Nossas sombras, realçadas pelas luzes violáceas que se derramavam do poste, bailavam horizontalmente na extensão do muro.
Elas subiam numa salsa.
Desciam numa cumbia.
Movimentavam-se da esquerda para direita, da direita para esquerda, em um samba de breque afônico, mas perfeitamente cadenciado com os nossos gemidos de prazer que ecoavam daquele beco próximo de um dos cruzamentos da Oxford Street.
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Carne de Trópico
Non-FictionNão, não escrevo isso para vocês. Faço isso em uma exclusiva e patética homenagem aos inúmeros diálogos que tive comigo mesmo no silêncio dos quartos de hostéis emporcalhados, nos vôos turbulentos de um hemisfério ao outro, nas praias escondidas, na...