Twenty-Four / LOREN

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Meu coração batia tão rápido que eu estava com medo de que alguma pessoa presente no cômodo escutasse ele. O médico parecia assustado com a quantidade de pessoas esperando apenas  paciente, mas logo tomou a sua posição de antes.

— Benjamin passa bem — Soltei o ar que nem sabia que havia prendido — A cirurgia foi um sucesso, mas como todo procedimento, esse também corre risco de haver sequelas.

O médico chamou Liz para um canto, provavelmente para negociar o preço de todo o tratamento que foi cedido ao Hayes. Uma enfermeira, provavelmente, assistente do médico, nos chamou e avisou que ele poderia receber visita, mas não em grande quantidade.

Nós olhamos um para os outros e demos de ombros, afinal, nove pessoas não era um número grande, não para a nossa definição.

Assim que a enfermeira saiu de perto, nós começamos a procurar o quarto de Hayes, uma tarefa não muito difícil, já que o quarto era o primeiro do corredor.

Lucy entrou primeiro e acabou tropeçando em alguma coisa e caiu de cara no chão, fazendo com que todos ríssemos, até ela, que geralmente fica irritada quando isso acontece, riu.

Todos nos espalhamos pelo quarto, alguns sentando no chão, outros no colo de outros e Sammy até arriscou sentar em cima de alguns aparelhos médicos, o que não foi uma boa ideia, já que o aparelho começou a fazer um barulho estranho depois disso.

— Como vocês está, Benjamin? — Matt perguntou e Hayes fez uma careta.

— Nunca mais me chame assim, parece a minha mãe quanto me xinga — Ele disse e eu soltei uma pequena risada — Obrigado por virem.

Sua voz estava rouca, o que me trouxe recordações boas ou ruins, depende do seu ponto de vista.

Eles começaram a conversar entre si e como eu não estava interessada no assunto, comecei a brincar com os meus dedos, pensando como eu me orgulhava de tudo que havia conquistado, quer dizer, não era nada como um prêmio Nobel, mas eu fiz amigos que vou levar para a minha vida toda, amigos que eu posso chamar de família.

Sai dos meus pensamentos quando senti alguém sacudir o meu ombro, olhei para a pessoa e a mesma estava apontando para s porta, onde Patrick estava com as mãos dentro do bolso e o maxilar travado. Isso nunca é sinal de coisa boa.

Me levantei e caminhei rapidamente até a porta, sentindo os olhares de todos pesando sobre mim, provavelmente se perguntando quem era o homem que está na porta querendo falar comigo.

— O que aconteceu? — Eu perguntei assim que fechei a porta.

— Pelo que eu entendi, John aconteceu.

Minha boca ficou seca, meu coração começou a bater mais rápido e minhas mãos começaram a suar de uma maneira um tanto quando anormal. Isso não poderia estar acontecendo, não de novo. Passei minhas mãos pelo meu rosto, em uma tentativa de me acalmar, mas isso só ajudou a piorar tudo.

Comecei a senti dificuldade em respirar e minha visão estava escurecendo. Ótimo. Um ataque de pânico bem agora, que ótimo momento para se ter um ataque de pânico.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, senti os lábios de Patrick contra os meus, me pegando de surpresa. No começo mantive meus olhos fechados, mas quando me acostumei com o beijo, aprofundei o mesmo, sentido Patrick passar as mãos pela minha bochecha, fazendo um carinho ali.

— Por que fez isso? — Eu perguntei, ainda com a minha testa colada na dele.

— Eu li em algum lugar que prender a respiração faz o ataque de pânico passar.

Apenas assenti e respirei fundo, separando nossas testas e o encarando. Patrick tinha 24 anos, mas era como se sua beleza fosse mais velha, não sei por qual motivo isso acontece, mas isso não importa, o que importa é que nós dois nos atraímos, o que é ótimo, já que Patrick sabe o que faz.

Voltei ao foco da conversa e olhei para o chão, tentando manter a calma.

— O que aconteceu? Vamos ter que fugir?

— Calma Loren, não é nada com a gente.

— Então com quem é? Pelo que eu me lembre, ele estava atrás da gente.

— Summer. Ela ligou pedindo ajuda e você sabe que quando Summer pede ajuda porque a coisa está feia.

Eu demorei alguns segundos para diferir tudo que Patrick estava me dizendo. Summer estava viva?

— E por que veio até aqui para em avisar?

— Você sabe porquê.

— Se eu estou perguntando, é porque eu não sei — Eu disse em um tom de deboche.

— Você sabe, talvez eu não volte.

Rock Bottom ;; Hayes GrierOnde as histórias ganham vida. Descobre agora