Por que tudo tem que dar errado?

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Maurício

- Ei, aquele alí não é o Rodrigo beijando a Vitória?

- Hãn? - olhei para trás e vi Rodrigo xavexando Vitória.

Levantei e fui na direção do "casal vinte". Luzes iluminavam os rostos deles, e só mostrava o sorriso da Vitória, em meio a multidão. Ela estava de costas para Rodrigo, com o cabelo para o lado, dançando sensualmente, e o tarado do Rodrigo esfregando-se nela. Puxei Rodrigo pela gola da camisa e levei-o até a saída.

- O que você estava fazendo? - meus olhos transbordavam raiva. - Eu nunca mexi em nada que era seu, por que você acha que eu dei essa intimidade toda para você? Ela é minha, cara. Ninguém toca, nem mesmo você seu patife.

- Ela não é um objeto descartável, Maurício. Ela é uma garota que merece a sua atenção. Você nem está com ela. Está com aquela vagaba lá. Ele deixou de ser sua a muito tempo, ou será que ela nunca foi sua? - Rodrigo veio para cima.

- Agora você pediu.

Fui para cima de Rodrigo e meti o cacete nele.

Vitória

Estava dançando quando alguém disse que Rodrigo se meteu numa briga. Fui até a saída, acompanhada por Isa. Quando cheguei lá e vi que Rodrigo estava apanhado, sem reagi, fui para cima de Maurício e acabei caindo.

- Qual o seu problema? - gritei com Maurício.

- Ele! Esse traidor.

- Maurício, precisamos conversar. - gritei sem paciência. - Depois falo com você, Rodrigo.

Maurício assentiu e fomos caminhar um pouco.

- Por que você faz isso? Por que você não consegue me deixar livre? - lágrimas escorreram. - Você sempre me quer por perto... por quê? - parei de caminhar e fitei Maurício.

- Porque você é o amor da minha vida, mas a gente junto é como uma explosão, causa muita dor... - Maurício passou a mão no meu rosto. - Você é tão linda... Queria poder toca-la, sem feri-la. - Maurício abaixou a cabeça.

- Você sempre diz isso... - minha voz soou fraca.

- O que você acha de sermos amigos? - Maurício apertou os olhos e fitou-me.

- Topo! - bati na sua mão. - Mas você tem que me prometer que nunca mais vai ferir ninguém por minha causa. Ok? - olhei para Maurício.

- Não posso prometer nada... - Maurício sorriu.

- Maurício... - virei-o para me encarar. - Você vai cumprir com o nosso trato?

- Que trato? - Maurício olhou para o céu.

- Maurício...

- Vic. - Maurício segurou as minhas mãos e nossos dedos ficaram entrelaçados. -, não vou mais fazer nada que posso lhe ferir. Nem brigar com o meu brother. Mas... Você tem que me prometer que não vai pegar o Rodrigo, muito menos o Júlio, nem o Diego.

- Agora deu! Tá... - olhei para Maurício. - É tão bom ficar perto de você, sentir o seu cheiro...

- Sentir a química que rola entre nós dois, sentir o seu perfume adocicado, sentir a sua respiração ficar mais acelerada... É tão bom ficar perto de você. - Maurício pôs as mãos na minha nuca e foi aproximando o rosto.

- Mau... - fitei os seus lábios.

- Não fala mais nada.

Assim que disse isso, Maurício tascou um beijo. Fiquie sem reação na hora, mais logo fui sentindo o quanto era bom sentir que ele era meu, só meu. Aquele lábios rosados, aquele cabelo castanho bagunçado, aquele pele macia, aqueles olhos castanhos, aquele perfume.... Ai.... Era tão bom..
No impulso, pulei para o colo de Maurício. Começou a chover e nos deixou encharcados, deixando o beijo ainda mais romântico. O céu estava escuro, não havia muitas estrelas, só as que iluminavam a rua escura e deserta. Maurício segurou firme o meu quadril e a minha nuca. Estava tão bom, que fiquie sem fôlego. Mas espera aí... Era para ser uma amizade, e não uma amizade colorida. Aí MEUS DEUS! Assim que lembrei, afastei-o e comecei a caminhar para trás. Maurício ficou parado, me observando enquanto caminhava as pressas. Confesso que não parei de pensar no beijo. Até coloquei os dedos nos lábios. Para quê? Não me perguntem.

Maurício

Vitória saiu e me deixou lá, no relento. Pensei em ir atrás dela, mas não fiz nada, então porque pedir desculpas. Só fiz oque o meu extinto mandou. Beijar aquela boca carnuda. Caminhei apressado para tentar chegar na boate antes que Rodrigo saísse. Após alguns minutos caminhando, cheguei e pedir desculpas para o meu brother, Rodrigo. Fizemos as pazes e fomos beber e curtir o que a vida tem de melhor. Bebidas? Não! O companheirismo.

- Aeeeeeeeeee! Seus putos. - Júlio chegou.

- E aí, cagão? - sorri.

- Afs, sabe nem brincar. Por que você fica me chamando de cagão. Pensa que é bonito ser feio, é? Ei Maurício, aquela mina está olhando para você. Vai lá, songamonga. - Júlio bateu nas minhas costas. - Eita, lá está ela, vindo para cá.

A moça era loira, usava um vestido vermelho acima dos joelhos, era tomara que caia. Ela era linda.

- Olá rapazes. - ela sorriu e olhou para mim. - Será que esse gato pode vim dançar comigo? - ela olhou para mim.

- Claro! - Júlio levantou e pegou na sua mão.

- Desculpa, mas não é você. - ela olhou para Júlio.

- Quem então? - Júlio olhou para ela.

- Esse aí, de casaco preto.

- Quem? Esse songamonga? Esse babuíno?

- Sim, esse babuíno gostoso aí. - ela mordeu os lábios.

- Quê? - Júlio fitou-me. - Esse babuíno aí? Se for para ser o seu babuíno gostoso, eu quero ser. - Júlio piscou para a moça.

- Não, você é só um babuíno, Júlio. - Robério disse.

- Bocó! - Júlio revirou os olhos. - Vou catar alguma mina por aí, tchau seus songamongas. - Júlio saiu.

- Você vai? - a moça perguntou.

Olhei para ela e não tive como recusar. Levantei e ela segurou a minha mão e sorriu. Quando percebi, ela estava com os braços para o ar e dançando sensualmente. A cada remix da música, ela ficava mais empolgada. Ela roçou o seu corpo no meu. Confesso que fiquei excitado. O que aquela bela garota queria, hein? Aí papai...

- Você vai para onde depois daqui? - gritei por causa do volume da música que por sinal, estava muito alto.

- Para a sua casa. - ela aproximou-se.

Quê?.

- Oi? - arregalei os olhos.

- Yo te quiero. - ela murmurou no meu ouvido.

E o quê? Hoje vai render.

Estávamos dançando quando Vitória apareceu com.... Não acredito

Meu Marrentinho Where stories live. Discover now