Última Chance

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** Sim!! Voltei mais cedo que é pra compensar o atraso da semana passada (: Espero que vocês gostem! Desculpa qualquer coisa gente! Beijos! ❤**

Narrado por House

Depois que tentamos de várias formas ressussitá-la, desistimos, não havia nada mais a ser feito. Ela já não estava mais alí.

- House, descobrimos o que causou a morte da menina - diz Chase entrando em minha sala ao lado de Foreman - A culpa não foi da Cameron, ela era alérgica a anestesia, como nunca tinha feito nenhuma cirurgia isto não constava no prontuário.

- Alérgica? Como... - um arrepio passa por toda a minha espinha - Cameron...

- Você a expulsou da sala de cirurgia, sabe onde ela está? - pergunta Foreman num tom acusativo.

- Vou ligar pro celular dela, provavelmente deve ter ido pro seu apartamento - Mas não tinha como eu saber, ela não atendia, caia toda vez na caixa postal.

- Não quer te atender, não é? - Foreman debocha da minha situação.

-Não, não quer... Vou pegar minha moto e ir até lá, se não tiver vejo no meu apartamento, se a virem me liguem por favor - Quando estava caminhando a caminho da porta, Cuddy apareceu desesperada:

-House! A Cameron...Ela... Ela sofreu um acidente grave! Parece que ela não viu o sinal vermelho e colidiu com um ônibus.

Uma onda de desespero atravessou por todo o meu corpo, por um momento nada mais existia, Cuddy continuava falando, mas não a ouvia mais. Estava estático....com medo.

Atravesso a porta deixando Cuddy falando sozinha e vou direto para a UTI. Como não sabia em que quarto estava foi abrindo a porta de todos, enquanto lutava contra as lágrimas que eu lutava para esconder que deslizavam desesperadamente por meu rosto. Quando cheguei no último quarta, lá estava ela.... entubada, respirando apenas com a ajuda de aparelhos. Estava quase irreconhecível, seu rosto estava todo machucado, seu cabelo com algumas gotículas de sangue seco que provavelmente as enfermeiras esqueceram de lavar. Todo o seu corpo estava com feridas já costuradas, mas de acordo com seu prontuário, haviam ossos que ainda estavam fraturados e por isso algumas partes de seu corpo estavam muito inchadas. Sua cirurgia estava marcada para o dia seguinte, pois precisavam esperar ela acordar e se recuperar um pouco para começarem.

- House, eu sinto muito... - Cuddy disse colocando uma mão em meu ombro, tentando me reconfortar. - Eu sei que a cirurgia está marcada pra amanhã, mas provavelmente teremos que fazer hoje porque as chances dela acordar são muito...pequenas. Ela está em coma House e não podemos esperar muito tempo pra realizar a cirurgia,se não vai comprometer ainda mais a saúde dela.

Em coma... como eu pude fazer isso com ela? A culpa foi minha, toda minha, eu gritei com ela, culpei ela de ter matado a paciente que ela mais gostava. Ela estava triste, desesperada... Não deveria ter expulsado ela e muito menos deixado ela sair por aí naquele estado e agora ela está em coma, praticamente não está mais alí e eu nem tive a oportunidade de dizer a ela o quanto eu a amo.

Já haviam se passado uma semana! Uma semana que ela estava em coma. Uma semana sem ela em meus braços,sentindo uma tristeza tão profunda que eu não era capaz de explicar. Não peguei nenhum caso nesse meio tempo e nem tinha passado  casa, em nenhum momento. Não saía para comer e tentava ao máximo me manter acordado para o caso dela acordar,  mas todos os dias eu ficava em uma poltrona ao seu lado, segurando sua mão.

Os dias foram se arrastando e a saúde de Cameron só piorava. Cuddy insistiu para ir até sua sala e como já estava muito tempo com a Cameron, resolvi ir até lá para dar a possibilidade de outras pessoas visitá-la também.

-House, você está acabado! Vá pra casa, durma, coma e quando se recuperar você volta! Faz mal ficar tanto tempo assim!

- Cuddy, a culpa foi minha, eu a abandonei uma vez e não vou abandoná-la novamente.

-Então converse com o Wilson pelo menos, desabafe com ele, você precisa dele nesse momento - assenti com a cabeça e fui a sala dele.

- Wilson, podemos conversar? - digo entrando em sua sala.

- Claro House, entre! Você foi em casa? Como você está? Não tive tempo de passar pra ver a Cameron ainda, estou cheia de trabalho pra fazer - diz tristemente.

-Não, não fui em casa ainda. Os sinais vitais dela estão diminuindo e... - ponho a mão no rosto tentando sacá-las rapidamente.

- House, não fique assim! Ela vai sair dessa, eu tenho certeza! E ela vai te perdoar!

-Não tive a oportunidade nem de dizer a ela que a amo Wilson! Ela não pode ir, não agora! Não nos casamos, não tivemos filhos, não tivemos tempo o suficiente... - lágrimas rolavam por minha faces mais rápido do que eu pudesse secá-las. Wilson sentou-se ao meu lado no sofá e me abraçou. E naquele momento, não me importei, porque eu realmente precisava.

- Diga a ela que você a ama House. Ela pode escutar, tenho certeza! Abra seu coração para ela, antes que seja tarde de mais.

Saí correndo da sala do Wilson e fui para o quarto de Cameron. Ela precisava saber tudo o que eu sentia antes de partir, ela tinha que saber o quanto eu estava arrependido, não poderia viver sabendo que ela se foi com ódio de mim.

- Oi...amor! - Digo segurando sua mão - Eu sei que não é normal eu te chamar assim, mas eu vim aqui agora, para dizer tudo o que você representa pra mim e o quanto eu te amo. Sim, eu te amo. Você não ouviu errado ou coisa parecida. Essas três palavrinhas estavam presas aqui na minha garganta e é com muita tristeza que as digo pela primeira vez nesse momento tão difícil que estamos vivendo. Você veio como uma luz para a minha vida. Me salvou de todas as maneiras possíveis e trouxe mais cor ao meu mundo. E eu só tenho a lhe agradecer por todos os dias que você esteve ao meu lado, mesmo quando eu estava nervoso ou com ciúmes. Por todas as noites que dormiu comigo e me deu todo o seu amor.Por ser essa namorada incrível que se preocupa com as pessoas, que se sensibiliza com pequenas coisas e que alegra a todos ao seu redor, todos os dias! Eu te amo tanto, tanto... E você não sabe o quão arrependido eu estou. A culpa nunca foi sua, seu amor nunca prejudicou ninguém! Eu que fui um grosso, insensível e sem coração que cheguei ao ponto de quase matar a pessoa que eu mais amo nesse mundo. Me perdoe, meu amor, por favor... - Então eu desabei, tudo o que eu tinha medo de dizer, todos os meus sentimentos mais puros... coloquei tudo para fora. Nunca havia sentido um sentimento tão forte quanto o que eu sinto por ela. E o que eu mais desejava no mundo agora era poder dar a minha vida por ela. Mas infelizmente, eu sabia que isto era impossível. E o que me restava era apenas segurar sua mão e esperar pelo dia que ela  acordar.

Quando estava prestes a sair de seu quarto eu senti.... Senti sua mão se movendo, segurando a minha, me impedindo de sair. E eu nunca pensei,em toda a minha vida, que eu daria tanto valor a um simples toque de mãos. Desesperado e com os olhos lacrimejados, me ajoelhei ao lado de sua cama e comecei a apertar sua mão de volta.

-Estou aqui amor, estou aqui! Não vou a lugar nenhum! - levei sua mão aos meus lábios e beijei cada um de seus dedos, delicadamente - Você consegue me ouvir... consegue falar?

Então ela abriu os olhos e eu pude ver suas esmeraldas pela primeira vez em muito tempo. E com uma certa dificuldade, ela conseguiu levar minha mão até seu peito, para sentir os batimentos de seu coração. Nossos olhos se encontraram e com uma voz rouca ela disse...

- Eu também te amo.









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