enterrado nas mãos, andei com cautela até ele, que não havia notado minha presença ainda, e sentei ao seu lado, quando ele virou o rosto pra mim, estava chorando... Não sabia ao certo oque dizer, mas não gostava de vê-lo chorando, prometi que tudo ia se ajeitar e lhe dei um beijo rápido, disse que ia ao sanitário e que logo voltaria, e foi oque fiz...
Quando voltei perguntei a César oque tava se passando, ele afirmou que tava com saudade do pai e que estava indeciso sobre muitas coisas, coisas essas que ele se recusou a contar. E lá ficamos um bom tempo, em silêncio, eu apenas alisava sua mão com as minhas, como uma forma de mostrar que eu iria lhe proteger apesar de tudo. Demos mais alguns beijos até que o sono começou a chegar novamente.
Contei a César que estava com sono e que iria me deitar, fui até o meu colchão e praticamente desabei. Me surpreendi, quando minutos depois César veio até mim e deitou-se ao meu lado.
Dei algumas risadinhas e adverti que ao contrário dele eu era muito inquieto dormindo, mas César não ligou, e logo estávamos lá. Decidi puxar César pra perto de mim, e ficamos de conchinha.
Não demorou muito e arthurzinho acordou, dizendo ter tido um pesadelo, meu coração acelerou, não sabia se meu irmão estava conseguindo enxergar a cena, ou se não se importava com aquilo. O fato é que ele agiu absolutamente normal, perguntou se poderia dormir conosco, e sim que eu permiti ele se deitou ao meu lado. E lá estava eu: deitado com os únicos homens que precisavam da minha proteção, seja para se livrar de um pesadelo, ou pra afogar as lágrimas. eu estava feliz, de um (modo novo e estranho), mas estava, e fiquei mais ainda quando me virei e olhei César, nossos rostos próximos, as luzes apagadas, revelando poucos dos nossos traços. E como um sussurro César indagou:
" Estou me apaixonando por você a cada dia que passa... Você me fez conhecer o amor e eu sou muito grato por isso..."
Demorei algum tempo pra responder, já havia me apaixonado por uma garota antes, mas agora era diferente, alguém estava apaixonando por mim, era uma sensação boa, - nossa, ser amado por alguém é realmente muito bom!
E com toda a calma respondi:
" A cada dia que passa eu sinto mais vontade de corresponder esse amor... "

 "

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.


O Chefe - Romance GayOnde as histórias ganham vida. Descobre agora