I Found a Guy ↬ Chanbaek

he is driving me crazy

— Channie, você tem a receita? – pedi e ele me entregou o papel, afastando-se de mim novamente.

Para falar a verdade, não entendo o que ele tanto procurava ali atrás que não podia ficar no balcão e comprar o remédio da própria mãe, mas, tudo bem. Suspirei, entregando a receita a moça que me atendia. Uma loira alta, provavelmente mais velha que eu e que, de vez em quando, lançava algumas olhadelas para um ponto além de mim.

Ponto este que imaginei ser Chanyeol, mas não ousei olhar para trás e confirmar que talvez ele estivesse devolvendo aqueles sorrisos insinuantes dela, pois aquilo me faria querer sumir.

Ela retirou-se dali para procurar os comprimidos e eu passei a desenhar no balcão com o dedo. Nuvens, árvores, casas. Claro, todos devidamente invisíveis.

— Hyung, qual o seu super-herói favorito? – perguntou Chanyeol. Pensei um pouco.

— Hulk. – respondi, ouvindo um barulho baixo atrás de mim. Virei, confuso, observando Chanyeol apanhar uma porção de caixas pequenas do wireless pareciam ser band-aids. Ele colocou todas no lugar, intercalando olhares para as extremidades do corredor da farmácia, como se abrem pudesse chegar e reclamar com ele a qualquer momento. Ri, voltando minha atenção para o balcão, para onde a garota já voltava, com duas caixas de analgésicos.

— É esse? – perguntou. Chanyeol parou ao meu lado e assentiu. — Vai querer mais alguma coisa, bonitinho? – perguntou para o garoto ao meu lado, apoiando os braços no balcão de vidro. Tensionei onde estava, mordendo o lábio e desviando o olhar.

Eu não sei se esperava que Chanyeol flertasse de volta, se lhe desse uma resposta adequada, ou sei lá. Mas eu arregalei os olhos a senti-lo agarrar meu braço, puxando-me para mais perto de si. Ergui a cabeça para ele, que me encarava com um sorriso nervoso.

— Isso aqui também, obrigado.

Não desviei o olhar dele, ainda surpreso com a sua atitude, então não percebi o que mais ele havia comprado e demorei a notar quando a atendente, com cara de poucos amigos, nos entregou a sacola com os remédios e estendeu a mão, esperando pelo dinheiro. Chanyeol pagou e então saímos, com ele escorregando sua mão que segurava meu braço até a minha, entrelaçando seus dedos nos meus.

Eu estava pegando fogo, perguntando-me porque Chanyeol fizeram aquilo e por que meu coração era um maldito órgão traiçoeiro que não entendia que sua única função er a noite bombear sangue para o meu corpo, ao invés de palpitar cada vez mais por causa de Chanyeol.

Porque ele provavelmente estava me deixando louco.