Nos últimos instantes da Seleção a descoberta de um grande segredo levou America e Maxon a seguirem caminhos totalmente opostos e inesperados.
Determinada a apagar as lembranças da realeza, ela escondeu sua identidade e desapareceu dos holofotes, se...
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America avançou até o fim do corredor e, quando se aproximou, conseguiu identificar quem era.
— Maxon! — chamou, reconhecendo o terno e os cabelos claros.
Ele a viu, e o alívio preencheu seu rosto. America correu até ele, mas parou abruptamente a sua frente, enxergando o corte em sua roupa na altura do tronco.
— America... — Maxon sussurrou, tomando-a nos braços.
— Oh, Maxon, o que foi que você fez? Preciso levar você a algum lugar para cuidar disso — America disse, sobressaltada, afastando-se dele.
— Aqui — ele disse, apontando para o que parecia ser uma porta atrás de si.
Um abrigo.
America não entendia porque Maxon não tinha entrado ali antes, e muito menos o que ele estava fazendo naquela parte do castelo. Maxon esticou o braço para apertar um botão que ela não tinha enxergado antes. Uma passagem secreta se abriu e os dois entraram na completa escuridão. A porta se fechou atrás deles, e America tateou em busca do interruptor, clareando o lugar. Aquele abrigo não era dos grandes, tinha apenas um banco de concreto, uma mesa e uma pia ao lado de um pequeno armário.
— Você está bem? — America perguntou a ele, olhando para o ferimento. — Sente muita dor?
Ele negou com a cabeça
— Não foi nada.
— Vou procurar alguma coisa para limpar isso — disparou aflita.
— Obrigado.
— Você acha que tem remédios aqui?
— No armário.
America encontrou um pano limpo, molhou-o com a água fria da torneira e, no armário, encontrou alguns remédios para limpar a ferida. Foi até ele e ficou de joelhos à sua frente, enquanto organizava os produtos.
— Pode me dizer o que estava fazendo nesses lados do castelo? Onde estão seus soldados? Se esqueceram de você também? — America perguntou, se recordando do que fizeram com sua filha não muito tempo atrás.
— Então agora você está falando comigo? — Maxon a provocou com um sorriso, enquanto ela umedecia o pano com o remédio.
— Não complique as coisas — ela pediu, levantando os olhos. — Consegue tirar... — respirou fundo — a sua camiseta?.
— Essa parte te preocupa? — Maxon disse, arqueando as sobrancelhas.
— Por favor, Maxon...
— Tudo bem, desculpe — murmurou, abrindo as casas dos botões do terno.
America tentou focar seus olhos nos pequenos frascos de remédio e não no corpo de Maxon, mas deve ter falhado miseravelmente. Ele continuava tão belo quanto da última vez que o vira despido. Se esforçou para desviar o olhar, tentando não parecer boba demais, mas parecia que seu abdômen tinha uma força que atraía magicamente o seu olhar.
