why she prefers hate to love ?

5.9K 297 155
                                    

-x-
Quero deixar meu agradecimento e carinho registrado aqui para a @Kris_Payne69, que me ajudou a escrever esse capítulo todo, me deu ótimo conselhos e me deixou muito feliz e confiante!

Eu quero muito que vocês ouçam essa música enquanto lêem esse cap!
-x-

Letícia on,

Eu estava apavorada, não sabia o que fazer ou dizer. Maresca não apareceria ali pra me salvar, Titia berrou constantemente lhe dando mais ordens de serviço, enquanto gritava ela me fitava com ódio.

Chorei, chorei de tristeza e de medo, desejava morrer durante as falas odiosas e agressivas de Titia.
Enquanto ela falava e eu me permitia somente ao choro, não conseguia falar, me mover ou qualquer outra coisa.
Titia fazia uma pergunta, fazia outra e mais outra. Dava um tempo esperando eu falar, eu balbuciava sílabas mas nada saía. Meus pensamentos estavam prontos, eu sabia o que devia falar, sabia que devia enfrentá-la, porém fracassei. A cada frase em que tentava montar e rebater, eu gaguejava:

- Você só trouxe destruição pra essa família. Não vou permitir que meu irmão entregue toda a herança para uma abominação como você! - ela se virou e então recuperei o fôlego

- E.. eu... Eu não... - chorei novamente.

Ela tornou a falar comigo e concluiu a gritaria quando percebeu que um dos empregados se aproximava:

- Você tem até a hora do jantar para contar a imbecil de sua mãe que você é uma sapatão promíscua e nojenta. Se não eu mesma farei.- ela suspirou alto e tornou a falar - pare de chorar, vá se limpar dessas lágrimas falsas. Vá tomar um banho, sapatão imunda!

Ela acompanhou um empregado adentro da sala de visitas e me deixou só.

Não conseguia pensar em nada, não conseguia pensar em nada além de Anne.
Eu só queria ela por perto pra fazer uma piada tosca com a situação me ajudando a rir. Mas não conseguia. Não podia fazer nada além de chorar e ficar parada ali.

Maresca entrou rapidamente na cozinha cantarolando e carregando uma caixa.
Quando notou minha presença ficou me encarando, e depois tomou partido para falar:

- O que há, Letícia? O que é que a sua tia lhe fez?
- Não há nada, Maresca. Eu só estou com muita dor de cabeça. - falei limpando o rosto

- Eu ouvi boa parte da conversa, Lele! E o certo a se fazer é contar a verdade. - ela se aproximou e me abraçou forte passando os dedos pelo meu cabelo. - vou te ajudar a preparar um banho com ervas.

A velha governanta me encarou e sorriu, passando a mão pelo meu rosto.

Anne on,

Thálita sempre colocava ideias na minha cabeça e me instigava a pensar afundo. Nas nossas conversas aleatórias ela sempre me deixou com dúvidas. Desta vez eu tinha uma dúvida insistente, há mesmo amor por mim vindo de Letícia?

Resolvi que devia dar uma volta no bairro, pra ver se me deixava calma respirar o ar daquela tarde nublada.

Na volta para casa vi uma florzinha estranha laranja, então a peguei e comecei a falar enquanto alternava tirando suas pétalas:

Bem me quer
Mal me quer
Bem me quer
Mal me quer
Bem me quer
Mal me quer

Contudo, fui interrompida por Thálita, que ao me ver fazendo aquilo riu alto:

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Jul 23, 2016 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

The pursuit of happinessWhere stories live. Discover now