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Um dia completamente intediante se tornou em um dos melhores para Sophia. Brian, o capitão do time de basquete havia falado com ela.

- Senhorita? Pode responder essa?- fala o professor de Química perguntando uma fórmula.

- É..- Soph pensa envergonhada, "Eu sei é essa!"- Não me lembro.

- Preste mais atenção na aula da próxima vez - o professor pega a Folha de detenção e a entrega.- Pode me esperar na diretoria.

Sophia se levanta envergonhada, pega sua mochila e se dirige a direção.

- Olá querida, posso lhe ajudar?- diz uma senhora de uns 60 anos.

- O professor Colle me mandou para cá.- diz ela entregando a Folha para a senhora.

- Meu Deus, já é o terceiro hoje.- diz a mulher anotando algo em sua agenda.- Pode se sentar ali.

A única cadeira vazia se encontrava entre dois dos meninos mais paqueradores da escola, Karl e Liam.

Depois de muito tentarem um contato com Sophia desistem e começam a mexer em seus celulares de última geração, enquanto a menina tinha um celular velho que pertenceu a sua mãe.

Ela coloca seus fones de ouvido e deixa que o som da "Fly Away" sua banda preferida preenchece o ambiente. Sophia cantarola baixo as partes das músicas que sabia enquanto a mesma lia seu atual livro.

*

Nicholas estava entediado com terceira aula de Física do dia, então desenhava em sua mesa. A maioria dos adolescentes nessa época faz o mesmo, mas apenas para se distrair. Já no caso de Nick, era seu futuro.

Arte era seu desejo, ao contrário de seus pais que desejavam que ele fosse um médico, arquiteto ou engenheiro.

A aula fazia uma revisão sobre vetores, um conteúdo de nono ano. O professor Flitz, dava seu melhor, mas mesmo assim parecia um alce ferido explicando conteúdos.

*

-Soph! Soph!- Diz a pequena May se jogando nos braços da irmã.

- Oi querida, como foi sua aula?

- Vamos fazer uma peça, eu vou ser a princesa.- Ela comenta empolgada.

- Mas ela não vai fazer- diz a mãe chegando em casa.

- Por quê?- as meninas perguntam em uníssono.

- Não temos dinheiro para comprar a fantasia. Já conversamos sobre isso May. - A mãe fala firmemente.

- Eu posso fazer uma para ela, temos várias roupas no sótão e vovó me ensinou um pouco de costura.- diz Sophia tendo pena de sua irmã.

- Desde que não gaste nada, sinta-se a vontade, temos muitas contas a pagar esse mês.

- Obrigada mãe.- Sophia agradece e pega sua irmã no colo.- Precisamos ir lá em cima buscar as coisas certo?

*

Olhando as velhas roupas empoeiradas, Sophia repara em um velho baú de madeira, nada comum e que nunca tinha reparado. Vencida por sua curiosidade a menina se aproxima desviando-se das teias de aranha.

O baú estava, assim como todo o cômodo, empoeirado e bastou uma leve brisa vinda da boca de Sophia para que se enxergasse um brasão ja desbotado pelo tempo.

"Federação Nacional de Oregon"

Essa era a frase inscrita na tampa do baú. Foi tentada a abri-lo, mas percebeu que se quisesse que isso acontecesse precisava de uma chave. Pelo que se via na fechadura era um modelo antigo.

- Filha?- diz sua mãe entrando no comodo.- O que está fazendo ai?

- O que tem nesse baú mãe?- a garota pergunta para a mãe.

- Nada que você precise saber. -"Por enquanto". Completou a frase em sua cabeça.

Nina, a mãe não conseguia entender o motivo de seu desespero, afinal, era de direito de sua menina saber suas origens. Lembrando-se da promessa que fez ao seu antigo marido e atual rei, Joseph III.

"Ao completar 18 anos ela é minha, entendido? Caso não me permitir a guarda dela você e sua querida família sofrerão as consequências."

Essas palavras ecoavam em sua cabeça a medida que ela distribuía os pratos sobre a mesa.

"2 meses" pensou consigo mesma. "2 meses para viver com minha filha"

Sem que ela percebe-se havia derrubado uma pequena e silenciosa lágrima, e sua pequena filha May a observava por trás da porta entreaberta.

Nina se lembra de seu interesse no baú que devia ter sido esquecido e milhões de lembranças invadem seus pensamentos.

"São as origens dela, obviamente que iriam atrai-la."

De Repente Princesa ( CONCLUÍDA )Onde as histórias ganham vida. Descobre agora