20.

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Soph se anima ao ver Nick parado em frente a sua porta com um pequeno girassol entre as mãos envoltas por luvas.

O inverno começara a dar os primeiros sinais de vida. De um dia para o outro, as temperaturas despencaram em várias partes do país. Em Justice a temperatura estava na casa dos 16 graus Celsius, mas para uma cidade que chegava aos 38 na Primavera, estava realmente muito frio.

Por sorte, Sophia havia deixado algumas de suas antigas roupas em seu armário, assim se apressou a colocar uma roupa mais quente que um vestido.

- Estava pensando em sairmos hoje, pensei em uns lugares.- Nicholas fala sorrindo.

- Tudo bem, só precisamos escapar dos guardas.

- Deixe que eu cuido disso, vá calçar um sapato.

Ao retornar para a sala a menina sente alguem puxando seu braço fortemente.

- Corra!- Nick grita rindo.

Logo os dois entram em um ritmo acelerado em rumo ao centro da cidade, Soph sente os três meses sem praticar esportes em seus pulmões que pareciam estar sangrando. As pernas da garota já fraquejavam quando Nicholas para de repente.

Os dois encontram seus olhos no do outro e não conseguem segurar a risada.

- Não acredito que fiz isso.- ela confessa.

- Calma.- ele sorri- Agora vamos antes que anoiteça.

Os jovens andam apressadamente entre as várias pessoas até avistarem um grande portão de metal com alguns furos em sua grade.

- Nós não vamos...?

- Ah sim, vamos.

- Nick! Não podemos.

- Esta abandonada, ninguém vem aqui por anos.

O lugar em que logo eles começam a entrar era um antigo terminal ferroviário da cidade, que fora a muitos anos desativado devido a má conservação dos trilhos, desde então, nenhuma pessoa apareceu para concertá-los.

Já sentados na antiga plataforma de embarque, conseguem perceber o quão bonita era a vista naquela altura da cidade, tudo ficava tão perfeito. Ainda mais com o pôr-do-Sol iluminando seus rostos.

- Uau!

- Aqui é lindo mesmo.- concorda Nick.

- É perfeito.- Soph diz e encaixa a cabeça no colo de seu amigo.

Certos momentos deveriam ser congelados e guardados para sempre, para sempre carregá-los conosco e em um dia triste poder relembrá-los.


Rashmi respirava fundo para tentar controlar suas emoções ao ver Sebastian sorrindo em sua frente.

- Então..? Você aceita?

- Desculpe-me, pode repetir?- ela pede envergonhada.

- Estava querendo companhia para assistir a um filme, gostaria de me acompanhar?

- Eu preciso resolver algumas...- as palavras se perdem quando ela encontra os olhos do Príncipe.- Tudo bem.- Rash suspira e encaixa seu braço no dele.

Sebastian não controla o sorriso, apesar de seu objetivo inicial ser um plano "maligno" ele começara a aceitar a ideia de tê-la como sua esposa. A menina tinha todas as qualidades para ser uma rainha, era relativamente bonita, sabia ser gentil quando queria e tinha uma postura perfeita. Além de ser bonita, opa, acabei mencionando isso duas vezes.

- Você está gostando de Oregon?- pergunta Bastian já cansado daquele silêncio constrangedor.

- É muito diferente de meu país- Rash suspira- sinto falta de lá.

Pela primeira vez em semanas, o menino percebeu uma falha na grande armadura que envolvia a garota. Ela havia deixado sua cultura, tudo o que conhecia apenas para casar com ele. Quer dizer, foi forçada a isso, mas mesmo assim. A partir desse momento, Bastian começa a observá-la com outros olhos.

- Eu não consigo me ver longe da minha família, imagino como deve ser difícil para você.

- Nem tanto - ela encolhe os ombros.- passo a maior parte do tempo com minhas damas de companhia e tem semanas que não sou chamada perante meus pais.

- Isso é sério?- Sebastian pergunta parando de andar.

- Infelizmente sim.- ela se encolhe ainda mais.- Por favor, não conte a ninguém sobre isso, eu.. eu não seria perdoada por causa disso.

- Não precisa se preocupar Alteza, se seremos marido e mulher a partir de amanhã, teremos que guardar os segredos uns dos outros.- ele pisca para ela e retoma a caminhada.


Charles continuava estressado por não ter notícias a cada instante da pequena. Olhava de dois em dois segundos para o celular e nada, nenhum sinal de Bastian.

- Quem é a menina?- pergunta Helena.

- Menina?- Charles coça a cabeça.- Não tem menina nenhuma.

- Tudo bem, pode fingir, mas lembre-se de que eu o conheço muito bem.

- É Sophia.- ele suspira- mas ela tem a idade do meu melhor amigo, eu não posso estar gostando dela ou coisa parecida.

- Pesquisas indicam que romances em que o homem é pelo menos dois anos mais velho, tem chances maiores de dar certo.- ela cantarola antes de sair da sala com sua xícara de chá.

- Será que isso funciona mesmo?- Charles pensa em voz alta.

De Repente Princesa ( CONCLUÍDA )Onde as histórias ganham vida. Descobre agora