III

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Passamos praticamente o dia todo conversando, ele me disse que não estava comprometido com ninguém, porém tinha namorado algumas meninas durante uma viagem. Eu disse que havia namorado com um menino, mas me arrependi profundamente e não queria mais nada com ninguém. 

Ele falou sobre seu trabalho, que comprou um carro, o mesmo que eu não tinha visto quando abri a porta para ele. E eu disse que vivia de carona e táxi, por preguiça de pesquisar.

Estávamos sentados no sofá, assistindo uma série medieval. As muitas cenas de sexo me deixavam constrangida, mas ele parecia estar adorando. Havia colocado seu braço em volta do meu ombro, me abraçando de lado.

– Posso dormi aqui? – Perguntou, calmo. 

Olhei para ele com uma expressão um tanto surpresa – Dormir aqui? 

– Foi só uma pergunta, ok? Você tem todo o direito de recusar. 

– Pode – Respondi – Mas você que vai pagar a pizza. – Sorri. 

Ele retribuiu o sorriso e me deu outro beijo na bochecha. Tinha esquecido de como ele fazia isso antigamente, e para falar a verdade, o sentimento era outro antes. Hoje, é muito mais aflorado. 

– Não lembra desses beijinhos? – Disse ele. 

Ele retirou seu braço que me abraçava e apertou levemente minhas bochechas, dando outros beijinhos por volta da minha bochecha. – É diferente a sensação agora, né? – Perguntou, em um tom baixo mas extremamente excitante. 

Não respondi, apenas continuei sentindo seus inúmeros beijos molhados. 

– Lucas... – Tentei falar, já sentindo que ele estava se aproximando de minha boca.

–  Me da um motivo para eu não te beijar agora. – Disse, pausando os beijos e descendo a mão sobre meu pescoço. Após alguns segundos ele se aproximou de minha orelha e sussurrou – Você não me deu um motivo. 

Nos beijamos, envolventemente. Seu beijo é molhado e excitante, ele desce a mão sobre minha coxa apertando-a, enquanto a outra mão se envolve em meu cabelo. 

Sempre tivemos essas cenas no passado, mas não como agora. Antes não passava de selinhos e falsas declarações de amor para aumentar a expectativa daqueles que nos chamavam de "casal", como dois adolescentes. 

– Você pode me parar quando quiser – Disse entre um beijo e outro. 

Eu não queria. 

Depois a mão que estava em meu cabelo, seguiu para minha cintura, levantando minha blusa delicadamente.

E então, o–interrompi.

Nós dois ficamos parados, com a boca semiaberta. Eu pude sentir os olhos esbugalhados enquanto ele se aproximava novamente.

– É sério? – Disse, enquanto me ajeitava. – Não podemos fazer isso. – Falei, querendo fazer.

– Tudo bem, eu paro. – Disse ele, gentilmente. – Eu queria ser um cara romântico, mas não dá. Eu sempre te desejei e você sabe disso... – Deu um sorriso malicioso.

– A sua surpresa é uma transa? – Questionei, em meio aos risos. – Somos amigos, né?

Quando foi se aproximando para me beijar mais uma vez, o–empurrei, ainda rindo e tentando disfarçar que eu o-queria. Ele segurou em meus braços com todo o cuidado para não me machucar, porém bloqueando qualquer movimento.

– Eu sei que você quer. – Sussurrou novamente, me deixando fraca com o sorriso amplo e convidativo.

Ele então me beijou e eu não conseguia mais resistir, então parei de fazer força com os braços, para ele poder me largar e colocar as mãos sobre a nuca dele. Ele foi me empurrando para trás, até que nós dois estivéssemos deitados no sofá. Puxando meu short pra cima, e mordendo minha boca sugestivamente.

– Onde é seu quarto? – Perguntou, um pouco ofegante. Logo respondi que ficava no segundo andar da casa.

Ele me pegou no colo e me subiu até o quarto. Quando entramos, ele fechou a porta com um dos pés e foi em direção a cama. Me jogou sobre a própria, e tirou a camisa.
O porte físico dele me impressionou, talvez por fazer tempo que não via. As veias excitantes em seus braços, atiçava mais ainda o momento. Em meio ao beijo, ele tentava tirar minha blusa.

Por um momento, concordamos que aquilo era loucura. 

Amizade ColoridaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora