De Repente Princesa ( CONCLUÍDA )

5.

O primeiro dia de Sophia no Palácio foi tranquilo, até demais em seus pensamentos. A verdade era que Joseph a estava poupando para uma festa na noite seguinte, onde apresentaria sua filha para o país.

- Alteza- dizem duas criadas entrando em seu quarto pela manhã e fazendo reverências elaboradas.

- Bom dia- Sophia sorri.

- Eu sou Desirée e está é Daphne.- diz a mulher mais velha com cabelos ruivos presos em um coque firme.

- Prazer. Eu sou Sophia, podem me chamar assim a partir de agora.

- Claro Al... senhorita Sophia.- fala Daphne.

Sophia sorri e se sente forçada a passar mais alguns poucos minutos em sua grande cama com seus confortaveis edredons. Ela nunca havia deitado em uma cama como aquela.

- Sentimos muito Sophia, mas a senhorita precisa se levantar. O café será servido em menos de 30 minutos e precisamos arrumá-la.

- Me arrumar?- pergunta a menina confusa.

- Somos suas criadas, esse é nosso trabalho.- comenta Desirée sorrindo.

- Tudo bem.- Soph sorri maravilhada com tudo aquilo e deixa-se levar.

Seu banho é preparado e pela primeira vez ela entra no banheiro da suíte da princesa. Tudo era perfeito. O chão de mármore era banhado por tons de amarelo, devido ao nascer do sol. Uma banheira de porcelana ficava bem ao meio do grande cômodo.

Depois de um relaxante banho Soph sentia-se mais disposta para começar sua vida como princesa. Uma bela porta dupla foi aberta e lá dentro a garota viu milhares de vestidos, sapatos e lindas jóias.

- Meu Deus.- ela sussurra.

- São todos seus senhorita, pode tocar no que quiser.- Daphne acha graça da reação da princesa.

No fim escolhem em conjunto um lindo vestido vermelho que se contrastava com sua pele branca. Um pequeno colar de diamantes foi colocado e brincos também. Por último, o que chamou mais a atenção de Sophia, a coroa. Uma linda e delicada coroa totalmente perfeita para ela. Foi colocada com jeito em sua cabeça e quando a menina se viu no espelho se sentiu a mulher mais bonita do mundo. Tudo parecia muito perfeito.

Antes de sair do quarto, Soph corre para sua cama, olhando a foto de May que ali estava.

"Prometo te trazer aqui algum dia querida." Ela diz.

**

Charles ficara impressionado ao ver a delicadeza de uma menina criada no campo, sua fala era perfeita, não como a das pessoas do interior. Parecia que Sophia era um anjo na terra.

Ajeitou sua gravata mais uma vez e se olhou no espelho, ao ver seu reflexo diz:

"Charles William III, você não pode se deixar levar por uma menina que nem conhece ainda. Por isso,trate de 'esbarrar' nela."

Determinado, o Príncipe sai de seu quarto determinado, mas seus ombros relaxam quando ele a vê. Ela parecia perdida.

- Bom dia Alteza- ele se aproxima fazendo uma solene reverência.

- Por favor, me chame apenas de Sophia.- a garota sorri para os olhos azuis dele.

- Acredito que esteja indo para o café da manhã, correto?

- Na verdade..- ela começa tímida- eu não me lembro onde fica.

- Posso acompanhá-la?- diz Charles oferecendo seu braço a ela.

- Deve.- ela confirma e aceita seu braço.

"Até que ele não é um Príncipe fraco." Soph pensa e ri internamente com seu comentário.

Realmente, o terno feito sob medida caia perfeitamente em seu corpo, que mesmo entre camadas de tecido mostrava ser muito bonito.

Charles a observava com o canto dos olhos e sorria ao ver suas expressões de surpresa ao se deparar com alguma pintura ou decoração diferente.

Ao chegarem ao Grande Salão, o Príncipe pensou em dar apenas mais uma volta para sentir sua pequena mão encaixada em seu braço por mais um tempo, mas infelizmente eles já estavam atrasados.

Sebastian estava alegre por ter uma irmã mais nova, até mesmo chegando a um ponto de euforia.

Antes que Charles e Sophia entrassem, um senhor com uma roupa um tanto engraçada entrou na frente.

- Príncipe Charles, da Bélgica e princesa Sophia, de Oregon.

A menina acha graça do jeito do homem que se posicionou a frente deles.

"Pare com isso Charles, a menina é muito nova e inocente para você. Precisa de uma mulher formada."

Ele estava ansioso para a festa que teria a noite, onde poderia conhecer algumas princesas de países vizinhos.

Andava descontraído pelo jardim e avistou Rebecca de longe montada em seu cavalo, com a supervisão de um guarda. Ele se aproxima devagar e é recebido com uma solene reverência.

- Eu cuidarei da princesa a partir de agora senhor.- Charles faz uma mensura com a cabeça.

- Sim alteza.- o guarda faz mais uma reverência e se retira marchando em direção ao Palácio.

- Olá princesa.- ele se aproxima.

- Charles! - ela sorri.

- A senhorita gosta de cavalgar?- Pergunta passando a mão de leve no animal.

- Sunny é meu preferido.- ela sorri se referindo ao cavalo.

- Sabe, eu tenho um cavalo em meu Palácio também, ele se chama Louis.

- Louis? Como o Príncipe da França? - Beca ri baixo.

- Isso mesmo - Charles sorri.

**

Sophia se olhava no espelho não reconhecendo seu próprio reflexo, a festa havia sido aguardada por todo país e logo os convidados começariam a chegar.

- Senhorita Sophia, a rainha pede para entrar.- diz Daphne.

- Pode deixá-la entrar Daphne, obrigada.- ela sorri e continua se observando.

- Você está linda querida.- diz a rainha se aproximando.

- Obrigada.

- Essa cor combinou perfeitamente com sua pele. Está perfeita. Gostaria que Rebecca fosse assim.- ela comenta um pouco triste.

- Mas o que aconteceu?- Sophia pergunta preocupada.

- Ela prefere calças e hipismo ao invés de vestidos e flores.- a rainha suspira.- Você nasceu para ser princesa.

- Gentileza sua majestade.- Sophia a imaginava usando suas calças largas e se perguntava se a rainha diria a mesma coisa se a visse daquele jeito.

- Sebastian gostaria de acompanhá-la até o salão.

- Claro.

- Ótimo, pedirei para ele te buscar daqui a 5 minutos.- ela sorri fraco.

Sophia estava nervosa para aparecer em frente às câmeras e amassava seu vestido vinho. Sua vontade era de tirar aquele corpete que apertava tanto sua barriga e jogá-lo pela janela ou até mesmo dar a descarga nele.

Sebastian bateu a sua porta exatamente 8:10 da noite. Ela sentia-se mais nervosa do que quando entrou no avião pela primeira vez. Mas vê-lo sorrindo para ela fez seus músculos relaxarem.

Essa festa com toda a certeza a faria sentir-se mais próxima ou até mesmo, parte da família de seu pai.