Capítulo 13 - Voltando a Treinar

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Alex


Há muito tempo tinha parado de lutar. E a força de vontade e o fato dela ter me detonado hoje, me fez querer voltar. Eu era faixa verde no Karatê, quando parei, por causa da faculdade. Estava ficando muito pesado conciliar tudo.

— Alex, quanto tempo!

— Mestre! — Cumprimento-o.

— Achei que não estava mais fazendo aulas.

— E não estava, mas essa mocinha aqui me convenceu a lhe visitar. — Disse abraçando Lucy de lado.

— E quem é essa bela jovem?

— Lucy, Lucy Miller — Ela se pôs a minha frente estendendo a mão para meu mestre, que já beirava os 50 anos.

— Então Lucy, você já praticou algum tipo de arte marcial? — Ela concordou com a cabeça — Qual?

— Krav maga, senhor! — Senti um clima estranho se instalar no ambiente.

— Alex, sua antiga turma está entrando agora para um treino, não gostaria de revê-los? — O que estava acontecendo?

— Mas e a Lucy? — Estava confuso, porque aquela seriedade toda de repente?

— Vou leva-la para fazer um teste. — Olhei procurando qualquer indicio de medo e ela apenas sorrio para mim.

— Eu vou ficar bem, Alex. — Sorriu e seguiu o meu mestre até a sala dele.

Sem mais opções sigo até o tatame onde minha antiga turma se preparava para mais uma aula. Sou recebido por vários abraços e apertos de mão, e logo sou convidado para um treino, e por alguns minutos esqueço de tudo e todos. Já havia esquecido o quão bom isso era.


Nataly/Lucy

Sabia que ele se assustaria ao saber que eu sabia uma das artes marciais mais perigosas e mortais do mundo, mas neste momento precisava de aliados para treinar Alex quando eu não conseguisse fazer. Na caixa que Katia me entregou com os pertences do passado de Alex continha tudo sobre o tempo em que ele treinou aqui e quando investiguei mais a fundo a academia, descobri que seu mestre, Joseph, foi escolhido para o cargo — mesmo que Alex não soubesse disso — de mestre por ser um ex-agente da S.W.A. e era indiretamente um dos protetores de Alex desde o desaparecimento de Maurício.

— Quem é você? — Perguntou após entrarmos em sua sala.

— Como assim, agente 131? — Ele gelou após eu dizer seu antigo código de reconhecimento da agência.

— Como conseguiu se aproximar dele? — Agora ele estava alterado e avançava cada vez mais para cima de mim.

— Do que o senhor está falando? — Ainda mantinha minha pose cínica, sabia que isso irritaria a ele.

— Responda! — Ele me atacou e eu me defendi. — Quem é você?

— Quem sou eu? — Disse me levantando e encarando-o — Agente 003, Unidade Principal.

— Impossível! — Ele avançou mais e eu recuei. Ele parecia transtornado — Esse era o lugar da Agente Cláudia Walter, e ela está ...

— Morta! Eu sei. — Engoli seco — Ela era a minha mãe. — Pego o meu distintivo dourado com inscrições na borda e o símbolo, de representação da agência, no meio, que eu e o Diego sempre discutíamos se era um V ou um coração sem curvas, e o jogo na mesa me distanciando e sentando num sofá que havia ali.

S.W.A. 1 - As Mentiras De Uma VerdadeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora