Tash estava a quase duas horas na frente do computador sem conseguir digitar uma palavra sequer, quando sentiu um olhar sorrateiro por trás de seus ombros.
- Qual o problema, Parker?.- Ela não se virou para o oficial.
- Nada, senhor.- Ela pensou em fingir que estava digitando, mas era a coisa mais idiota a se tentar fazer.
- Bom, de qualquer forma não é problema meu, mas precisa me entregar o relatório de ssa semana, Tash.
- Claro, senhor...eu já estou encaminhando ele.
- Estou vendo.- O policial se virou saindo da sala.
Tash colocou as mão no rosto apoiando a cabeça pesada sob a escrivaninha.
por deus, o que havia acontecido? Calvin tinha razão, ela era uma jornalista, que merda estava fazendo bancando a policial e entrando naquele lugar? Mas ele havia mentido para ela, como pode? não confiar nela, se ele ao menos tivesse me contado. " Você também está errado, Calvin." ela encarou o relógio no pulso esquerdo, marcando nove e quarenta da manhã.
Talvez devesse ligar para Asaf e dizer a verdade, pegar suas coisas e voltar para Londres, pensou.
- O relatório, parker!.- Ela o ouvir dizer.- Estou saindo, as duas eu volto. tenho que resolver umas coisas, se precisar de alguma coisa, fale com Victor.
- Sim senhor.- Tash coçou a cabeças e desligou o computador.
Victor era um cara de trinta anos, com cara de dezoito. Ele estava do lado da maquina de café com uma camisa de Pink Floyd.
- Victor, preciso te contar algo.
- apareça na igreja, hoje eu não escuto confissões.- Ele bebeu da caneca.
- é sério Victor, preciso que me escute e que guarde segredo.
- deus, diga logo.
- me prometa primeiro.- O homem fez uma cara de esnobe para Tash e ergueu o dedinho para ela.
- eu prometo, promessa de dedinho.
- ok.- ela se sentou na cadeira ao lado da porta.- Eu entrei no cassino de William Blake.- Victor arregalou os olhos.- Eu o vi, e o vi matar Marcus.
- Isso é serio? porque se for isso é muito grave, Tash.
- eu sei.- Tash cobriu a boca de nervosismo.- Por isso não escrevi nem um relatório ainda, não posso mentir, mas também não posso contar a verdade. Preciso da sua ajuda.
- Nunca me passou pela cabeça que Ingleses eram malucos. Você é completamente doida, Parker.
- Ok, eu entrei em um lugar em que eu poderia ter sido morta em um piscar de olhos, eu vi william Blake cometer um homicídio, terminei com meu namorado e estou por um triz de ser demitida, Victor, você não pode me deixar mais nervosa do que eu já estou.
- E o que você espera que eu faça, Tash?
- Me acompanhe nas minha investigações...
- Que?
- Eu preciso descobrir o que William vai fazer e você quer um cargo superior, se trabalharmos juntos...
- Tá!.- Ele disse e Tash se calou, confusa.
- Tá?
- Por mim está tudo bem, você é esperta garota. Só me diga o que fazer.
tash respirou aliviada.
- Primeiro temos que saber quem está com ele.
**********
Ela ficava o espiando pela janela do escritório, olhar como ele acordava tão cedo para correr e depois ficar trancado no galpão com suas drogas.
- Chefe?.- Elle se virou encarando Dorian que estava encostado na porta segurando o telefone.- Telefone para você, parece importante.
Ela olhou pela ultima vez pela janela, mas Marte Doodle não estava mais lá. Ela voltou o olhar para Dorian e pegou o telefone da sua mão.
- Eleanor Edwin, quem fala?
- Senhorita Edwin, preciso que venha até o hospital Langton.- Elle juntou as sobrancelhas e pegou o carro.
- Tem certeza que não quer que eu dirija, Chefe?.- Dorian disse, ele pareceu realmente preocupado com ela.
- Não é porque estou indo ao hospital que você precise fazer o resto do trabalho me matando, Dorian.- Ele ficou serio.- Desculpe, mas alguém tem que te dizer, você é péssimo motorista.
- Mas seu irmão já faz questão de dizer isso pra mim.- Ele disse confuso.
- Obrigado, Dorian.- Ele acenou para ela enquanto ligava o carro e saia.
*********
- Precisa ficar calmo, William.- Theodore disse.
William se virou bruscamente para olhar para o rosto dos senhor.
- Não me mande ficar calmo, Theo. Ben, como assim Dorian Allen trabalha para aquela bastarda?
- Não precisamos de Dorian Allen, William, ok?.- Ben se sentou na poltrona enquanto acompanhava o amigo com o olhar.- Nós comandamos Chicago agora.
- Eles entraram no cassino, Ben.- William disse calmamente.
- Sim, entraram, não é mesmo Theodore?.- O senhor encarou Ben depois William.
- Foi uma falha de nossos homens, mas...
- Nosso homens? Não, Theo, seus homens! Meus homens teriam matado aqueles caras. Você falhou.- Ben sorriu para Theodore. O senhor engoliu seco.
- Certo... eu falhei. Mas eu vou consertar isso, tenho contatos melhores que Dorian Allen...
- Ninguém é melhor que Dorian, Theodore.
- Eu arrumarei um melhor, William.
William coçou a cabeça e encarou o amigo que o encarava também. Ben sabia o que William queria dizer com aquele olhar. Ben se levantou e segurou firme o ombro de Theodore.
- Porque não nos dá licença um minuto, Theo? Para o bem de sua segurança, claro.- Ele disse no ouvido do senhor.
- Certo.- Ben abriu a porta do escritório para o senhor.
- Obrigada, Ben.- William disse.- Tem algo de errado ai, Ben.
Ben olhou para o relógio no pulso depois para o amigo.
- O que quer dizer com isso?
- Que estamos sendo feitos de otários.- Ben juntou as sobrancelhas.
- Mais uma vez vai sobrar para mim não é mesmo?.- Ben disse se levantando e ajeitando a camisa florida.
- Sabe que se eu fizer não vai ser do jeito agradável que você faz.- Ele riu.
Continua...
ESTÁ A LER
The Next Move (Sob Revisão)
ActionVencedor em primeiro lugar do concurso ''Uma Dose a Mais'', na categoria de melhor livro de Ação! ----------------------------------------- Sinopse: Se a morte não é um acidente, a vingança não é um crime. Quando o poder que domina Chicago, vem da...