Prologue

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Eu, realmente, pensava que seu objetivo de vir para cá era ficar sozinho, mas agora você está praticamente implorando para que eu fique. –Afirmou o maior ainda confuso enquanto andava em círculos em torno do tapete estendido ao centro da sala.

O ser de olhos azuis encolheu-se no sofá, pressionando levemente uma almofada sob sua face, escondendo o rubor que ali tomou. O outro sentou-se ao lado, tocando cautelosamente o tecido de moletom que repousava sobre a coxa daquele que já faltava o ar diante do pequeno estofado.

Não estou implorando, apenas não quero que você vá. –A voz falha e pouco rouca enfim soa em bom e dengoso tom.

Um sorriso lateral formou-se no rosto de Styles, trilhando os dedos pelos finos fios castanhos dos cabelos de Louis, acariciando seu couro cabeludo, ouvindo um solfejo moroso ao que o menor ajustou sua postura, deitando sua cabeça no peito despido de Harry.

Algum motivo especial? –Balbuciou prolongando as carícias.

O silêncio se estabilizou tão rápido quanto a velocidade do som, que naquele caso seria o som das respirações pesadas em meio ao estranho momento de frieza e tensão, tampouco mudando para uma insólita sensação de conforto e segurança, transmitindo uma natural preguiça, ainda mais para Louis que continuava a receber um caloroso cafuné que já o fazia piscar de forma tardia.

—E-eu não sei. –Disse baixinho.

Há muita coisa, pela qual não sabemos.

O pequeno inquilino enfim retirou-se de seu conforto no peito do maior, o encarando de forma confusa, como nunca estivera antes. Seu estômago revirava, suas mãos nunca estiveram tão quentes, e por mais que aquele local estivesse num completo silêncio, sua mente gritava incessantemente. Sem que pudesse discernir entre gritos de socorro ou de desespero.

  A mão direita de Harry tateia levemente todo o contorno do maxilar de Louis, que ainda se encontrava num estranho delírio mental em busca de uma paz interna, trilhando o dedo polegar ao entorno de finos e rosados lábios, desenhando seus belos traços com a ponta dos dedos. Pensando se deveria ou não proceder com o que sua mente tanto ansiava, rendendo-se ao que a razão contrariava, beijar Louis.

  Restando por fim, a certeza de que sempre há um pró a mais em seguir o lado da razão, afinal Louis havia desviado do beijo, deixando Harry com um imediato olhar de suplico e dúvida.

Desculpe, mas eu não posso permitir que faça isto. –Alegou se distanciando do toque de Styles que apenas pode pronunciar um grogue e baixo "por quê?".

Porque eu não posso me deixar apaixonar por você. –Mordeu o lábio inferior, voltando a quase esmagar a almofada com os dedos– Não aqui. Não agora. Não nesta ocasião.

Quer dizer que, há uma possibilidade de você se apaixonar por mim?

Certamente.

E há uma estimativa?

Depende, há uma estimativa de quando você parará de esconder as coisas de mim?

Isolation  ➳ L.S Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang