O LIVRO DA NOSSA VIDA

SINOPSE

Boa noite, e com imenso prazer que venho apresentar mais uma história, espero que gostem. Curtam e comentem vou amar ver vocês por aqui.
Bjos
Breve postagens.

2001

-Abrindo os olhos Marco recusa-se a acreditar no que aconteceu, colocando as mãos em no rosto desaba em um choro profundo e doloroso, ao mesmo tempo em que as lembranças do dia voltam á sua mente.

O relógio despertou as 06h45min, desliguei-o para que Anne não acordasse com o barulho, ela estava cansada, foi dormir tarde ontem, ficou fazendo a revisão dos áudios, para que tudo estivesse certo para a apresentação de mais tarde, ela é free lance em uma pequena produtora, faz este trabalho por hobby, depois que as crianças cresceram uma ocupação, é o que ela diz.
Temos três filhos, Paul com 17 anos Alice com 14 e Mike com 12, ficam fora a maior parte do dia envolvidas com escola, treinos de natação, de futebol, teatro no colégio, enfim estão sempre em atividade. - Desci as escadas fiz o café e logo estavam todos na mesa, prontos para encarar mais um dia. Hoje é quarta feira, dia de atividade em família, combinamos que seriam sempre diferentes, para minha alegria hoje seria cinema restaurante e boliche.
- Querido, pego as crianças, e nos encontramos no café A La Bonne Bière, às 18h30min, assim posso aproveitar um pouquinho da brisa no começo da noite, - Ela sabe que adoro aquele lugar, foi lá que nos conhecemos.
- Por mim tudo bem, hoje a reunião com aquele pessoal da ong infantil vai ate as 18:00, parece que a contabilidade deles está com problemas, chamaram-me para ajudar, assim que terminar encontro vocês.- olhei para ela e não resisti, dei-lhe um demorado beijo em frente as crianças. Ela continua maravilhosa como da primeira vez em que a vi, fomos aplaudidos, ela ficou levemente enrubescida - Antes que eu esqueça, tome cuidado ao entrar na área de serviço, a nova máquina de lavar chegou, deixei-a perto da porta, - Tenho que avisa-la das mudanças de disposição de tudo que temos dentro e fora de casa, para que ela não tropece e aconteça algum acidente, já nos acostumamos a estes detalhes, dei-lhe mais um beijo e sai.
Seis e vinte e eu ainda preso na reunião, resolvi ligar para Anne, para eles irem se adiantando, nos sorvetes, eu iria me atrasar meia hora, talvez tivesse que entrar sem mim no cinema.
Seis e quarenta e cinco, saí rapidamente do prédio, entrei no carro e fui encontra-los, no caminho, pensando que estava atrasado, até chegar lá vou demorar uns vinte minutos. Quando cheguei à quadra do restaurante- café, uma movimentação intensa de policiais, bombeiros e curiosos, lembraram-me então que não liguei o rádio como de costume. Saí do carro apressado, com mau pressentimento, já entrando em desespero quando olho e a frente do A La Bonne Bière, havia sumido, corri como um louco, rezando para que tivessem ido para o cinema sem mim, gritando por eles continuei avançando, policiais e bombeiros tentaram me parar, não ouvi, não parei, onde estão? Peguei o celular e liguei para Anne, está tocando, atende amor, atende, ouvi o toque do seu celular, ao meu lado. - Oh! Meu Deus!

Marco foi encontrado, deitado no chão em posição fetal, com um tênis infantil agarrado ao peito, em estado de choque, levado ao hospital ficou sedado por algumas horas, é um homem forte, mas parecia uma criança desamparada agora. O que faria agora? Seus sonhos, seus planos para um futuro ao lado da esposa, os filhos crescidos. Pegara-se muitas vezes imaginando, uma casa a beira mar, ele e Anne abraçada, sentada a varanda, lendo historias, observando o mar, e as crianças, seus netos correndo pela areia, seguidos pelos seus pais e mães.
Sim esse foi o futuro que planejou tudo perfeito, aposentadoria e descanso nos braços de sua amada, filhos crescidos, formados, casados e muitas crianças o chamando de vovô, essa palavra o deixava sempre em euforia, não conviveu com os avós e seus pais não terão a oportunidade de rever os netos, só os vira duas ou três vezes, uma vez marco os levou para o Brasil, nesta época o caçula nem havia nascido, depois presenteou seus pais com passagens de avião para que viessem passar o Natal com eles, sim, teve uma terceira vez, quando sua mãe ficou muito doente, apressara-se em leva toda a família para velos, mas ela esta bem agora. Estes pensamentos agora não têm, mas sentido, já que perdera toda sua família, tudo que realmente valia a pena. Anne, só de pensar nela seu coração se contorce de dor, pegou-se relembrando de quando a conhecera.