"o que você quer?"

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A festa virou a noite e durante todo o tempo eu fiquei na arquibancada, me sentindo um zumbi, acordada à base da bebida e pela música alta que não me deixava fechar os olhos.

Lenon foi para o meio da galera algumas vezes e voltava para falar comigo. Houve um momento em que ele não voltou mais e eu o avistei na multidão, beijando a ex-namorada.

Dei de ombros, ele mesmo disse que isso sempre acontecia.

Não vi as garotas, exceto Larissa, durante toda a festa, o que não me surpreendeu pois havia muita gente num lugar só.

Quando a música cessou e o sol já dava sinais, a galera começou a se dispersar.

Me levantei e segui em direção a fraternidade.

Não tinha um quarto ainda, pelo menos não sabia se tinha ou como chegar até ele. Acabei caindo numa poltrona na entrada, melhor que alguns espalhados pelo assoalho.

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_ Levantem, preguiçosos!

Acordei aos gritos de uma voz que já estava se tornando reconhecível, por mim.

Me sentei, espreguiçando e coçando os olhos.

Alguns veteranos acordavam os calouros espalhados pela casa.
Steve vinha em minha direção.

_ Não sabia que era dessas, Laura.
Se referiu ao meu estado alcoólico.

_ Fale mais baixo, estou com dor de cabeça.- Massageei minhas têmporas.
_ E quem está gritando?- Ele quase sussurrou, com seu rosto próximo ao meu.- Tem muita coisa que não sei sobre você,. Não quer me contar?

Me esquivei, afundando meu corpo na poltrona.

_ Sinceramente, não.
Apoiei a cabeça nas mãos.

_ Você não é a mesma de ontem à noite.
O rapaz se afastou, tirando uma faixa de pano do bolso e colocou na cabeça, impedindo que os cachos caíssem em seu rosto.

_ Eu não estou com vontade de conversar agora. Poderia apenas me mostrar onde fica meu quarto?

Ele jogou a cabeça para trás como se fosse rir, porém, cruzou os braços no peito e girou o corpo apoiando o peso nos pés.

Fez um sinal com a cabeça indicando que eu o seguisse e gesticulou algo como, venha.

Steve subiu as escadas largas no meio da grande sala, que havia uma porta de vidro dando saída para um jardim.

Segurei no corrimão para equilibrar meu corpo cujo não estava muito bem, e continuei o seguindo deixando os mínimos detalhes para serem observados quando estivesse me sentindo melhor.

Caminhamos por longos corredores, com portas com placas de nomes diversos nas mesmas, e várias caixas e malas espalhadas. Algumas pessoas também transitavam.

Me senti envergonhada pelo meu estado, vendo como estavam alguns de meus irmãos.

_ Aqui.- Steve abriu uma porta e me deu espaço para que entrasse.

University-ish| [EM PAUSA]Where stories live. Discover now