Velocípede

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Após Maurício me jogar no sofá, empurrei ele, para o lado. Maurício me olhou com um olhar malicioso, porém não vez nada. Ele levantou-se, e trancou a porta.

-Oque está fazendo? -perguntei.

-Sério? Estou trancando a porta -disse Maurício, num tom debochado.

-Não vamos mais sair?

-Vamos! Mas eu não sei para onde vamos.

-Vamos ao parque! Abriu um aqui perto.

-Sério? Parque? Que infantil.

Peguei um almofada, e lancei na direção do Maurício.

-Aí! Doeu! Sabia?

-Quer um beijo?

-Só um? Não! Eu quero vários -disse Maurício, me beijando.

-Para Mau! Se meu pai ver... Ele vai ficar muito irritado.

-Vamos logo no parque! Mas ainda  prefiro um lugar só para nós dois -disse Maurício, com os  braços em volta da minha cintura.

-Deixa de enrolar! Vamos logo.

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Chegamos ao parque, e Maurício estava patético. Ele estava falando sozinho, e com as mãos nos bolsos. Puxei o braço de Maurício, e o levei  para carrossel. Maurício me olhou incrédulo.

-Eu não vou aí! Isso é patético.

-Não! Isso é romântico.

-Mas eu não sou romântico! Vamos para a praia? -Perguntou Maurício sorridente.

-Vem Mau!

Maurício subiu no carrossel. Estava estampado em seu rosto, que ele estava com tédio. Maurício bocejou. Saímos do carrossel, e Maurício estendeu a mão, porém não liguei. Maurício parou de caminhar, e foi comprar alguma coisa. Escutei alguém me chamado. Virei e era Maurício num velocípede. Ele estava se divertindo muito. Todos estavam olhando para Maurício.

-Vem Vic! Vem aproveitar a vida -disse sorrindo.

-Você ficou maluco? Está chovendo!

-Não sou feito de açúcar! Vem!

Sair correndo em sua direção, e peguei outro velocípede. Nos divertimos muito. Maurício não parava de sorrir. A chuva estava cada vez mais forte. Maurício me puxou para sí, e tascou um beijo. Um beijo molhado, envolvente, intenso, e malicioso. Todos saíram correndo do parque, pois a chuva está aumentando.
Maurício me levou no colo, para o roda gigante. Enquanto estávamos lá no alto, Maurício não soltava minha mão, um segundo sequer.

-Eu te amo Mau! -disse encostando minha cabeça em seu ombro.

-Eu também te amo Vic! Promete uma coisa?

-Oque?

-Nunca mais me traga nesse parque! -disse Maurício gargalhando.

-Ok! Depois da vergonha que você passou... Nunca mais irei te trazer aqui. Você vai terminar comigo?

-Vamos aproveitar o momento. Só isso.

-Me responde Maurício!

-Se depender de mim... Não irei te machucar mais.

Se depender dele? Oque ele estava escondendo?

-Como assim?

-Nada não! Vamos para casa.

Entramos no carro, e o caminho todo, permaneci em silêncio. Maurício estava incomodado com aquela situação. Maurício ficou me fitando. Mas continuava olhando a rua, pela janela do carro. Maurício parou o carro.

-Oque está havendo? -perguntou Maurício com a sobrancelha levantada.

-Você não me conta nada.

-Você quer discutir?  Eu nunca escondi nada de você, Vitória!

-Oi? Você me conta tudo? -disse incrédula.

-Oque você quer saber? -Perguntou Maurício fazendo biquinho.

-Por que você disse "Se depender de mim..."?

-Ah! Não é nada. Esquece tá! Vamos para a minha casa, assistir algum filme.

Virei meu rosto, e permaneci quieta. Chegamos na casa de Maurício. Ele abriu a porta do carro, mas nem liguei. Entramos e Maurício estava visivelmente abalado. Sentei no sofá, e liguei a televisão. Maurício sentou-se ao meu lado, e pós o braço na minha cintura. Afastei para o lado.

-Oque foi hein? -perguntou Maurício enfurecido.

-Nada! Acho que é a TPM.

-Não é isso não! Você está mentindo. Eu te conheço.

-Será que conhece?

-Como assim? -perguntou Maurício, inclinando o rosto.

-Nada! Pena que não posso dizer o mesmo. Não te conheço nada.

-Claro que conhece! Oque deu em você, Vitória?

-TPM! Vou para casa.

-Não! Antes vamos conversar.

-Não tenho nada a declarar! Você tem? -Perguntei com a sobrancelha levantada.

-Oque você quer que eu diga? Porque não tenho nada a esconder.

-Quem te soltou? Por que meu pai te soltou?

-Como? Foi seu pai! Porque isso agora?

-Por que ele te soltou? Maurício me fala!

Maurício soltou um suspiro forte, e levantou-se.

-Por que ele é bondoso! Ele é muito legal -disse Maurício com um sorriso debochado.

-Seu mentiroso!

-Vamos parar de brigar, e vamos nos beijar? - perguntou Maurício colocando a mão na minha nuca.

Deitamos no sofá. Maurício estava muito empolgados. Estávamos nos beijando, como dois selvagens. Maurício colocou a mão na minha coxa, e em seguida tirou sua blusa. Sentei em seu colo, e meus braços foram para o seu pescoço. Maurício tirou meu short. Tirei sua calça, deixando Maurício apenas de cueca. Quando Maurício ia tirar meu sutiã...  O celular tocou.

-Alô! -exclamou Maurício, colocando no viva voz.

-Onde você está?

Imediatamente Maurício tirou do viva voz, e levantou-se. Ele foi para o jardim, e trancou a porta de vidro. Levantei e fui pegar um copo de água. Maurício parecia assustado. Estava pálido. Maurício abriu a porta, e veio em minha direção. Maurício me deu um abraço por trás, e beijou meu pescoço. Fui para o sofá, e Maurício veio logo em seguida.

-Estou com fome! -exclamou Maurício.

-Quer que eu faça brigadeiro? -murmurei em seu ouvido.

-Você vai fazer?

Levantei-me  e fui fazer o brigadeiro. Maurício veio lago em seguida. Ele parecia preocupado. Parei de mexer a panela com o brigadeiro, e disse:

-Tudo bem? - perguntei.

-Não! Definitivamente não!

-Oque aconteceu?

-Meu irmão!

-Oque houve? Não sabia que você tinha irmão.

-Tenho que ir na mansão da minha mãe. Você vem? - perguntou Maurício, vestindo as roupas.

-Claro!

Vesti minhas roupas, e saímos.

Meu Marrentinho Where stories live. Discover now