Capítulo 35 - Nada está bem

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Nataly


Minha cabeça estava a mil e eu não parava de pensar no que iria acontecer comigo depois da minha atitude totalmente inadequada. Eu havia passado dos limites e, definitivamente, haveria consequências, e o meu único medo era que essas consequências envolvessem me afastar de Alex. Sim, eu ainda tinha esperanças de que ele me perdoasse. E eu estava decidida a dizer a verdade para ele, para mim e para todo mundo que quisesse interferir.

Eu amo o Alex, e ninguém pode mudar isso, nem ao menos eu.

— Isso vai demorar? — Perguntei impaciente para a enfermeira que fazia um curativo em meu braço.

— Você acabou de levar um tiro e precisa de repouso. — Ela disse olhando minha ficha — Eu te aconselho a deixar o seu caso por um tempo, não importa o quão ele seja importante, sua saúde é mais, principalmente neste momento.

— Não seria o primeiro tiro que eu levo, não se preocupe — Sorri, mas ela me olhou aflita — O que há de errado? — Perguntei desconfiada.

— Eu coletei um pouco de sangue para checar se estava tudo bem com você, como de costume, e encontrei uma alteração em seus hormônios — Ela me olhava meio nervosa — Então eu decidi fazer o exame Beta HCG para descartar todas as minhas suspeitas — Ela estava quase esmagando sua prancheta —, porém ele confirmou a sua alteração de hormônios ganadotrofina coriônica humana.

— E isso significa? — Perguntei já impaciente.

— Significa que você....

— Nataly, eles chegaram! — Diego entrou na sala da ala hospitalar da Central com uma cara pálida interrompendo a enfermeira e roubando minha total atenção — E o Anthony está conversando com o protegido. — Ai Deus!

— O que ele quer com Alex? — Perguntei ofegante e a enfermeira encarou-me assustada, e só aí percebi que havia citado o nome do filho uma agente com um ex-agente terrorista — Se abrir sua boca sobre a identidade dele, você está morta! — Encarei-a com um olhar furioso.

— Sim senhora, não se preocupe, eu não ouvi nada. — Ela disse olhando para sua prancheta — Mas ainda acho que a senhora deveria dar uma olhada em seus exames.

— Tudo bem! — Concordei pegando os papeis de sua mão — mais tarde eu vejo — Disse saindo com um sorriso forçado no rosto e deixando uma enfermeira meio pálida em sua sala.

E ela ainda insiste que eu é que deveria ficar em repouso?

Assim que sai da sala alguns agentes me encaravam curiosos e eu apenas engoli em seco e segui para o último andar onde se localizava a sala de reuniões com a cúpula.

— Tenta tomar mais cuidado! — Diego começou quando a porta do elevador se fechou — Não pode se mostrar mais inconsequente ou envolvida emocionalmente do que já está. Seja imparcial, ou eles não irão ouvi-la.

— Eu sou a mesma Nataly de sempre. — Tentei acreditar nas minhas palavras, mas elas pareciam mais falsas que uma nota de três reais.

— Não Naty, você está agindo por impulso, com a cabeça quente. Lembra que aqui você é uma agente, e todos naquela sala estarão querendo comer seu fígado, e isso inclui a Katia e o seu pai.

S.W.A. 1 - As Mentiras De Uma VerdadeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora