Bonvouar, part 2 - XXXV

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Olhei atentamente para os seus olhos, e logo a expressão de decepção pareceu incomoda-lo.

- Tudo bem? - Me perguntou. - Eu não queria te assustar, é que eu não consigo ser discreto. - Riu, meio sem graça.

- Sei... - Ri, tentando ser compreensiva - Tudo bem...

- Está lindo aqui dentro não é? - Puxou assunto.

- Está... Maravilhoso, Adam sabe como contratar as pessoas certas. - Indaguei - Me desculpa, com toda essa correria, eu esqueci de perguntar... Qual o seu nome?

Opa! Espero que o moço simpático não tenha escutado o "Lu" que eu soltei ao pensar que era o Lucas.

Juro, se isso fosse um filme, e se as pessoas estivessem assistindo do cinema, naquela fúria do momento, em que parecia que a cada coisa que acontecesse e quatro ou cinco demonstrassem alegria, tristeza, arrependimento, você seria obrigado a fazer o mesmo sem ao mesmo sentir a mesma coisa. Para explicar melhor para mim mesma, se fosse uma comédia, todos iriam rir na cena "engraçada". De Romance com aquele galã e aquela mocinha que a maioria queriam ver juntos, só que nas primeiras impressões se odiaram, e na metade do filme estavam se conhecendo melhor... Em uma cena "picante", todos iriam fazer - Uhhh! - Ou seja, comemorar. Agora, na minha situação mais parecia que as pessoas iriam quebrar o cinema todinho... Arrancar as cadeiras de uma maneira bruta, e jogar contra o telão, dizendo: Mas que merda! Não é possível! Eu achei que fosse o Lucas!.

Desculpa, desculpa, isso seria vandalismo demais. Em um gesto mais formal, eles só iriam lamentar com o "Aaaaaaa...".

- Daniel - Riu.

- Ah, Daniel... Prazer, novamente, meu nome é Beatriz, mas pode me chamar de Bia.

- Oi - Apresentou-se Hyan, sem mais - Como vai parceiro? - Estendeu a mão para cumprimentá-lo.

- Oi, Vou bem e você? - Daniel meio receoso, o-cumprimentou.

- Ótimo - Forçou o sorriso - Sou irmão dela, e ultimamente faço muay-thai, sabe... Para defender a quem precisar de pessoas desconhecidas. Sabe como é né irmão? O mundo hoje está terrível.

- Hyan! - Intimei - Não liga, ele costuma ser idiota na maioria das vezes.

De repente, ao fundo, comecou a tocar o instrumental de Wild Horses, da Jesuton, em um volume alto o bastante para que todos do santuário pudesse apreciar sozinhos, ou acompanhados. O Coral que estava no altar começou a cantar a música, o noivo já estava em seu devido lugar, e todos olharam para trás já que as portas se abriram lentamente.

Como era abusado, ele deu um "next" da música tradicional de casamento, e logo uma mulher negra, belíssima, com seu lindo vestido preto que valorizava seu corpo, começou a cantar, impressionantemente afinada, em cima do coro, que se calou, e apenas repetiu algumas notas, para ficar ainda mais bonito. Ela repetiu a música duas vezes de uma maneira lenta para que desse tempo o suficiente da noiva ir até o altar.

- Láaa veeem a noooiva. - Comemorou Hyan, animado. - Estou morrendo de fome, e ainda tem a cerimônia. - Foi sincero.

Todos se levantaram, e eu fiz o mesmo, rindo pelo comentário desnecessário de Hyan.

A noiva estava divina, seu perfeito vestido revestido a perolas me encantou, e também a todos que estavam ali, principalmente as mulheres. Logo minha mãe soltou um: - Que escândalo!... - E meu irmão concordou em mais uma de suas gracinhas.

Ai se dava início a cerimônia, que parecia longa, e chata.

Amizade ColoridaWhere stories live. Discover now