Vinte e Seis

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A SOLUÇÃO - Genevieve
CAPÍTULO NÃO REVISADO

Nossos pés se chocam ruidosamente contra o chão cinza e quebradiço, Lara me guia por um emaranhado de escombros pendurados no teto do andar, paramos em frente a uma loja e Lara bate algumas vezes na porta como um sinal. Uma mulher idosa, porem com o rosto forte abre e sorri ao ve-la.

- Gen? - a mulher me olha de cima a baixo - você está... Igual a ela.

- Quem? - franzo tanto minha testa que acho que minhas sobrancelhas se uniram em uma.

- Rose... Sua mãe - ela vem e me dá um abraço apertado, em seguida limpa uma lágrima e guia a mim e Lara para dentro da loja também imobilhada como uma casa.

- Bom, minha casa é bem mais limpa que a de Lara entao fique a vontade, Lara e irá buscar uma roupa para você e chamar meu filho.

- Já vou - ela se vira e levanta um braço, em seguida sai.

Fico observando a casa, as paredes são pintadas de bege, estranhamente tenho um Fleche passageiro, e no lugar que era para ter uma janela -se fosse realmente uma casa - há uma lousa com uma janela desenhada, onde o sol brilha e o oceano é azul com golfinhos pulando para fora da água, seria uma bela visão. Mas, acho triste não ter uma casa com que possa ver pela janela, acho triste tudo relacionado com este lugar. Marlon e seus ancestrais fizeram isto... Eles destruíram aquilo que mais prezavam e transformaram em uma mentira usando máscaras e um belo vestido, ponta para se passar por tudo que quiser, e depois descartar a fantasia.

É simples para eles, o fato é que não há como parar oque fazem pois eles continuam sempre um passo a frente. Se realmente eles quisessem seguir leis estariam fazendo jus ao enorme livro esculpido em bronze com os mandamentos fundamentais de Oak Suis na praça central de Oak Suis Baixa. Ao invés disto, vejo apenas mais derramamento de sangue e uma população que aceita de cabeça baixa, existem leis cruéis onde eu moro, mas nenhuma delas é capaz de superar o modo de vida das pessoas que vivem aqui.

A mulher senta no sofá e me convida, gentilmente, para sentar a sua frente. Tiro este tempo para não só refletir como também observar ao redor, memorizando saídas, esconderijos e pontos fracos na casa.

O portão é de metal, daqueles que se puxa para cima e ele enrola, nele há uma porta que mede mais ou menos um metro e sessenta centímetros, a vasa é limpa apesar do chão ser naturalmente manchado; os sofás tem pequenos furinhos em seu couro tendo para si a marca do tempo gravado nele. Ha uma porta para a loja do lado, onde observo pelo ângulo de inclinação certo ser um quarto com duas camas e aceso para o banheiro, onde estamos temos a sala e a cozinha e o comodo é iluminado por inúmeros lampiões com velas, alem de ter uma lareira de metal para aquecer.

Olho para a mulher a minha frente, ela faz algo que não consigo decifrar com uma agulha e linha enquanto seus olhos se mechem sem parar. Noto varias cicatrizes em seu rosto enrugado e penso como será que foi sua vida, será que já foi atacada por fugitivos do Novo Lar ou mutações do Velho lar? Será que alguém próximo as causaram? São apenas mais perguntas na lista.

- Oque procura? - ela não desvia os olhos do que creio ser um cachecol.

- Muitas coisas, na verdade - continuo estudando-a - depende do que se refere... Aqui? Bom, no velho lar eu e meus amigo queremos suprimentos para a força rebelde e recrutar alguns de vocês para se juntarem a nós. Neste lugar? Tudo que quero é rever meus amigos. Em geral? Quero acabar com toda a hipocrisia e ganancia do rei de Oak Suis. Recentemente descobri que quero ter um futuro com um dos seus prisioneiros.

- Você quer muitas coisas, mas a maioria delas não me parece impossível, apenas exige mais de sua parte.

- Muitas vezes na minha vida me deparei com o impossível e cá estou, olhando para uma humana e contando tudo que sinto a ela, no entanto tudo que quero agora é falar para Will oque realmente sinto.

- Se é isto que deseja por que negariamos?

- Aprendi a muito tempo para não contar com o que ainda não aconteceu, já quase morri por causa disto.

- Então como ainda está aqui? - ela parou e me olhou.

- Por que em todas as vezes que quase morri tinha um fator em comum.

- E qual era? - ela me pergunta, mas parece que já sabe a resposta.

- Will - digo.

Então é fácil ligar os pontos da trama, Marlon fez isto e agora descobri oque realmente somos. Todos, cada um de nós está ligado por algo em comum. Eu e Will estamos ligados, Ásia e Joyce estão ligadas, tudo está conectado como um fio vermelho que conecta os fatos até sua solução.

E a solução é simples e quase imperceptível a olho nú, tudo se conecta na borda de Oak Suis. Marlon, A neve, A guerra, As leis, Os segundos filhos, Tudo.

Por que não somos apenas prodigios, nós somos a solução de Oak Suis.

Um príncipe e Uma rebelde Onde as histórias ganham vida. Descobre agora