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Capítulo 13 - Thirteenth insomnia.
30 de Abril de 2000, Inglaterra, Casa de Kristy Rose.
Lágrimas e mais lágrimas caiam dos olhos, agora inchados e vermelhos, de Harry, o motivo era ainda desconhecido por mim, com toda a certeza, tal como sempre nos últimos meses, o motivo fosse o estado lastimável da sua mãe.
Era doloroso para todos os que conheciam Anne, vê-la em pele e osso e sem qualquer vestígio de cabelo.
Desta vez a doença havia devorado de uma forma feroz o corpo da mulher que tanto lutou para sobreviver ao seu primeiro obstáculo chamado de cancro.
Todos sabíamos, desta vez, ela não iria sobreviver sem sequelas do mesmo.
— A tua mãe piorou Harry? — Perguntei ao final de horas de choro da parte do rapaz completamente quebrado.
Eu não soube notícias dele por toda uma semana, nenhuma mensagem havia sido respondida, nem nenhuma chamada retomada ou atendida. Ele apenas havia desaparecido por longos sete dias sem deixar algum vestígio e aparecerá hoje da mesma exata forma.
— Harry, diz-me o que se passa, eu vou estar aqui para ti, lembras-te? Nós iremos reconstruir a bagunça um do outro toda a vez. — Murmurei as palavras antes proferidas pelo rapaz de cabelos cacheados.
— Não é nenhuma porra de bagunça Kristy, não é nenhuma porra de nada, tu não és a guardiã dos pobres e oprimidos ou do bem, ok? Tu não podes fazer nada para me ajudar, ninguém pode! — A voz dele saiu alta e ríspida com uma enorme raiva posta na mesma.
— Ela morreu. Eu morri. — As suas palavras foram proferidas friamente enquanto ele caminhava para fora do meu quarto.
13 de Setembro de 2001, Inglaterra.
Nesse dia eu corri atrás dele, mas o seu corpo apenas desapareceu sem deixar rasto, ele correu para longe de mim e de toda uma dor imensa, eu nem ao menos pude ajuda-lo como prometi, no fundo eu sabia que no pior dos casos eu não poderia ajudar.
Eu não poderia ajudar porque eu não valia nada.
Vários dias se passaram depois de ele sumir do meu quarto daquela forma tão calma mas enraivecida ao mesmo tempo.
Vê-lo era uma tortura, Harry havia deixado de ser o rapaz meigo e cheio de sorrisos para ser um rapaz de cara trancada cada vez que o seu belo rosto era visto na rua.
As suas roupas coloridas e suaves, era agora enormes mantos de preto, como se todas as trevas existentes tivessem tomado conta da sua mente.
Harry Styles, que todos conhecemos haveria realmente morrido naquele dia, ele tinha razão.
"Cada um colhe o que semeia"
Mas, se por uma eternidade de dor eu semeie amor, porque razão eu colhi um coração partido?
