Capítulo 21 - Eu Sou Melhor Que Você

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Nataly/Lucy


— Loucura total, sabe você vai a delegacia e eles do nada estão te roubando.

— Acha mesmo que foram os policiais, Joana?

— Olha deixei minhas coisas com eles, inclusive a chave da minha casa, não tinha sinal de arrombamento, uma janela ficou aberta e a minha vizinha disse que viu uma mulher armada e fardada entrando na minha casa pela porta da frente.

Recusar qualquer convite para ir à casa de Joana, anotado.

Ela estava debatendo com seus amiguinhos sobre o suposto arrombamento em sua casa. Claro que ela estava, já que sua casa ficou bagunçada por causa da luta, e não tivemos tempo de limpar já que ela estava para sair da sala de interrogatório. Mas me irritava ela ainda ficar pousando de vítima. A bala nem tinha se alojado, ela estava só com um curativo, mas adorava dizer a cicatriz que iria lembrar pra o resto da vida desse dia. Ela realmente gostava de atenção.

Ainda estou desapontada por ela não ser nossa verdadeira informante, ela era a minha principal suspeita, agora voltei à estaca zero e isso não era bom nem para a minha carreira nem para toda a corporação. Metade das pessoas que coordenavam a agência nos outros países discordava que uma pessoa tão jovem e com problemas pessoais com Mauricio se envolvesse neste caso. Acham que eu não dou conta, e estão quase certos, mas eu vou mudar isto, tenho que procurar melhor, eu tenho certeza de que ele está perto. Vou ter que avançar mais na minha relação com Alex, porque apenas se aproveitar dele como uma ficante não me dá liberdade para ir à casa dele ou fazer perguntas que os relatórios e fichas não me respondem.

— Bom dia! — A Sr.ª seja lá qual seja o nome dela, entrou na sala. Eu não parava para decorar nomes, principalmente quando eu esperava me ver longe disso o mais breve possível. — Se preparem para a prova agora. — Todos se assustaram. Teste surpresa, sério isso? Voltamos ao ensino médio? — Eu não reclamaria, pois, o tempo está passando. — Que maravilha, agora tenho de me concentrar em fazer uma prova em vez de descobrir quem quer acabar com o mundo.

— Hei, boa sorte! — Alex diz me trazendo de volta para a terra. — Está tudo bem?

— Tá sim! — Sorri — Será que podemos almoçar juntos quando a gente sair daqui? — Precisava mantê-lo próximo.

Isso está realmente começando a soar como uma desculpa esfarrapada, mas vamos fingir que é realmente por causa da segurança dele.

— Claro! — Ele pareceu adorar a minha ideia. Normalmente ele que toma a iniciativa e eu sempre invento uma desculpa, porque uso esse tempo para resolver problemas na central. — Algum lugar em especial? — Ele estava ansioso.

— Você escolhe.

— Posso aplicar a minha prova agora, senhorita Miller. — Uma voz chata veio da frente e eu revirei os olhos.

— Desculpe-me — Usei a voz mais doce que consegui. Não sei se realmente aguentaria tanto tempo na universidade como todos aqui.

Quando ela terminou de entregar o teste e mandou que todos os virassem, observei vários estudantes apavorados e suando frio. Inclusive Alex estava assustado com a prova, então, ao ler a prova vi que havia coisas que um estudante nunca conseguiria responder sem ter no mínimo algum tempo de experiencia jurídica.

Depois de uns vinte minutos eu terminei, mas fingi estar fazendo algumas questões enquanto tentava trabalhar mentalmente em táticas para barrar de vez o acesso de Mauricio a Alex, mas só conseguia pensar em colocá-lo em uma sala estilo manicômio e deixar lá até que pegássemos Maurício — Ri com meus pensamentos.

S.W.A. 1 - As Mentiras De Uma VerdadeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora