Ao acordar no outro dia, notei que Lucas já havia ido embora. Me deixando uma cartinha e o número do telefone.
"Espero que tenha gostado. Precisei sair mais cedo para ajustar algumas coisas com meu pai. Me liga quando quiser. Beijão."
Em meio ao sorriso quando li a carta, levantei da cama para "ajustar" os meus assuntos, por vez, com o meu pai.
. . .
No elevador da empresa de meu pai, aguardando ansiosamente o décimo segundo andar, pude observar o espelho do próprio algumas marcas de arranhão no pescoço. Tinha tantas saudades assim?
Ao soar o toque de que havia chegado no andar, fui recebida por Taís, a secretária, que por sua vez me acompanhou a sala em meio a sorrisos falsos de quem "precisa" agradar a filha do chefe.
– Oi Pai! – Entrei em sua luxuosa sala, o-abraçando.
– Filha! Que bom te ver! – Comemorou – O que houve?
– Preciso de uma ajuda. – Sorri.
Assim, expliquei para ele que havia tomado vergonha na cara e finalmente gostaria de ter um carro, para que não dependesse de táxi ou carona. Ele por sua vez me apoiou e então começamos a procurar o que melhor atenderia.
Ficamos por horas conversando já que ele estava com tempo vago, o que não é algo que acontece. Falamos sobre a vida, a família e negócios. Ainda entre uma fala e outra, pude ver o quanto meu pai era o meu exemplo.
Lucas havia me mandado mensagem, falando que me buscaria para irmos até a uma lanchonete. Eu respondi que só poderia sair em determinado horário, e então marcamos.
. . .
Ao sair da empresa, Lucas me esperava na vaga de estacionamento. Parecia estar comendo algo.
– Oi irmã de nariz. – Ele brincou por causa dos narizes rosados, quando me aproximei ao vidro do carro.
– Aonde vamos? – Questionei. – Você já esta comendo?
– A lanchonete ali da esquina é muito boa. – Sorriu – Eu estava com fome e você demorando, então me adiantei.
– E aguenta comer mais?
– Claro que sim! Entra logo. – Ordenou.
. . .
Ao chegar na lanchonete, fizemos o pedido e ele se levantou para sentar do meu lado, já que o fato de estar separado por uma mesa, parecia incomoda-lo.
– Não faremos nada. – Brinquei.
– Claro que não! – Concordou, determinado. – Por enquanto...
Eu sorri, mesmo não vendo problemas em ganhar um beijo.
– Então, aonde você esta morando? – Perguntei a ele.
– Acho que fica uns cinco quarteirões da sua casa. Na rua de trás do barzinho, sabe onde é?
– Claro! Ali é ótimo. Estou pensando em me mudar também, minha mãe sabe de um contato ótimo de corretor. – Expliquei.
– Lembra naquele dia que moramos juntos por um mês? Foi legal – Riu. – Se quer tanto se mudar, por que não vem morar comigo?
– Lucas, você chegou esses dias do nada, a gente... – Falei baixinho – transou... E você já esta querendo morar junto?
– Qual o problema? É um exemplo de amizade. E minha casa tem piscina. – Tentou convencer, entre um sorriso sugestivo.
– Você comprou um apartamento com piscina? – Perguntei – É, não me parece uma ideia ruim...
– Sabia que você ia gostar da ideia. Mas a proposta é séria, pensa com carinho.
– Ok! Vou pensar com carinho. – Respondi.
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BINABASA MO ANG
Amizade Colorida
Romance"Amizade Colorida" é uma história envolvente sobre um grupo de amigos que decidem dar uma chance a um relacionamento fora do convencional. A trama gira em torno de um encontro entre eles, que leva a uma amizade colorida, com um relacionamento sexual...