Capítulo Trinta e Um

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Oie gente!! Cumpri meu combinado e estou aqui com mais um cap. Esse cap é curto mais está ótimo. Amanhã eu volto com mais um cap pra vcs, ou talvez dois,rsrs....Bjs!!

Passei uns bons minutos chorando. Enquanto isso, Oliver continuava abraçado comigo e fazendo carinhos nas minhas costas. Agora ele está na cozinha, fazendo um chá para mim. E eu continuava sentada no sofá, abraçada à uma almofada.

- Pronto, Candy. Toma um pouquinho do chá. – Disse Oliver, me estendendo a caneca. Tomei alguns goles e a depositei na mesinha a frente. Oliver se sentou ao meu lado e pegou uma de minhas mãos. Ele não fala nada desde que eu desabei no choro. Provavelmente deve estar assustado, pois nunca me viu chorar.

Estou tentando tomar coragem e dizer o que realmente aconteceu. Não quero que ele pense nada ruim a meu respeito.

- Oliver...

- Se você não quiser me falar nada, não tem problema. – Ele me cortou.

- Tudo bem. Eu quero falar. – Tomei fôlego. – Quando eu tinha dezesseis anos, toda sexta-feira eu fugia do internato para andar pela cidade. Eu sempre ia a uma praça que tinha perto de lá. E foi onde eu conheci Brian. Eu o achei muito bonito e legal, mas esse jeito legal dele era tudo faxada. Começamos a nos encontrar toda sexta-feira. Ele me disse que estava na cidade de viagem a trabalho e que ele morava em Londres, perto da London Eye; Logo em seguida, começamos a namorar. Quando a Sam o conheceu, disse que não tinha ido com a cara dele, mas eu ignorei. – Oliver me ouvia com toda atenção e ainda continuava a segurar minha mão. – Com o tempo, ele começou a dizer que ficaria muito feliz se eu desse uma prova de amor a ele. Você sabe o que ele queria não é, Oliver? – Ele afirmou com a cabeça. – Quando ele conseguiu o que queria, desapareceu. Nunca mais o vi. Eu tentava ligar para ele, mas ele não me atendia. A tonta aqui até chegou a pensar que tivera que voltar a Londres com urgência.

Um dia a Sam foi ao shopping fazer compras de Natal, e viu o Brian na praça de alimentação, com os amigos. Quando ela chegou perto dele, pôde ouvir a conversa. O que ele fez comigo era uma aposta, Oliver. Ele disse aos amigos que conseguiria me levar para a cama em menos de quatro meses. E ele venceu. A Sam ficou tão irritada que saiu na briga com ele e foi parar na delegacia. Assim que ela voltou para o internato, ela me contou, e passei a semana toda chorando. Depois disso, eu jurei que nunca mais choraria por ele ou por qualquer outro que fosse. – despejei tudo de uma vez. Ainda fico magoada com essa história. Não por ele ter me feito sofrer, mas por ter caído na ladainha dele. – Posso me lembrar com clareza da noite que passei com ele. Achei que eu me lembraria desse dia com muito carinho, mas hoje só consigo sentir dor e tristeza. E, principalmente, nojo dele. Ele fez o meu coração em um milhão de pedacinhos. – Abaixo minha cabeça e começo a chorar de novo. Oliver levanta minha cabeça e faz com que eu fique com meu olhar sobre ele.

- Esse idiota realmente mereceu a surra que levou de mim, e ainda merecia mais. – o olho com atenção. – Saiba que nessa história quem saiu perdendo foi ele, pois você é uma garota linda e maravilhosa por dentro. Eu sei que você fica triste com essa situação, mas, Candy, não fique. Ele não merece uma lágrima sua. – Ele passou os dedos em meu rosto, tentando secá-lo. Consegui me acalmar mais uma vez.

- Obrigada pelas suas palavras, Oliver.

- Não há de que. Saiba que, quando precisar, eu estarei aqui. Agora... Por que você não toma um banho para refrescar a cabeça? – Eu afirmo com e me levanto.

Vou para o meu quarto e pego uma muda de roupa. Depois, vou até o banheiro e fecho a porta. Tiro a roupa rapidamente e vou para debaixo do chuveiro. Não me importo se já está tarde para lavar a cabeça, só quero me jogar em baixo da água. Fico assim um bom tempo. Faço tudo o que tenho que fazer no banho e o finalizo. Coloco minha roupa e penteio o meu cabelo. Saio do banheiro e vou para o meu quarto. Arrumo a minha cama e tento não pensar naquele imbecil.

- Candy? – Oliver diz, quando aparece na porta.

- Sim?

- Eu vim ver se você está mais calma. – Ele me responde e eu me sento na cama.

- Sim. Já estou um pouco melhor. – De repente, me passa uma ideia um pouco doida. Não quero ficar sozinha essa noite. Então resolvo falar. – Oliver...se eu te pedir uma coisa, você faz?

- É claro!

- Dorme aqui comigo? – Ele franze a testa. – Não quero ficar sozinha.

- Durmo sim. – Oliver sai de perto da porta e vem até a mim. Ele já não está mais com a roupa que usou para sair comigo, está apenas de calça de moletom e sem camisa.

Ele sobe na cama e deita ao meu lado. Puxa um cobertor e se cobre.

- Oliver, onde você aprendeu a bater daquele jeito? – Eu perguntei, pois fiquei curiosa. Ele bateu muito bem.

- Meu pai era policial, ensinou a mim e a Mia a lutarmos, caso a gente precisasse um dia.

- Hum. – Eu respondo. Estou deitada de lado, vendo ele falar. Oliver está deitado de barriga para cima. Chego mais perto dele. – A sua mãe também era policial?

- Não. Ela era enfermeira. Quando eu era criança, ela sempre me contava como eles haviam se conhecido.

- Como?

- Um dia, meu pai se machucou no trabalho e foi levado para o hospital. Minha mãe cuidou dele e fizeram amizade. Chegou o dia dele ir embora e não se viram mais. Até que, um dia, meu pai viu uma mulher sendo assaltada e a ajudou. Ele viu que era a enfermeira que cuidou dele e pagou um café a ela. Depois disso, eles nuca mais se separam. – Sorrio com a história que ele acabara de me contar. E posso ver que ele também está sorrindo.

- Eles se amaram muito então.

- Sim. E foram ótimos pais.

- Você já se apaixonou, Oliver? – Eu pergunto e ele vira para mim.

- Sim. Duas vezes. Uma foi o meu primeiro amor. Acho que todo mundo tem um primeiro amor. – Ele diz e ri. – Um dia acabou, mas fui feliz. Durou enquanto foi para sempre.

- Filosofou agora. – rimos juntos. – E a outra?

- Eu acho que eu não teria chance com ela.

- Mas você nem tentou?

- Não. Eu sei que não ia dar certo. – Ele suspirou. – Melhor a gente dormir. Boa noite, Candy.

- Boa noite, Oliver. – Eu digo e faço um carinho no rosto dele. Eu viro para o outro lado da cama e bocejo. Espero que eu consiga dormir essa noite.


Doce CandyWhere stories live. Discover now