Capítulo 11

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Desperto no mais absoluto silêncio, o quarto está escuro

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Desperto no mais absoluto silêncio, o quarto está escuro. Estou bem aconchegada abraçada a um travesseiro que cheira tão bem, era convidativo, abraço mais um pouco sentindo aquele cheiro maravilhoso despertando meus sentidos, era um cheiro conhecido.  Ouço um barulho de porta se abrir e abro junto os meus olhos. Minha cabeça lateja com o barulho. Estou deitada em uma cama grande com muitos travesseiros, uma coberta azul cobre apenas a parte de baixo deixando meus seios expostos, puxo rápido a coberta tentando me cobrir.

Estou completamente nua. Olha pra frente tentando me lembrar de como cheguei aqui e vejo o André enrolado em uma toalha, segura na outra mão outra que usava pra enxugar os cabelos, seu peitoral com algumas gotas escorrendo até o abdômen, ele me olha divertido.
- Bom dia Bella adormecida. – abro e fecho a boca sem nenhuma palavra coerente pra dizer. A visão daquele corpo diante de mim somente de toalha me deixa ainda mais perdida sem saber o que falar. Meu coração está disparado, minha voz se prende na garganta tentando projetar um som. A dor latente de minha cabeça.
- Como vim parar na sua cama?  - vejo uma tatuagem abaixo do seu peito bem definido por músculos firmes, são letras, mas não consigo ver o que está escrito. Abaixo da cintura tem outra tatuagem que evito olhar.
- Não se lembra de nada? – ele joga a toalha que estava em suas mãos em um sofá perto da cama e vem vagarosamente sentando- se ao meu lado, o colchão sede com seu peso.
- Não sei como vim parar aqui.  Só... lembro de fleches e até onde lembro eu estava vestida. – fecho os olhos deixando meu corpo cair nos travesseiros, ele aperta um botão e as cortinas se abrem.
- Fecha, por favor.  – minha voz é como um sussurro, - meus olhos não estão prontos para a claridade.
Seus lábios tem um sorriso de lado, ele me olha com seu jeito zombador.
- Foi uma noite longa. Você me deu muito trabalho Bella. – sempre adorei o modo como meu nome sai dos seus lábios, era sexy e doce ao mesmo tempo.
- Ai André tem dó, fala logo o que aconteceu. – falo irritada com o efeito do meu nome saindo de sua boca me causa. Ele nem imagina o que se passa comigo.
Ele solta uma gargalhada antes de me fitar e dizer.
- Estávamos em uma festa...- eu o interrompo.
- não diga? Isso eu já sabia. – rolei os olhos .
- o que quer saber? Seja mais específica e pode perguntar.
- Como cheguei aqui?
- De carro...
- puf  – já estou impaciente – estou falando em sua cama. Nós...
- Pode ficar tranquila que não aconteceu nada, não por sua vontade você até tentou muito, estive a ponto de mandar o cavalheirismo e os meus princípios pros ares, mais eu não costumo transar com mulheres semi-inconscientes, mesmo que elas estejam tentando a todo custo me seduzir. – ele faz uma pausa e continua. – eu teria adorado se você estivesse consciente de cada toque e de cada beijo, quero que recorde tudo no outro dia e não que tenha amnesia por álcool ou droga.
Olho pra ele de boca aberta, agora ele parece estar zangado.
- Droga? Você me drogou?
- Claro que não. Por que faria isso? – ele se levanta da cama vai até o closet e volta vestindo uma boxe. Nesse pequeno espaço de tempo não consigo raciocinar direito.
- Deve ter sido algum dos seus colegas, não se lembra de nada? – fecho os olhos tentando recordar do que aconteceu. Minha memoria vai voltando aos poucos, vou me lembrando de tudo. Ou quase.
- Sim, mais foi sem querer, eu tomei o copo da mão dele e virei de uma vez, ele me disse que eu não deveria ter feito aquilo.
- Sabe que isso é crime não sabe? Qual é o nome desse cara?
- Sei mas acho que era pra ele, não esquenta no final ficou tudo bem. – olho pra ele séria - não é?
- levanta, você precisa comer alguma coisa. – saiu do quarto sem me responder a pergunta.
Levanto e vou ao banheiro e me olho no espelho, meu rosto está limpo sem nenhuma maquiagem, sorrio pra imagem no espelho com o cuidado que ele teve de tirar minha maquiagem ou eu estaria parecendo um panda. Lavo o rosto e escovo os dentes com uma escova que provavelmente ele deixou para mim, pois estava na embalagem, e vou pra sala encontrar com André. Ele está sentado na bancada da cozinha apenas de cueca, sorri ao me ver chegar. Dou uma olhada em seu apartamento, acabei de passar por uma sala grande antes de chegar à cozinha que era de um estilo moderno branco com aço e cinza. Era ampla com uma ilha no meio e uma bancada que servia de mesa de jantar.
- senta aqui. – ele bate a mão no banco me indicando onde sentar. – como esta se sentindo?
- Péssima, com dor de cabeça. Parece que meu sangue esta correndo estranho em minhas veias, meu estomago esta... em fim fui atropelada por dois caminhões e estou prestes a vomitar o que não tem em meu estômago.
- ok, sem muitos detalhes. – ele ri – eu vi como seu estômago reagiu ontem a noite e não é algo que eu queira lembrar, come que vai se sentir melhor. Precisa se hidratar, depois toma isso. - ele colocou um remédio em minha frente.
Ele preparou café, torradas, queijo, ovos mexidos e suco de laranja. O André assim como eu, adorava café da manhã, pulavamos qualquer refeição menos o café, esse era sagrado até fazíamos questão de acordar mais cedo por causa dele.
- Não vai mesmo me contar o que aconteceu? – pergunto tomando um pouco de suco.
- Vou, hoje à noite no jantar, esteja pronta as oito. – ele se levanta e sai da cozinha. Vou atrás dele.
- Eu não vou jantar com você.
- então não vai saber o que aconteceu.
- Isso é chantagem.
- Talvez. – ele vai para o closet e veste uma bermuda e uma camiseta. – é que tenho um compromisso importante agora. Posso te deixar em casa ou você pode ficar aqui se quiser. – ele olha pra mim e sorri. – ou pode vir comigo.
- Fico com a alternativa a. você me deixa em casa. – vou até o closet e pego meu vestido que esta no cabide visto uma camisa dele por cima e amarro na cintura.
Quando chego à sala ele me olha de cima em baixo.
- Pronta? – levanto os braços mostrando minha roupa.
- o que acha?
- Acho melhor sem toda essa roupa. – pisca o olho, pega a carteira e um chaveiro e sai pela porta e eu sigo até o elevador.
Entramos e aquele sorriso zombeteiro esta lá, olho pra ele e levanto as sobrancelhas e me lembro na hora do que fiz ontem á noite, tento permanecer firme mais falho miseravelmente por causa do semblante divertido que me irrita ao extremo.
- Algum problema?
- Nenhum. Por quê? Só fico pensando sobre sua fantasia de nos dois em um elevador. – ele se aproxima de mim até que eu esteja colada no aço gelado. – acho que um dia posso realizar sua fantasia. – fico hipnotizada por seus olhos, abaixo e vejo sua boca perfeita que agora não tem mais aquele sorriso, posso sentir seu coração bater forte misturado ao meu, fecho meus olhos e entreabro meus lábios a espera do beijo que não vem. Outra vez. – eu poderia fazer isso agora. – sim, por favor, penso desesperada por um beijo, então ele se afasta. – se você não fosse comprometida claro.
As portas do elevador se abrem na garagem e fico por um instante em transe olhando ele sair.
- Não vai vir? – ele para do lado de fora enquanto eu saio do meu estado, ridiculamente excitada, e frustrada.
André abre a porta do passageiro de sua Ferrari branca e eu entro. Ele não falou nada sobre o que acabou de acontecer no elevador. Liga o som do carro e a mesma musica de ontem a noite volta a preencher o interior do carro. Viro meu rosto para o lado olhando seu rosto, ele não canta a musica e eu me adianto trocando de faixa.
- Não gosta mais do Air suply? Pergunta sem me olhar.
- Não dessa musica. – respondo mal humorada, mais infelizmente a canção que começa a tocar na radio é a que ontem eu estava fazendo um strip. Levo minhas mãos tampando o rosto e ouço a gargalhada do André. Vergonha me define.

Mais uma chance - degustaçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora