0 2 ❁ Bulletproof boy scouts

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— Cheguei! – Exclamo, fechando a porta de casa e logo indo em direção ao meu quarto.

Adentro o mesmo, colocando minha mochila sobre a cadeira e me deitando na cama de qualquer jeito, passando a fitar o teto.

Meu celular parece ter se conectado ao WiFi, já que agora vibrava feito um louco. Não dou muita importância para ele no momento, já que provavelmente todas as mensagens são do grupo da família, como sempre.

Eu só queria me afundar na minha cama e nunca mais sair de lá.

— Filha? – Minha mãe abre a porta do quarto, colocando apenas seu tronco para dentro do cômodo. – Eu trouxe pizza, vá tomar banho pra jantar.

Ela sai no momento seguinte, e eu me levanto para fazer o que me mandou, mesmo sem fome alguma eu amava pizza.

Vou em direção ao banheiro no final do corredor, tomando um banho rápido e breve, vestindo o meu pijama – roupa que eu ficava a maior parte do tempo, inclusive finais de semana – e logo indo em direção à cozinha, já que não usávamos a sala de jantar quando não tinha alguma visita especial.

Depois de duas fatias de pizza da minha parte e um copo de Coca-Cola, o interrogatório começa.

— Então... Como estão suas notas? – Questiona-me, empurrando seu prato para frente e apoiando os dois cotovelos na mesa.

— Boas, eu acho.

Eu sabia que tinha algo por trás, afinal minha mãe não era de fazer jantar, muito menos de trazer o jantar de fora, ainda mais pizza, que era consideravelmente caro.

— Tem algo para me falar? – Essa é a pior pergunta que ela poderia ter me feito.

Vejamos, toda vez que alguma mãe pergunta isso, é porque sabe que temos algo pra falar, normalmente é alguma burrada que fizemos, ou algo que deixamos de fazer.

A pergunta é: Qual das burradas que eu fiz ela ficou sabendo?

— Acho que não.

— Hm, porque eu recebi uma ligação no meu trabalho do seu colégio – Aponta para mim, e eu vejo que tomei bem naquele lugar. – Informando que suas notas em física estão extremamente baixas.

Eu quase suspiro de alívio na frente dela, esse é o melhor dos motivos para eu me encrencar, afinal, quase não era um motivo, comparado aos outros.

Uma vez eu cheguei na penúltima aula, outra eu – sem querer – quebrei a porta de uma cabine do banheiro feminino, semana passada não fui ao colégio para ir no cinema com Soyoung e Hoseok – não me culpem, era a estréia de Liga da Justiça! –, entre outros que eu não gostaria de citar no momento.

— A culpa não é totalmente minha! – Me defendo, cruzando os braços rente ao peito – Além de eu ter dificuldade para exatas, o professor é um otário.

— Jiyun!

— Ele é um homem desprovido de conhecimento docente. – Corrijo a minha afirmação, revirando os olhos.

— Não importa, ou você melhora suas notas no próximo boletim ou ficará de sem nenhum eletrônico até as férias.

Ela se levanta da mesa, recolhe o seu prato e sai em direção à cozinha, não sem pedir licença antes, claro, como a senhora educação que é.

— Aish. – Murmuro, tomando cuidado para ela não escutar.

Como eu conseguiria melhorar as notas em física se eu não entendo nenhuma palavra do que o professor fala? Soyoung é tão ruim na matéria quanto eu, não faria sentido pedir para ela me ajudar. Já Hoseok tinha cara de ser bom em exatas.

Drowning In You [愛]; JungkookWhere stories live. Discover now