Fomos no carro do Josh, o orientei até onde eu queria nos levar.
- Dê a curva na próxima rua à direita... | falei e ele riu.
- Parece meu GPS falando. Espero que não esteja levando a gente para o fundo do mar. | ele riu e eu revirei os olhos.
Entramos em uma rua mal iluminada e com nenhuma movimentação. Josh parecia com medo.
- Olha, Megan, se ainda estiver com raiva por eu ser filho da mocréia, me desculpe. | falou com medo e eu dei um olhar maléfico para ele. - Megan, pelo o amor de Deus, não me mata. A culpa não é minha, você sabe disso. | ele falou com os olhos lacrimejando. - Você já viu alguém escolhendo por qual buraco vai sair...
- AI, PARA COM ISSO. Seu nojento. | falei com uma expressão de nojo e ele enxugou a lágrima que havia escorrido de seu olho. - Eu não vou te matar... Não hoje... | sussurrei a última parte e parece que ele ouviu, pois ele fez uma careta.
Eu decidi sair do carro e ele fez o mesmo. Nos guiei até a mata.
Não pensem besteira.
- Aonde você está nos levando? | perguntou.
- Cala a boca e só me segue. | falei e ele logo calou a boca.
Caminhamos por um tempo até que eu me agachei para checar o lugar.
- Por que estamos agachados? Vamos assaltar um banco? | sussurrou perto do meu ouvido.
- Por acaso você está vendo algum banco por perto, seu idiota? | falei e ele pareceu ofendido.
Me levantei e caminhei até um portão preto. Josh chegou logo atrás.
- Ah, não. Eu sabia... | falou e logo começou a chorar. - Megan, você é muito cruel. Um cemitério. Já está me levando para um cemitério... | ele se ajoelhou na minha frente como se estivesse pedindo piedade.
- Levanta, viado! | sussurrei "alto".
Fiquei na frente do portão e tentei abrir.
Era óbvio, estava fechado.
- Vamos ter que pular o portão. | falei e ele me olhou assustado.
- Megan, vamos a outro lugar... Um lugar que não tenha pessoas mortas, que tal? | ele tentou me puxar, mas eu o empurrei.
- Deixa de ser medrosa. | debochei, ele revirou os olhos.
- Eu não estou com medo... Puff... | falou e eu cruzei os braços.
- Então, você vai primeiro. | dei um sorriso maléfico, ele ficou de olhos arregalados.
Ele se direcionou até o portão e escalou. Em poucos segundos, ele estava do outro lado.
- Muito bem. Conseguiu chegar ao outro lado. | bati palmas. Ele deu uma volta como se fosse um campeão e depois de um tempo, ele se tocou que estava dentro do cemitério e logo arregalou os olhos.
- Megan, entra logo aqui. Eu já estou sentindo algo molhar minhas calças. | falou e eu desatei a rir. - Eu estou falando sério. | falou irritado.
Me posicionei para escalar o portão, mas algo me "surpreendeu".
- Eu não alcanço a parte de cima! | me irritei e ele riu alto.
- Quer uma escada, Megg? | ele riu mais alto.
- Pelo menos, não sou eu que estou dentro do cemitério com fantasmas. Uuuh! | falei tentando fazer uma voz assustadora. Não deu muito certo.
- Olha, você para... | ele logo se calou. - Ouviu isso? | ele já estava todo borrado. Revirei os olhos.
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Becker
ChickLitApós um ano no reformatório, Megan Becker volta para casa sem nenhum resultado, continuando ser a mesma garota baixinha contra as normas da sociedade. Obrigatoriamente, passa suas férias em uma nova cidade sem a companhia dos seus pais, mas com os...