O percurso até a casa foi feito em puro silêncio. Talvez estivessem constrangidos com o ocorrido.
Após ambos se despedirem, cada um seguiu para a sua morada.
Como os pais de Hyuna ainda estavam trabalhando, ela poderia ler sem ser atrapalhada por vozes altas que a faziam perder sua concentração.
Ela jogou a mochila em algum lugar do quarto e foi tomar banho. Depois colocou sua roupa de dormir, pegou um livro da estante e se deitou na cama para ler.
Já estava a um bom tempo lendo o livro, quando foi atrapalhada. A energia acabou.
Sem enxergar nada, ela se levantou. Tateando as coisas para ver se achava uma lanterna em sua cômoda, achou uma. Mas tinha um problema: estava sem pilha.
— Hyuna! — alguém gritou.
Ela voltou para cama e se encolheu embaixo das cobertas, com medo de quem poderia ser.
Ainda estava com a lanterna na mão, então, fez dela uma arma para se defender de quem quer que fosse.
— Hyuna? Sou eu, Taehyung.
Estava tão assustada com o escuro que nem reconheceu a voz de seu melhor amigo.
Ela saiu das cobertas e foi tateando até chegar na porta, abriu a porta desceu as escadas, com cuidado para não cair. Ela estava no último degrau, quando tropeçou em alguma coisa e caiu de joelhos no chão.
— Aí! — Se levantou com os joelhos doloridos, e foi até a porta, para abri — la.
— Você está bem? — Pergunto, assim que a porta abriu, ele tinha ouvido o barulho do impacto.
— Sim, estou — respondeu, passando a palma da mão nos joelhos doloridos.
— Tem certeza?
— Sim, não se preocupe — respondeu para ele.
Foram para a frente da casa e sentaram no batente, olhando para cima, fitando o céu estrelado.
— Se lembra de quando brincávamos? — Perguntou.
— Sim — Respondeu, sorrindo para ele.
Hyuna se lembrava de tudo com muita clareza, desde o primeiro dia em que eles se conheceram, eram tão pequenos.
Tae imaginou ela com aqueles cabelos ruivos, com duas tranças, uma ao lado esquerdo e a outra ao lado direito, com um vestido rosa bebê e sapatilhas, segurando uma boneca.
Depois deles ficarem um bom tempo sentados no batente, olhando para o céu, a energia voltou e os pais dela chegaram. Ela se despediu de Tae e entrou.
☁ Dia seguinte ☁
Ela acordou com o sol entrando pela janela. Finalmente um sábado sem neve, pensou ela.
Saiu da cama e foi até o banheiro tomar um banho. Desceu para tomar seu café da manhã. Seus joelhos doíam quando descia os degraus.
— Bom dia — disse sua mãe, que estava preparando alguma coisa na cozinha, e seu pai, que estava lendo seu jornal na mesa.
— Bom dia, filha — o pai assentiu, pegando uma xícara de café.
Hyuna ainda estava em pé então quando a mãe foi colocar as panquecas na mesa e perguntou:
— O que é isso roxo nos seus joelhos?
— Ah, eu caí ontem descendo as escadas — falou, sentando na cadeira.
— Você tem que ter cuidado.
Ela já tinha tomado café então resolveu subir para o quarto.
Ela pegou seu celular e se deitou na cama. Ao desbloqueá-lo tinha uma mensagem de Tae, dizendo que vinha para a sua casa. Depois de alguns minutos, após responder a mensagem, ouviu batidas na porta e foi abrir.
— Bom dia — Adentrou o quarto.
— Bom dia.
— O que aconteceu com a sua mochila? — Perguntou, observando a mochila dela, jogada no chão com pequenos rasgos.
Ela olhou em direção a bolsa, não tinha reparado nisso.
— Foi um dos gatos do seu tio, quando estávamos atrás do que pegou meu cachecol — Respondeu, frustrada.
— Ok... O que vai fazer hoje? — ele senta junto a ela na cama.
— Estava pensando em não fazer nada.
— Sério? Está fazendo sol, vamos fazer algo divertido.
— Tipo?
— Meditar.
— Meditar é divertido? — Perguntou, irônica.
— Para mim, sim. Eu acho. Vamos lá, Hyuna, vai ser legal. — Tae insistiu.
— Tá bom. — Concordou.
ESTÁ A LER
one love ✖ Taehyung
FanfictionEntre apostas, brincadeiras, turbulências e bastante neve, um amor floresce no simples cotidiano de idas e vindas da escola. Contrariando totalmente o fato de amores de invernos não funcionarem, e não serem feitos para histórias de amor. "Eu também...