Você vai morar com o seu pai!

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Maurício parecia muito sério, e preocupado. Passei minha mão no seu rosto, e ele inclinou a cabeça.

- Fala logo! - exclamei, aflita.

- A Raissa está grávida! Não sei o que fazer. - seus olhos estavam muito enchados e vermelhos. - Ela contou ontem.

- Meu Deus! - coloquei as mãos na boca - O que você quer que eu faça?

- Me ajuda! Por favor! Não quero ser pai. Eu quero ter um futuro! E filho só atrapalha - Maurício estava chorando muito - E o pai dela quer que eu case com ela. Isso não pode acontecer. Só tenho 21!

- Desculpa, mas você vai ter que arcar com as consequências das suas ações. Não posso fazer nada para impedir, a culpa não foi minha, foi sua! Agora o melhor a se fazer, é dialogar com ela, e falar sobre a gravidez com seus pais.

- Não posso! O meu pai vai me matar! Ele vai brigar comigo!

- O que você espera que ele faça? Passe a mão na sua cabeça? Que ele diga que isso é certo? Que você está de parabéns por engravidar a Raissa? É isso?

- Também não é assim! Eu sei que fui bastante estúpido, e irresponsável, mas não precisa falar ainda. Ela ainda vai fazer o exame de sangue.

Revirei os olhos.

- Você espera que ela não esteja grávida? Sério? O teste de farmácia é de 99℅  seguro. Você vai com ela no exame, né?

- Não! Ela quem não tomou anticoncepcional! Agora ela quem vai arcar com as consequências!

- Babaca!

Sai correndo, e peguei um táxi. Maurício seguiu o táxi de moto,até a minha casa. Sai do táxi, e Maurício parou a moto na garagem. Ele agarrou o meu braço, e me puxou contra si. Meus punhos estavam no seu peito. Maurício olhou no fundo dos meus olhos, e puxou o meu braço até a praça. Estava sendo arrastada pelo braço, na pista. Parei de andar, e Maurício virou com uma feição nada agradável. Bufei.

- Você quebrou a minha unha! Rude! - gritei. - Você é um irresponsável, estúpido, bobo, rude, arrogante, ridículo, e metido! Te odeio! - apontei o dedo na sua direção.

- E você é uma metida, riquinha, patricinha, e acha que você pode ter tudo, e além do mais, gosta de saber que tudo lhe pertence. Mas eu não sou propriedade. - Maurício aproximando-se.

- Olha aqui.....

- Olha aqui o que? - Maurício puxou o meu braço.

- Você é um estúpido!

Maurício puxou os meus dois braços, e tascou um beijo. Envolvi meus braços em seu pescoço, e fiquei de ponta de pé, para alcançar Maurício.

- Sabe o que mais me perturba?

- Não! - estava focada em seus lábios.

- Não poder te ter!

Pasmei.

- Você vai ser pai! Agora, só podemos ser amigos. Para de gostar de mim! Não vai mais dar certo. Estou gostando de outra pessoa.

Maurício franziu a testa.

- Oi? Quem é o canalha?

- Não importa! O que realmente importa, e o fato da sua namorada está grávida, e você tem que assumir  a responsabilidade. Amanhã você vai falar com os seus pais. Nem adianta fugir.

                   ✴✴✴✴✴✴✴✴✴

Subi as escadas, e encontrei Diego no meu quarto. Ele estava mexendo no meu armário. Abri a porta, e Diego levou um susto. Rir da cara dele.

- Desculpa!

- Desculpa? - Perguntei.

Subi em seu colo, e o beijei. Deitamos na cama, e Diego enfiou sua mão por baixo da minha blusa. Puxei seu lábio inferior, feri só um pouco. Diego ficou por cima, desbotou meu short, e o  tirou levemente. Fui com os lábios até o botão da sua bermuda, abri o botão, e finalmente tirei sua bermuda.

Nossas bocas estavam em perfeita, sintonia, assim como o nosso desejo de ter um ao outro.

Arranquei minha blusa, e Diego sorriu. Diego tirou a sua blusa, sentou na cama, e me pôs no colo. Quando finalmente Diego ia abri o fecho do meu sutiã, alguém bateu na porta.

- Vitória, desce aqui agora! - exclamou minha mãe.

Olhei para Diego. Levantei e vesti meu roupão. Diego foi para o seu quarto.

Desci as escadas, e minha madrasta estava sentada no sofá. Estranhei. Sentei na cadeira, e minha mãe disse:

- Você vai morar novamente com o seu pai. Dessa vez, sem ninguém.

- Oi? Não vou! Minha vida é aqui, não na Grécia! - gritei.

- Abaixa o tom mocinha! Você vai sim! Até as coisas se acalmarem, você vai morar com o seu pai. Relaxa, você só vai quando terminar esse ano. Quando você chegar lá, você vai continuar o curso. É só por um tempo.

- Não! Mas é a minha vida aqui? Como fica? Você não pode fazer isso comigo! Não pode!

Subi as escadas correndo, e quando entrei no quarto, tranquei a porta, e deslizei minhas costa na porta. Lágrimas escorriam no meu rosto. Peguei meu celular, e liguei para Isa, mas ela não atendia. Detei na cama, e enfiei meu rosto no travesseiro.

                  ✴✴✴✴✴✴✴✴✴

Acordei com uma enxaqueca horrorosa. Desci as escadas, e minha mãe me olhou aborrecida. Ela estava comendo pão com manteiga de amendoim. Dória também estava na mesa, com a minha mãe. Ela estava comendo maçã. Sentei na primeira cadeira, e peguei um pão. Enquanto passava a manteiga de amendoim no pão, Diego desceu as escadas, com as mãos nos olhos. Ele estava sem camisa. Morri! Voltei a passar a manteiga no pão, até Dória interromper o silêncio assustador.

- Você pensou melhor? - Perguntou Dória.

- Pensou em quê? - Diego interrompeu.

- Se ela vai morar com o pai dela.

- Você vai? - Perguntou Diego, engasgado.

- Por que esse interesse todo? - Perguntou Dória.

- Por nada mãe! - exclamou Diego.

- Vou! - estava muito triste.

Dória levantou, e disse:

- Vamos Cristina! Antes que a loja feche. Adeus meninos! Se comportem!

Dória saiu com a minha mãe, ficando apenas eu e Diego em casa.

- Você vai? - Perguntou Diego.

- Vou!

- Não vá!

- Tenho que ir!

- Mas e nós? Como vamos ficar?

- Ainda tem 3 meses! Vamos resolver muitas coisas daqui pra frente.

- Então vai arrumar-se! Vamos sair!

- Pra onde?

- Segredo!

- Fala Diego!

Diego subiu para o seu quarto, me deixando sem respostas. Então resolvi assistir um pouco, já que não tinha nada pra fazer.




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