Capítulo 4 - Não no meu turno.

342 29 3
                                    

P.O.V. (OLIVER):

Como alguém poderia aguentar aquela pestinha?

Olha que ela está aqui faz algumas horas, e eu estou com uma tremenda vontade de empacotar ela e mandá-la de volta para o lixão da mãe Lucinda.

— OH, PESTE! VEM COMER!! | digo ao terminar de preparar algo para o "anjinho" comer.

— "JÁ VOU, BARBIE SILICONADA!" | respondeu ela e eu bufei.

Não!

Bufar é pouco!

Fui para a sala com a intenção de assistir televisão.

Mal me sentei e alguém decidi bater na porta. Passei a mão onde eu estava sentado para checar se não tinha nenhum sensor, que dá sinal para as pessoas chamarem sua atenção quando vamos fazer algo importante.

"Toc, Toc, Toc!"

AAH, JÁ VOU! | fui até a porta e me deparei com dois policiais.

Eles entraram sem ao menos me consultar.

— Pode entrar, eu deixo! | dei um sorrisinho cínico.

— Cadê a garota? | um deles perguntou e eu o olhei confuso.

— O quê?

— Você me ouviu! A garota!

— Ela está lá encima!

Eles se entreolharam, e um deles fez um sinal com a cabeça, e o outro concordou, subindo as escadas e indo em direção ao meu quarto.

Só ficamos eu e um policial, e ele não parava de me fitar, dei um sorrisinho para abafar esse clima tenso, e ele retribuiu piscando o olho para mim.

Finalmente, ouvimos passos na escada e vimos o outro policial e a pestinha descendo, e eu me surpreendi, pois ela estava com um olho roxo.

— Você vem conosco! | disse o policial que tinha piscado o olho para mim, e me algemou.

— Hãm? O que eu fiz?

— Agrediu aquela pobre garotinha indefesa! | ele disse e a peste abriu um sorriso maléfico.

Eles me empurraram até a viatura, e eu fiz um escândalo para não ir.

— AAAAH, EU NÃO FIZ NADA! | dei um grito agudo.

Eles conseguiram me pôr no banco da viatura, deixando um policial do meu lado para não fugir.

Acho que já deu para saber qual dos policiais me fará companhia.

________________________

P.O.V. (MEGAN)

Esperei os policiais saírem e corri para o banheiro.

Molhei meu rosto, retirando a maquiagem.

O que a maquiagem não pode fazer, né amiguinhos?

Fui a cozinha e abri o armário, lá havia uma caixa com o nome do Oliver. Peguei a caixa, e sem querer deixei cair, derrubando todos os copos que estavam na pia.

Não liguei para os cacos de vidro, só peguei os salgadinhos do Oliver e saí da cozinha.

Quem quiser limpar, que limpe!

Me sentei para assistir o que estivesse passando de bom, mas minutos depois acabei caindo no sono.

__________________________

— CHEIROSOS, CHEGUEI!!

Levei um susto com esse grito, e joguei o controle da televisão no ser imundo.

BeckerWhere stories live. Discover now