Our Story {Kim Namjoon}

《 8 》

Gael's P.O.V.

Quando eu era bem mais nova, minha tia me introduziu ao mundo teatral. Nossas conversas eram só sobre isso, 100% do tempo de quando nos víamos.

Depois de um tempo, eu comecei a ler várias peças ao invés de assiati-las, o que expandiu minha mente a ponto e eu escolher aquilo para minha vida.

Passei anos tentando e conseguindo ser a melhor no teatro até ganhar um tipo de bolsa para trabalhar na maior concentração teatral do mundo: Broadway.

A minha vinda para Nova York foi única e exclusivamente por causa disso e desde que Namjoon ficou no tal assunto dois dias atrás durante o café da manhã, minha mente simplesmente não desligou.

Preciso correr atrás do meu sonho.

[...]

Termino de amarrar o cadarço de meu tênis e visto meu moletom grosso, saindo do quarto em seguida.

Ao sair do pequeno corredor, vejo Namjoon na cozinha, de frente para o fogão e de costas para mim.
Detalhe: sem camisa, apenas de calça.

Chego sorrateiramente atrás dele sem que o mesmo perceba.

- Bu! - digo ao toca-lo.

Ele dá um pulo, largando o que estava cozinhando e se vira para mim com a mão sobre o lado esquerdo do peito. Eu apenas rio de sua reação.

- Menina, você me assustou!
- Essa era a intensão.
- Eu sou sensível, poderia ter me matado de parada cardíaca - ele diz, dramático.
- Menos, menos... - digo fazendo sinal com a mão.

Minha risada e ele para de drama e um abismo de silêncio se forma entre nós.
Nesse silêncio, eu não deixo de dar olhadas um tanto não discretas para seu torso nu, tendo certa afeição por sua clavícula que, até hoje, é a mais bonita que eu já vi.

O silêncio já me deixa desconfortável e o fato de haver um homem sem uma peça de roupa a centímetros de mim me deixa com vergonha, mesmo isso já tendo acontecido.

Eu tento agir tranquilamente, mas o que digo não me ajuda com a minha farsa:

- Deve estar um cinco graus lá fora ou até menos. Não está com frio? - aponto para seu tórax.

Ele olha para baixo, cobre seu peito como se fosse uma mulher, cora e faz uma boca engraçada quando diz "Ops..." e sai correndo para o quarto.

Eu rio com o ato e me aproximo do fogão, vendo o que Namjoon estava fazendo: bacon e ovos mexidos, bem ao estilo americano.
Um pequeno sorriso surge em meus lábios.
Pego um bacon da frigideira e dou uma mordida.

- O que acha dos meus dotes culinários? - a voz diz atrás de mim enquanto sinto um par de mãos cutucando minha cintura.

Dou um pequeno pulo de sulto e, de alguma forma, consigo travar a língua e os dentes para que a comida não passe por minha garganta. Eu me viro devagar, com os braços juntos ao corpo e com as mãos em forma de garras, meus olhos assustados e raivosos.

- Você poderia ter me matado! Eu ia morrer com um bacon entalado na minha goela!
- É o troco - ele diz com um sorriso sarcástico.
- Engraçadinho.

Mais um abismo silencioso entre nós. Agora ele já está vestido com uma blusa felpuda que parece um pijama e, dessa vez, ele quebra o gelo:

- E então, gostou?
- Do susto? Nem um pouco.
- Estou falando da comida.
- Ah. Bom, eu não gosto de bacon.

Ele arregala os olhos e baixa a cabeça, desapontado.

- Porém, o seu foi o melhor que já provei, apesar de estar meio tostadinho.

Ele sorri e faz uma reverência.

- Obrigado.

Sorrio de volta.

- Eu preciso ir - digo.
- Aonde vai?
- Das uma voltinha por aí pela cidade.
- Ah, sim. Boa "voltinha".

Saio da cozinha e pego minha bolsa sobre o sofá da sala, indo em direção à porta.

- Ei - chamo-o. - Tchau!
- Tchau.

[...]

Estou andando por tanto tempo que meus pés doem, mas a sensação de estar na Broadway valem a dor.
Há horas estou anotando as peças em cartaz e os novos projetos pelos quais me interessei, esbarrei com celebridades e assisti à uns ensaios escondida num estúdio ou outro.

Olho para o horário em meu celular e o visor revela 3:45 p.m. Por estar exausta, decido voltar para casa.

No caminho para a estação de metrô, passo por uma rua cheia de lojinhas e uma em especial chama minha atenção.
A vitrine exibe várias coisas diferentes, mas a obra-prima se encontra no centro. É uma máquina de escrever em modelo clássico e metalizada. É simplesmente maravilhosa. Procuro pelo preço e, por sorte, é a quantia exata que tenho na carteira.

Ao entrar na loja, um sino soa sobre a porta avisando que tem um novo cliente. Em questão de segundos, um senhor já de idade vestindo suspensórios aparece com um sorriso no rosto.

- Boa tarde, senhorita! O que deseja?
- Aquela máquina de escrever ali - aponto pada a mesma na vitrine.
- Só um momento.

Ele anda lentamente até o objeto e tenta levanta-lo com dificuldade, sem sucesso. Me aproximo dele e pego a pesada máquina para ajuda-lo.

- Obrigado, querida.

Para não dar muito trabalho para o senhor, já entrego o dinheiro para ele antes de ir para o caixa e lhe peço uma caixa de papelão qualquer. Ponho o objeto dentro da mesma e me despeço do simpático senhor.

Durante o trajeto de volta, a caixa balança entre meus pés com o movimento do trem. Ao chegar no prédio, cumprimento Sr. Lewis e encaro o problema: os oito lances de escada.
Subo cada degrau com toda paciência do mundo.

Diante da porta do apartamento 46, abro a mesma virando a maçaneta com o pé. Lá dentro, Namjoon está largado no sofá ouvindo música em seu celular. Ao me ver, ele tira o headphone e vem em minha direção.

- Ei, o que tem aí?

Tento esticar a caixa o máximo que posso, porém o peso não ajuda. Ele parece perceber e chega bem perto, olhando para dentro da caixa.

- Uma máquina de escrever?
- Sim. Linda, não é?
- Com certeza, porém meio inútil nos dias atuais, não acha?

Mostro a língua e ele ir, me fazendo sorrir também.

- Estou brincando. Adoro essas coisas antigas - diz ele.

Sorrio e saio do cômodo, andando pelo pequeno corredor e entrando no quarto, pronta para escrever meu currículo e manda-lo para vários projetos que me interessei.

《》《》《》《》《》《》《》《》《》

Olá, olha quem ressussitou!

Ah, que saudade que eu estava de escrever ♡ estou cansada, mas valeu a pena.

Não se esqueçam de deixar aquele like marotíssimo em forma de estrela ☆!

Beijo beijo, uniPOPcorns!
❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈❤🌈