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Voltai das lembranças com um gosto amargo e agora estou aqui, depois de dois anos de namoro, sem contar o período em que namoramos às escondidas e a distancia, olhando para essa foto enquanto lágrimas caem dos meus olhos e eu não faço esforço nenhum para segura-las, tento entender o porquê de tudo ter acabado assim tão de repente, nos amávamos tanto, éramos tão bons juntos. Mas uma coisa era certa, eu amava o André e iria amar por toda a minha vida, e ele tinha razão quando dizia que eu era dele, é assim que me sinto, presa, acorrentada, sem poder me libertar desse sentimento que agora só me traz dor.
Fico lembrando de cada palavra, das canções que sempre se tornava a nossa música. Lembro dos nossos beijos a luz da lua, da nossa primeira vez, da maneira romântica como ele fez que fosse perfeita, do nosso amor.
Como esquecer se ele era o meu sol? Sem ele só haveria cinza, tempestade.  Eu sentia que não viveria sem seu amor, sem seus beijos, sem seu sorriso. Eu era como uma garotinha perdida em um barco levada pelas ondas do oceano, sem norte, chegava a doer fisicamente a dor do coração partido, a verdade é que eu não tinha pensado em um futuro sem ele, achei que estaríamos pra sempre juntos como nós costumávamos dizer, eu te amo daqui até o infinito e mais além.
Pego a foto e rasgo ao meio, no mesmo momento me arrependo e junto as partes da fotografia chorando ainda mais. O desespero crescendo dentro de mim. me lembro do dia que ela foi tirada. André me deu uma viagem para  Gramado de presente de aniversario, convenceu meus pais a nos deixar ir apenas eu e ele.
No dia seguinte ao jantar de comemoração do meu aniversario de 18 anos, fomos para Gramado. fizemos a rota do vinho, e depois aproveitamos um pequinique que o hotel nos preparou. O lugar era lindo, estávamos no mês de junho e fazia bastante frio. Olho a foto rasgada e sou transportada para aquele final de semana perfeito.

- Uau, que lindo. – digo ao entrar no quarto enorme, as paredes eram de madeira assim como o piso, tinha uma sala com um sofá bege que poderia servir de cama tranquilamente, um tapete muito confortável que se estendia até a lareira que já estava acesa, mais a frente o quarto era dividido por uma bancada e dava para ver a cama de dorcel perfeitamente arrumada.
- adorei esse lugar amor. – abraço meu namorado pela cintura e beijo seus lábios.
- Vamos sair para jantar? – ele diz sorrindo.
- O que acha de jantarmos aqui mesmo? – pergunto- está tão frio, prefiro ficar hoje aqui no quarto agarradinha com meu namorado.
- Seu desejo é uma ordem. – ele pega o telefone e pede nosso jantar enquanto eu entro no banheiro e tomo banho. Quando termino ele entra para tomar banho também.
O jantar não demorou chegar, André pediu sopa e fondí de chocolate para sobremesa, tomamos um pouco de vinho e estávamos deitados no tapete que mais parecia uma cama de tão confortável. Coloquei minha taça de vinho na mesinha que ficava ao lado do sofá e sentei com uma perna de cada lado do André. Uma musica tocava deixando o clima ainda mais romântico. 
- me beija. – tomo seus lábios nos meus. Ah como eu amava o sabor dessa boca com essas gostos misturados, morango, chocolate, vinho e André.
Levo minha mão até a blusa que estava vestida e tiro vagarosamente, André leva a boca até meus seios desnudos e passa a língua em um deles, aperta o bico do outro seio girando levemente, depois suga o bico rijo para dentro de sua boca me deixando louca. Sua mão desce pela minha barriga indo para minha calcinha lentamente. Ele passa a acariciar meu sexo com destreza fazendo minha excitação crescer. Solto um gemido. Estou molhada.
- Linda...- ele sussurra em meu ouvido. – amo você.
Apesar de ter esse tipo de intimidade com ele, nós nunca chegamos a transar, sempre acabávamos no sexo oral. Era bom, muito bom na verdade, mas de uns dias pra cá eu achava que faltava alguma coisa, eu amava meu namorado, e esse era o momento de deixar as preliminares de lado e partir para o finalmente.
Eu tirei a sua blusa lentamente, acariciando seus peito liso, depois a sua calça. Estávamos praticamente nus. Beijei seu tórax barriga, alcancei sua cueca liberando seu membro rijo, segurei firme fazendo movimentos leves acariciando, sentindo o quanto ele estava excitado e passei língua lentamente, ele segurou meus cabelos soltou um gemido longo, coloquei-o todo na boca e passei a sugar enquanto acariciava a base. Voltei beijando sua barriga novamente sentando em seu colo, beijei sua boca, sua língua na minha sugando meus lábios suas mãos acariciando meus seios, passei, a esfregar-me lentamente nele, era tão bom o atrito, as vezes acabávamos gozando assim. Mas hoje eu queria mais.
Apesar do frio, a lareira esquentava o quarto, mas nem precisaria dela, eu já estava pra lá de quente.
André me girou me deixando deitada no carpete, puxou uma coberta nos cobrindo, sua mão acariciava cada parte do meu corpo. ele levou sua boca ao meu seio e passou a dar atenção a eles, passava a língua depois sugava e depois voltava a tortura novamente. Sua boca deixou a minha e desceu pelo meu pescoço lentamente passando por minha barriga onde sua língua fez um circulo no meu umbigo. André alcançou meu sexo depilado, primeiro ele passou a língua de leve, eu deixai escapar um gemido, depois ele passou a sugar enquanto suas mãos acariciavam os meus seios. Ele atacava minha carne sensível sem dar trégua, eu sabia que ele faria isso até que eu gozasse. Mas hoje eu queria mais do que me desfazer em sua boca, eu queria todo ele dentro de mim. ele colocou o dedo só um pouco dentro e passou a me chupar com mais afinco. Eu já estava levantando o quadril esperando o prazer vir, mas me afastei.
- Amor, não. – ele me olhou de baixo sem entender o que eu dizia. – hoje eu não quero assim.
- O que foi Bela? Eu estou te machucando? – ele vem para cima de mim preocupado e segura meu rosto.
- Não, está uma delicia, mas eu...- engulo em seco – eu quero fazer amor com você, eu quero ir até o fim, quero que me faça sua.
- Bela...- ele beija meus lábios de leve, posso sentir seu membro rijo passando sobre meu sexo molhado. – eu não trouxe você aqui para isso, não estou forçando a barra, eu posso esperar até que você esteja pronta meu amor. – eu seguro seu rosto em minhas mãos.
- Eu te amo, eu sei que você não esta forçando a barra, mas eu estou pronta, eu quero você.
Posso sentir que ele ficou nervoso, me olhava pensativo. André voltou a me beijar, mas agora com mais avidez.
- Você tem certeza? – ele pergunta olhando em meus olhos.
- É o que eu mais quero.-  André levantou exibindo sua potente ereção e foi até sua mala, pegou uma camisinha e sentou ao meu lado. Ele parecia não saber o que fazer, suas mãos estavam um pouco trêmulas.
- Se eu disser que não sei colocar isso você vai rir de mim? – eu fiquei olhando pasma pra ele que parecia envergonhado.
- Não sabe? Como assim? Você não costuma usar com...
- Isabela, eu namoro com você desde que eu me entendo por gente, eu nunca transei com você, como quer que eu tenha usado uma camisinha? – ele fala sério. Aperta a ponta do preservativo para colocar e eu tiro da sua mão.
- Você nunca transou com ninguém é isso? Você é virgem André? – pergunto de olhos arregalados.
- Sim, eu sou, eu disse que iria te esperar. Pode parecer besteira minha, mas eu queria perder virgindade com a mulher que eu amo, que eu sempre amei. Eu esperei por você Bela...eu nunca quis sexo, eu sempre quis fazer amor. Eu esperei para que fosse com você, para ser especial para nós dois.
- Por que nunca me disse? – pergunto acariciando seu rosto.
- Nunca achei que fosse preciso. Você sempre foi única – eu beijo seus lábios com desespero, emoção, amor e muito desejo.
- Não vamos mais precisar do preservativo. – digo jogando para longe, eu estava emocionada com suas palavras – estou tomando remédio a algum tempo, e como você nunca...- ele não esperou que eu terminasse de falar e me beijou com urgência.
Um beijo lento, porém, profundo e cheio de sentimentos. Saber que ele nunca esteve com outra mulher, que me esperou me deixava a garota mais feliz do mundo. Meu namorado é lindo, poderia ter namorado quantas quisesse enquanto eu estava na espanha, mas ele manteve sua promessa e me esperou. Me sinto tão amada e especial, eu sou única pra ele.
André se posicionou entre minhas pernas ainda me beijando segurou seu membro e passou vagarosamente por minha entrada, em um vai e vem lento, torturante. Eu já estava a ponto de segura e puxá-lo para dentro de mim.
- André, por favor...- eu supliquei.
Ele olhava pra mim de uma maneira única, como se eu fosse a coisa mais importante do mundo, e eu era. Eu era garota mais privilegiada do mundo pro estar sendo a primeira a fazer amor com ele. E o melhor é que, eu seria a única.
- Eu te amo. – ele disse entrando um pouco em mim – me desculpe se eu fizer algo errado. – e entrou mais um pouco soltando um gemido alto. Isso me fez ainda mais necessitada dele. Mas quando se aprofundou mais eu sentir a dor, era terrível, todo meu corpo tencionou, fechei os olhos e não consegui evitar uma careta de dor.
- Bela, ta tudo bem? – ele perguntou depois de alguns segundos dentro de mim sem se mover. – fala comigo ou vou parar.
- Não, continua, já passou. – ainda sentia dor, mas quando ele passou a me beijar e se mover lentamente a dor foi aos poucos substituída pelo prazer. Eu prendi minhas pernas em sua bunda linda e podia sentir os músculos do seus glúteos flexionando enquanto ele entrava e saia lentamente. Isso era muito bom. Ele levou sua boca ao meu seio e mordia o bico levemente depois sugava me deixando a beira do abismo, eu estava quase caindo.
- Isso. É. Muito. Bom...- olhei seu rosto que estava com uma expressão de prazer que nunca vi, nem mesmo quando eu fazia ele gozar com minha boca. – você é quente, apertada, gostosa demais. Eu quero fica pra assim, dentro de você. Ahhh meu amor eu não vou durar muito. – ele levou a mão até meu clitóris e passou a mover-se mais rápido ao mesmo tempo que friccionava meu nervo com o dedo. Logo eu já estava gozando e sentindo tudo se apertar dentro de mim enquanto o André tremia inteiro e me beijava com paixão.
- Eu nunca vou deixar de amar você. – ele olha em meus olhos, eu podia ver amor refletido em cada palavra e em seus olhos.- diz, que sempre vai ser minha, que nunca vai me deixar.
- Eu sou sua, te amei ontem te amo hoje e sempre, sempre vou te amar. – abro um sorriso. – tem certeza que nunca fez isso antes?
- Sim, claro que fiz - meu sorriso morre, ele acabou de dizer que nunca fez. – com você, muitas vezes em meus sonhos.
Eu jamais esqueceria a musica do Michael Bublé

Voltei das minhas lembranças de um momento inesquecível ainda mais dilacerada. Eu já não queria mais comer direito, queria ficar dormindo para não sentir aquela dor, cheguei a tomar remédio pra encontrar o sono. Estava me tornado uma pessoa vazia, triste e só tinham uma semana que ele terminou comigo. Que ele despedaçou os meus sonhos e levou minha alegria, eu estava em um lugar escuro de dor, sombrio, frio e triste. Era como se um imenso buraco tivesse sido aperto dentro de mim.
- Eu não existo sem você meu amor, preciso que você volte pra mim.
Eu segurava o telefone em minhas mãos, seu nome na tela era só apertar e dizer exatamente isso, preciso de você.

Mais uma chance - degustaçãoWhere stories live. Discover now