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Capítulo 15 - Last insomnia

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Capítulo 15 - Last insomnia.

15 de Setembro de 2001, Inglaterra.

A dor da perda é angustiante, demais devo dizer. Durante quinze longos dias, eu fiquei acordada por longas vinte e quatro horas.

Existe dentro de mim um medo avassalador do futuro, de um futuro coberto por arrependimento e remorso.

Ás vezes as pessoas perguntam que raio se passa comigo, é uma pergunta válida, especialmente quando as tenho vindo a ignorar no últimos meses.

A companhia do Harry era sem dúvida compensadora pela ausência de os demais.

Mas agora, que eu fiquei sem essa companhia, seria de esperar que eu voltasse ás companhias habituais, antes de Harry Styles aparecer na minha vida, mas não. Não de todo.

Não é como se eu gostasse de estar sozinha ou sem ninguém por perto, é só que eu sinto que ninguém realmente quer saber.

Tu sabes, chega a uma altura da tua vida em que nada mais importa, tu estas apaixonado mas de coração quebrado ou apaixonado sem ser correspondido, e isso mata todo o teu ser.

É como se a pessoa que amas te sufocasse não por estar perto mas por estar demasiado longe, porque no fundo tu sabes, o teu oxigênio, não o real, mas o que a tua mente acha que precisa, esta com essa pessoa e sem ela tu não consegues obter qualquer ar necessário para manter o teu coração impecável.

Está é a altura em que nada importa mais, eu estou quebrada demais engasgada com as minhas próprias palavras e sem qualquer ar presente.

Eu acabei por morrer, não uma morte digna ou exata, é apenas uma morte psicológica e mental, a minha sanidade morreu.

É isso que o amor nos faz. Ele torna-nos loucos.

A melhor coisa a ser feita na madrugada, quando se tem uma mente perturbada e barulhenta é bloqueá-la.

Nos últimos dias, bloquear a minha mente têm sido algo impossível de ser realizado.

A sua falta de amor quebrou-me, mas a sua morte, a sua morte destruiu-me.

Ultimamente os ataques de pânico têm sido bastante frequentes.

Ter um ataque de pânico é como se nenhum ar existente fosse suficiente para os nossos pulmões.

É meio como perder alguém, falta algo, ainda que exista uma vida inteira a descobrir.

Perder alguém é igual a ter um ataque de pânico.

A dor de respirar é igual a um ataque de pânico, mas a bomba que auxilia na recuperação da falta de ar não funciona para essa dor.

Então, eu acho que ter o coração partido após uma perda, é igual a ter um ataque de pânico mas sem o pânico, apenas com a dor.

Ser amada e ama-lo era tudo o que eu sabia fazer após toda a miséria.

Hoje eu olho para o meu reflexo no espelho e não vejo nenhum vestígio de mim.

Engraçado, pois eu não sou mais eu, igual a Harry quando perdeu o seu mais que tudo, eu tornei-me em alguém obscuro e sem sentimentos.

Tal como Romeu e Julieta nós éramos feitos um para o outro, feitos para durar, mas no fim, não éramos destinados.

Acabou.
Foi o fim.

Tem sempre um começo após um fim, eles dizem.

Não desta vez.

Sem vida, Kristy.

INSOMNIA Where stories live. Discover now