- Não! - as lágrimas correm pelo meu rosto misturadas com a chuva. - Vitor - eu me abaixo e coloco a mão em seu rosto.
- Senhorita temos que levá-lo... - o médico da ambulância fala.
- Você o conhece? - o policial pergunta.
Era informação demais para minha cabeça. Acho que apaguei.
Acordei deitada em uma cama de hospital, com um enfermeiro e aquele policial me olhando.
- Vitor... - falo com a voz fraca, tentando me levantar.
- Espera, não levanta ainda - o enfermeiro diz.
-Olá, meu nome é Policial Neves, eu gostaria de fazer algumas perguntas...
Me sento e faço um sim com a cabeça.
- Qual o seu nome?
- É Sophie.
- Então... Sophie, você conhece aquele moço?
- Sim! Seu nome é Vitor, ele é meu... Amigo. O que aconteceu com ele?!
- Quando você o viu, acabou desmaiando, então trouxemos você para o hospital, logo você acordou e o seu amigo...
- O que tem?
- Os médicos tiveram que fazer uma cirurgia de emergência e... Ele está em coma.
As lágrimas descem pelo meu rosto, é tudo minha culpa! O Neves depois pede os telefones dos meus pais e do Vitor, eu passo e ele fala que vai ligar.
O Vitor está em coma, e é tudo minha culpa!
**** 2 horas depois ****
Já fui liberada do hospital, mas me recusei a ir embora. Minha mãe tá aqui. Era por volta das 3 da manhã, eu estava sentada, aflita, na espera de visitantes. A mãe do Vitor não tinha chegado, parece que ela estava em outra cidade, estava vindo pra cá.
De repente, entra uma mulher loira, correndo e gritando, reconheci a dona Marcela.
- Meu filho! Eu quero ver meu filho!! - é a mãe do Vitor.
- Calma senhora, você não pode gritar aqui - vejo uma enfermeira correndo atrás dela, meio desesperada.
- Calma? - ela aumenta mais a voz - Eu soube que meu filho sofreu um grave acidente e você quer calma?
- Gritar agora não vai resolver nada senhora! - a enfermeira diz. Resolvo intervir.
- Dona Marcela...
- Você! - ela aponta o dedo indicador para mim - Você estava com ele não estava?! Você fez isso!
- Eu estava com ele... Mas não na hora do acidente - porém, inconscientemente eu sabia que era minha culpa, e isso me matava por dentro.
- O que você fez garota?! Ele me falou sobre você - o quê? Ele falou sobre mim pra ela? - Mas desde o começo você não me enganava, sabia que era uma vadia! Você pegou outro garoto não foi?! Disseram que ele estava rápido, mas não bêbado!
- O quê? - dessa vez eu aumentei a voz, não ia deixar essa mulher me insultar, mesmo sendo a mãe do Vitor - Eu não fiz nada para o seu filho! Foi ele que me abandonou na estrada e depois só vi o carro dele batido!
Então, o médico entra na sala.
-Dona... Marcela? Posso falar com você? - ela apenas assente - Seu filho... Ele está em coma, mas não sabemos o porque, ele não corre mais risco de vida, porém temos que fazer um exame para saber o motivo do coma... Você pode visitá-lo, tem mais alguém da família aqui?
- Senhor... Eu gostaria de visitá-lo... Eu que vim com ele para o hospital.
- Você é da família? - o médico questiona, não é o mesmo que me atendeu quando chegamos.
- Não, mas... Meu nome é Sophie, sou... Namorada dele.
- Ah, sim! Você é Sophie? As enfermeiras me disseram que ele falou seu nome, durante o coma, você pode visitá-lo depois da dona Marcela.
O Vitor tinha falado meu nome? Inconsciente? O que será que ele estava sonhando? Fico perdida em pensamentos e quando percebo, a mãe dele já tinha voltado.
- Sophie, sua vez.
O acompanho até um quarto, não era bem UTI, mas porém não também um quarto normal. Vou até ele, está deitado com alguns cabos o conectando a máquinas, se não fosse isso, pareceria que ele está dormindo, igual um anjo...
Sento em uma poltrona ao lado da cama e seguro sua mão.
- Ai Vitor... O que você fez? - passo a mão pelos seus cabelos, até seu rosto, sua boca, lágrimas descem pelo meu rosto. - É minha culpa, se você não tivesse me dado carona... - mais lágrimas.
Seu rosto está pálido, porém ele continua lindo.
- Por favor... Volta pra mim...
Acabo pegando no sono ali mesmo, segurando sua mão.
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O garoto loiro
RomanceSophie era uma garota comum de 16 anos, ruiva, bonita e de personalidade forte. Ela entra para uma nova escola e logo faz amizades e como é inteligente vai muito bem. Porém, um garoto fica a tratando mal junto de seus amigos, sem motivo aparente. Ma...