Uma Lição de Amor

*Capítulo 24*

»Ryan«    

- ENTRA!!! - Joseph grita assim que para o carro ao meu lado. Meu jeans machuca ainda mais minha pele ferida, mas eu me esforço a ficar de pé e correr para o lado do passageiro. - Eu vi por onde eles foram, nós podemos encontrá-los. - Eu mal posso escutar, a única coisa que vem a mente, é que eu falhei. Eu não a protegi como eu deveria. Eu não cuidei dela. Eu falhei miseravelmente . - RYAN!!! - E tudo acontece em câmera lenta. Assim que que avistamos o carro o sinal se fecha. Joseph pisa no acelerador e quando ultrapassa o sinal, somos atingidos. Meu corpo já ferido grita, fecho meus olhos e só posso pensar em Samira, isso não pode estar acontecendo.   

»Samira« 

Meu corpo está tão pesado, quero abrir meus olhos, mas eles se recusam. Minha mente está confusa, eu não consigo me lembrar de muito. Estou com frio, minha cabeça dói. A confusão volta em minha mente, e com ela a escuridão chega novamente roubando meus pensamentos.

»Wess«  

Em meses, em meses não sinto paz, não sinto meu coração bater. Eu quero tanto entrar naquele quarto e me deitar ao lado dela, ao lado da mulher que trás vida para dentro de mim. Eu não posso, preciso me controlar, tenho que me recompor, ela fugiu, ela merece sofrer, ela tem que pagar por trazer a escuridão em mim novamente. Eu já não consigo me controlar mais, não posso... 

- FOX! - Grito o idiota que contratei. 

- Senhor? - Ele responde quase na mesma hora entrando no meu escritório. 

- Você tem certeza que ninguém nos seguiu? - Pergunto pega milésima vez. 

- Sim, senhor. O carro que tentou nos seguir foi atingindo por um táxi, pelo o que parece teve uma morte, mas ainda não consegui a informação de quem morreu. Três pessoas estão em estado grave. - Não posso evitar um sorriso de vitória que se espalha por meus lábios, isso foi mais fácil do que eu pensei. Perfeito! Mas, eu preciso me certificar que ele esteja morto, Ryan Jackson nunca mais verá a luz do dia novamente. Ele tentou roubar o que é meu. 

- Você pode ir. - Olho para Fox que me olha com espanto. 

- Achei que o Senhor me quisesse por perto para...

- Da o fora! - Eu praticamente rosno para ele. Fico de pé e vou até o bar me servir de uma bebida. - Eu acho que te paguei mais do que o suficiente, não é? 

- Sim, Senhor. - Olho para ele e bebo um gole de whisky.

- Muito bem, eu tenho um último trabalho para você. - Sorrio friamente para ele. - Não se preocupe, pagarei um bônus. - Ele parece mais interessado. 

- Farei tudo o que precisar, Senhor. 

- Ótimo. Volte para Seattle, quando chegar lá, me ligue. - Eu caminho até a porta e a abro para que ele saia. - Eu mantenho contato. - Ele para na porta e se vira para mim.

- E a moça? - Ele pergunta me tirando do sério.

- Não é da sua maldita conta. Fora!

- Eu só... - O copo que eu segurava cai no chão e minhas mãos vão para o pescoço de Fox, eu o prendo contra a parede e olho dentro de seus olhos arregalados. 

- Não. É. Da. Sua. Fodida. Conta. Nunca mais pergunte sobre ela, eu não gosto de perguntas, Fox. Eu acho que você é mais esperto do que parece. Termine a porra do seu serviço sem entrar no meu caminho. Se algo der errado, eu saberei que foi você. - Eu aperto mais forte seu pescoço me certificando que ele fique sem ar. Após alguns segundos, eu o solto e ele cai de joelhos tossindo desesperadamente por ar. - Estamos acabados aqui. Entro para meu escritório me servindo de mais uma bebida.