Capítulo 5

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Era grande. Nunca estivera antes em lugar assim. Só vi coisa semelhante na TV. Tudo era impecavelmente arrumado e em seu lugar. Eu não conhecia nada de arquitetura, mas percebia que o dono gastara uma fortuna para decorar daquele jeito.

A porta se fechou, e me virei para o motorista que começara a despir o seu terno, ele parecia estar a vontade.

— Por favor, eu... quero saber... o seu patrão está aqui?

Ele veio caminhando até a mim, jogou seu paletó em minhas mãos que no susto repentino apanhei-o antes que caísse. Não estava entendendo.

— Vou descansar, estou exausto, fazia tempo que não dirigia.

Fiquei estarrecido, quando o vi se dirigir ao centro, se jogando num sofá branco, como se estivesse em sua própria casa.

— O senhor... o que está acontecendo? — perguntei ao vê-lo retirar seus sapatos e jogar num canto.

Ele olhou para mim, e sorriu.

— Estou descansando, depois que eu tomar minha ducha, e comer, iremos pegar o voo para minha mansão no sul da Espanha.

Aquela revelação me deixou atordoado e deixei o paletó das mãos escorregarem para o chão.

— Não... o senhor não pode ser... não pode...

Ele se levantou e começou a desabotoar sua camisa social branca.

— Não estava ansioso para me conhecer?

Estava tremendo. Seu sorriso frio me fazia entender que ele não estava mentindo... o que ele estava fazendo comigo? Fingira ser apenas um motorista... conversara comigo de forma natural se passando por um subordinado que apenas obedecia ordens...

— Você mentiu para mim... Por que fez isso? — reuni muita coragem à medida que ele tirava sua camisa, mostrando uma barriga sarada e forte.

— Eu sou seu dono, então o que eu vier a fazer e falar, você não precisa saber, apenas obedecer, fui claro? — ele enrolou a camisa e jogou na minha direção, mas dessa vez não a peguei. — Vamos lá, você tem que pegar quando eu jogá-la, não quero minhas roupas importadas espalhadas pelo chão, você entendeu?

Eu ouvia e não piscava. O que ele era afinal? Porque estava fazendo isso comigo... e o principal o que ele faria de mim?

Abaixei e peguei seu paletó e sua camisa.

— Desculpe-me... acredito que não vai querer responder mais as minhas perguntas, não é mesmo?

Ele tirou o cinto de sua calça social e abaixou-a. Desviei os olhos quando o vi seminu com apenas de cueca. Estava corado.

— Depende... — respondeu ele, agora estava ao meu lado. Percebi o quanto ele era intenso e potente. Seu corpo parecia de um atleta, seus olhos verdes profundos, seus cabelos pretos e penteados para trás lhe dava um charme de astro de cinema. Me virei quando percebi que ele estendia sua calça para eu segurá-la, e atendi seu pedido. — Se eu estiver de saco cheio melhor ficar calado se não quiser que eu desconte minha raiva em cima de você, mas se eu estiver de boa, podemos conversar um pouco.

Olhei bem para ele.

— E o senhor está de saco cheio agora ou está de boa?

Ele sorriu.

— Estou só cansado, mais depois que eu tomar um delicioso banho, vou estar melhor, enquanto isso, quero que prepare algo para eu comer — disse ele. — A cozinha fica naquela direção.

— Eu... bem... não sei bem o que o senhor gosta de comer... — disse me sentindo intimidado com sua presença.

— Gosto de comer de tudo, então vê se capricha, fui claro? — respondeu sério, e eu me afastei para trás.

— Sim... senhor...

O vi saindo e se dirigindo a um corredor, sumindo para outro cômodo. Deixei as suas roupas em cima do braço de uma poltrona e fui ver onde era a cozinha. Teria que fazer algo que ele aprovasse, do contrário, não sabia quais seriam as minhas consequências.

O Garoto do MagnataOn viuen les histories. Descobreix ara