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Th 🥷🏽

Porra, tava foda! Eu sei como a mente do vagabundo funciona... Quando eles pegam pra fazer terror psicológico e físico, é sem massagem, a gente faz isso o tempo todo, então, a gente sabe que o crime não é o creme. Mas Thayra tá achando que a vida é um moranguinho com leite condensado, pô.

Eu já não sabia mais o que fazer... Lotei aquela porra toda de segurança, arriscando cabeça de soldado pra proteger ela, porque ali é pista, polícia pega, fodeu.

Estava no maior estresse com essa situação.

Parei na pensão da tia pra almoçar, pedi feijoada e uma cerveja porque tá um sol pra cada um.

Galo, Menor e Serrote logo chegaram.

Serrote: Era só uma pool party na casa do patrão, né?!

Th: "Pool party", ih alá, papo de kitkat.

Galo: Vocês estão achando que a minha casa é casa de veraneio...

Menor: Um churrasco família, pô. - debochou. Ele não se aguenta, cara. Até ri.

Galo: Na moral, na hora que eu te panhar, eu te magoar.

Th: Pois é, na hora de pegar a irmã dos outros tu pega né, mas pegar tua prima pode não...- ele riu negando. - Filho da putinha né!

Serrote: O bom é que tá tudo em família aqui...

***

Quando Thayra me ligou, não sabia se agradecia por conseguir trazer ela pra cá, ou se ficava bolado com nossos progenitores. Te falar, dois filhos da puta pra mim, como eles podem colocar a própria filha na rua, pô? Eles sempre foram assim, nos deram tudo enquanto podíamos ser manipulado por eles, depois que não conseguiram mais fizeram terror psicológico e nos tiraram quase tudo. Mas pra infelicidade deles, eles tiveram dois filhos cheios de disposição, eu na minha correria braba, e a Thayra na dela.

Galo liberou uma tropa pra fazer a mudança dela. Mandei colocar tudo em uma das minhas casas, a maior. Eu ficava numa kitnet minha, papo reto, sem lógica ficar num casarão sozinho, mas agora com Thayra, até animo.

Thayra: Eu vou ficar com o quarto maior, porque eu tenho mais coisas.

Th: Você é muito folgadinha, né? - ela jogou beijo pra mim e subiu. - E você? - virei pra Nanda.

Nanda: Eu vou ver um canto pra mim, né, bofe. - revirei os olhos. Odeio esse bagulho de bofe. - Até porque não fiz nenhuma união estável com você.

Th: Bora fazer quando? - ela fez cara de deboche. Adoro irritar ela. - Mas sem caô, pode ficar aí, pô, terror nenhum. A casa tem 4 quartos, dá e sobra.

Nanda: Ihhh, Thiago, vou ver e te falo...

Th: Relaxa, pô, no meu quarto cabem as suas coisas.

Nanda: Você adora uma graça, né?

Th: Com você, eu amo um circo inteiro.

Thayra: Amiga, você pode ficar no quarto do lado do meu! - disse descendo as escadas. - Você já estava morando comigo mesmo, custa nada continuar. Agora a gente tem que saber como vai ser na boate.

Th: Eu acho melhor...

Thayra: Você não acha nada, você já está achando muito pro meu gosto. Já vim morar aqui, agora você não pode me impedir de fazer minhas coisas.

Th: Jaé, Thayra. Vou nem me estressar com você... - fui pra rua e deixei elas lá se ajeitando.

***

Estava com a tropinha no bar, tava rolando um pagodinho com churrasco patrocinado pela firma.

Menor: Th agora está de união estável.

Serrote: O homem tá off agora.

Th: Vocês brincam mais que a brincadeira.

Galo: Mas qual foi da loirão? - deu uma tacada na bola.

Th: Tamo aí, se ela quiser, eu quero.

Serrote: Ihhh, tá amando?!

Th: Não né, porra. Mina maneira, um esquema bom. - me ajeitei pra minha vez no jogo.

Menor: É assim que começa... Daqui a pouco ela ta virando a cara pra você e você não vai saber nem porquê.

Serrote: Tá tudo bem, mano? Quer desabafar? - debochou.

Galo: Isabela tá pisando nesse coraçãozinho? - Menor mandou dedo.

Th: Você já experimentou sentar e conversar com ela? - disse óbvio.

Menor: Como se ela quisesse me ouvir... A mulher tá armada contra mim, tá doido... - tragou o baseado.

Galo: Por isso que eu to fora de laço... - deu um gole na cerveja.

Th: Na moral, você é outro, quero nem ver você dentro da minha casa.

Galo: Relaxa, pô, levo ela pra minha. - piscou. Fui com o taco na direção dele e ele riu indo pro lado. - Relaxa, meu cunhado, tá tudo sob controle.

Fechei logo minha cara pra ele, tá achando que to de brincadeira. Se ele machucar minha irmã, eu vou machucar ele.

Falando nela... Ela chegou junto com as meninas no bar, nem olhou na minha cara, tava toda emburrada comigo. Podia fazer nada, ela vai ter que entrar pra tropa do aceita. As condições são essas, pô.

Ruiva: Ta sumidinho, hein, Th! - chegou já me abraçando, roçando os peitos de silicone, que eu paguei, em mim.

Diabo é muito sujo, esperou a Nanda chegar pra vir até a mim, quer foder meu batalhão.

Th: Correria, minha dama vermelha.

A Ruiva era um esquema. Poderia ser uma coisa certa, mas ela se emocionou, como sempre, como todas... Ela foi mula numa situação aí, depois fez uns favores, e pra recompensar e pro meu divertimento patrocinei até silicone.

Ruiva: E o nosso TBT, hein? - de longe senti o olhar da Nanda. Isso que é foda, dois esquemas num lugar só.

Th: TBT é só dia de quinta, bebê. Hoje é sexta! - pisquei pra ela e ela revirou os olhos. Ainda bem que era minha vez no jogo. Me virei pra pegar o giz e ela saiu.

Menor: Fazer um cursinho de administração de empresas, se não essa instituição vai falir, hein! - neguei rindo.

Olhei em direção a Nanda e ela estava sentada de costas pra mim. Geral olhando pra ela, porque a demonia é gostosa pra caralho. Loirão chama atenção aonde chega. Daqui a pouco vou lá perturbar ela, e marcar meu território, claro.

Ela tá na mira do chefe. Where stories live. Discover now