Dorothy e Max se entreolharam, rindo baixinho.

— Não! — Se apressou. — Não, Harry. Você não dormiu comigo. — A ideia de dormir com Styles soou tão boa para Louis no momento, que era até decepcionante repetir a sentença em negação.

— Papai, demorou tanto de acordar. — Disse Max.

— Sim, papai. Te chamamos e você nem deu sinal. — Dorothy falou, enquanto se ajoelhava ao lado da cama do pai. — Achamos que tivesse morrido.

— O Lewis pode levar eu e a Dothy pra escolinha? Já estamos atrasados. — Max lembrou.

— Tudo bem pra você, Louis? — Harry o encarou, os olhos verdes marcantes e a expressão de sono ainda presente. Tão lindo. Ao menos era tudo que Tomlinson conseguia pensar.

— Claro, claro.

— E buscar também?  — Tentou, meio sem graça. Mas ele realmente precisava fazer hora extra no trabalho, para compensar o atraso.

— Sem problemas. — Sorriu sincero.

-x-

Após Louis sair para levar as crianças até a escola, Harry levantou relutante para ir trabalhar. Estava esgotado emocionalmente e consequentemente, fisicamente. Tomou um banho demorando, e arrumou-se para sair, vestindo sua melhor cara de não tive uma noite horrível.

Já estava na sua mesa de trabalho, checando todos os arquivos que lhe eram enviados. Harry não considerava um sacrifício, já que, como bom formando em jornalismo, estava habituado a ler coisas o tempo todo, principalmente atento às minúcias. Qualidade esta que o fez perceber inclusive, que uma silhueta suspeita no vídeo de aniversário do seu filho, seria nada mais, nada menos, que seu próprio marido arruinando a vida dos dois com um boquete.

— As estatísticas estão prontas?

— Na impressora quatro. — Respondeu Harry ao colega de trabalho, sem ao menos desviar seu foco do computador à sua frente.

— Harry? — Era Jeff Azoff, filho do diretor, o Sr. Irwin Azoff.

— Sim?

— Tem um minuto?

— Claro. — Acenei, acompanhando ele até a sua sala.

— Então, eu preciso conversar com você.

— O senhor vai me demitir? É isso né? Eu fiz algo de errado? Olha, Sr. Azo-

— Harry, calma. — O cortou. — Primeiramente me chame de Jeff. — Harry concordou, e assim o homem prosseguiu. — Eu te chamei aqui, porque queria saber se você não quer escrever para mim?

Ok, isso foi pesado. Harry ficou chocado, apenas encarando o homem, como se a qualquer momento câmeras pudessem romper o ambiente, e revelarem uma pegadinha.

— Sabe, eu acho a matéria dos caras daqui bem chatas e repetitivas, e algo me diz que você tem um diferencial. Digo, suas planilhas são organizadas de uma forma tão espontânea, que fica suave de ler. — Harry não conseguia acreditar. — Se alguém faz isso com planilhas, imagina as maravilhas que pode fazer com artigos? E sim, eu sei que você é formado em jornalismo, conhecimentos não lhe faltam, eu aposto.

— Eu, é... — Ele não sabia bem o que falar, era uma promoção? Ele estava sonhando certamente. — Jeff, você tá falando sério? — O sorriso que desenhava sua boca poderia rasgar seu rosto a qualquer momento.

— Bom, eu vou encarar isso como um sim. — Disse divertido, se levantando, e Styles acompanhou seu ato. — Te vejo depois, novo redator. — Apertou a mão de um Harry fodidamente feliz, que se retirou da sala como um furacão.

Tear In My HeartOnde as histórias ganham vida. Descobre agora