Capítulo 12 - De volta ao trabalho

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P.O.V. (OLIVER)

         Contei tudo a peste sobre a noite passada, exceto a parte do beijo.

         Eu sei que pode parecer frescura minha, pois aquele beijo não foi nada demais e ainda por cima o beijo foi com uma garota que pensava que eu era o Garfield, mas sei lá... É estranho falar disso com sua prima!

— OLIVER, ESTOU COM FOME!!! | a peste e o Billy gritaram.

— VÃO FAZER VOCÊS! | entrei na sala de estar e senti algo duro bater em minha cabeça.

— Boa, Billy! Aprendeu com a melhor!! | ela deu tapinhas nas costas dele.

— Cadê o nosso rango, servo? | Billy bateu palminhas como se estivesse exigindo algo.

— Vai fazer! | falei e baixou a cabeça.

— Ok! | ele disse meio triste, levantou e foi indo em direção à cozinha.

— BILLY, NÃO VAI! O OLIVER VAI FAZER O NOSSO LANCHE! | A peste mandou e o Billy obedeceu.

— BILLY VAI! | mandei e ele obedeceu.

Vamos ver quem tem mais moral aqui!

Claro que eu tenho mais, pois eu sou homem, faz parte dos meus genes ter moral.

— Billy... | ela o ameaçou com o olhar e ele se sentou.

— Billy... | fiz o mesmo e ele não reagiu.

— Desculpe cara! A Megan é mais assustadora que muitos filmes de terror por aí! | revirei os olhos a 360°C.

Espera...

Megan?

Então, quer dizer que o capeta tem nome?

— Cadê o nosso lanche? | ela perguntou e eu lhe mostrei o dedo do meio. — Que ousadia! | ela falou erguendo uma sobrancelha.

Oliver, respira fundo e vai logo fazer esse lanche!

Dei as costas para eles e fui à cozinha.

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P.O.V. (MEGAN)

Eu e Billy estamos assistindo As Branquelas, o que não foi uma boa idéia. Na verdade, nunca é uma boa idéia assistir algo com o Billy.

Ele foi no quarto e depois de alguns segundos voltou sem nada em suas mãos.

— Megan... "Sua mãe é tão velha, que sai leite em pó das tetas dela..." | ele disse e eu ri disso. — "[...]Você mamava assim!" | ele soprou talco em meu rosto, e depois de uma crise de espirros, dei um belo soco em seu rosto.

— Seu travesti leproso! | limpei o talco que havia em meu rosto.

Oliver havia terminado nosso lanche e colocou os pratos em cima da mesa e saiu da sala.

— AH, NÃO! | levei um susto após o Billy gritar. — Pobre abelhinha, que dó, que dó! | ele se referia a uma abelha que se afogou em seu refrigerante.

Ele pegou uma colher e a abelha subiu nela.

Como eu sou uma boa pessoa, chutei a colher e ela voou para longe.

— ABELINHA! | ele se jogou no chão para salvar a abelha. — Sua malvada! | mandei um beijo para ele. — Vamos abelhinha, vou deixar você ser livre! | ele levou a abelha até a janela.

— Billy! | falei baixo propositalmente.

— VOE ABELHINHA! | ele jogou a abelha pela janela e ela caiu.

— A abelha estava com as asas molhadas, ela não ia voar! | sorri e ele me olhou triste, e subiu para o seu quarto.

Terminei o meu lanche e fiquei de olho no lanche do Billy.

Peguei seu lanche, principalmente o refrigerante, e mandei ver.

— Megan, hora de ir para o seu trabalho! | Oliver estragou minha felicidade.

— Foda-se esse trabalho!

— Anda logo, você ainda tem que pagar pelo prejuízo! Lembra? | ele disse e eu imitei ele fazendo careta.

— Enquanto o seu trabalho? Você também quebrou algumas coisas lá!

— Eu ainda estou procurando um trabalho, vou ser digno e não vou escolher o primeiro trabalho que vier pela frente. | ele olhou para mim de um jeito enojante.

— Foda-se aquela mocréia velha, foda-se você... FODA-SE O MUNDO!

— Eu venho me perguntando se você tem um lado doce! | ele falou revirando os olhos.

— Eu já comi esse lado! | me levantei e peguei uma jaqueta xadrez.

— Aonde vai?

— Vou trabalhar! | falo como se fosse óbvio.

— Eu levo você!

— Eu sei caminho, tá? Eu não sou um Billy da vida! | falei.

— Foda-se! Não vou deixar que aconteça de encontrar você novamente chapada e me dando trabalho... Ah, acho que já tenho um trabalho! | ele riu.

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P.O.V. (OLIVER)

Depois de muito esforço, consegui levar a Megan para o carro.

Essa garota me dá nos nervos, só não mando ela para ser traficada na Turquia, porque seus pais me matariam se algo de ruim acontecesse com ela.

— Merda! | bati minha mão contra meu rosto.

— O que foi?

— Esqueci onde coloquei as chaves! | falei.

— Procure, ora! | ela falou.

Procurei no carro inteiro as chaves e não encontrei, e depois de um tempo eu percebi que as chaves estavam nas minhas mãos o tempo todo.

— Que droga! | deixei a chave cair.

— Ai, como você é lesado! | ela baixou a cabeça para enxergar aonde a chave havia caído. — Achei! Que merda, tá longe! | ela esticou o braço para alcançar a chave.

Um carro passou ao nosso lado, parou na mesma, abriu o vidro e olhou para mim com um sorriso malicioso no rosto.

Fiquei sem entender por um tempo, até que eu percebi que a Megan não estava em uma posição muito inocente, sua cabeça estava entre minhas pernas.

No instante em que percebi, fiquei corado.

Os caras saíram.

— PEGUEI! | Megan anunciou toda sorridente, depois parou de sorrir quando percebeu que eu estava corado. — O que foi?

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P.O.V. (MEGAN)

— Chegamos! | falou.

— É tarde demais pra ir para Hogwarts? | fiz beicinho.

— Da próxima vez, não me faça correr atrás de você em uma pizzaria! | ele disse enquanto eu saia do carro e se retirou.

Caminhei até a casa.

É nessas horas que sinto falta da Lucy.

Cheguei na porta e a mesma foi aberta sem que eu precisasse bater.

— Escrava! | Bernard falou enojado.

— Olá, pato com hemorróida!

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A continuação vai ser próximo capítulo, nutellas!!!!!!

BeckerWhere stories live. Discover now