Capítulo Vinte e Cinco

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Não acredito que estava em uma cela de prisão. Nunca havia entrado numa antes. Também não estou sozinha; Angel está me fazendo companhia. Ela não havia me deixado sozinha naquela rua, para ser presa.
Os policiais só conseguiram prender a gente, o resto conseguiu fugir.
- Assim que eu ver o Luke, vou fuzilá-lo. – Disse Angel, cheia de raiva.
- Aí, você vai ser presa de novo.
- Não acredito que isso aconteceu, Candy. Não devia ter deixado você participar daquilo. Aliás, eu não deveria nem ter te arrastado para lá. Sou uma péssima amiga.
- Que isso, Angel. Você não teve culpa. – disse, passando as mãos pelo ombro dela. – E você não é uma péssima amiga. Você teve a oportunidade de fugir e não o fez. Ficou ali comigo. – mostrei-lhe um meio sorriso. Ela bufou um pouco, mas depois sorriu.
- O meu pai vai me matar, Candy. – passou os dedos em suas têmporas. – Ele disse que, se eu aprontasse mais alguma coisa, ele me mandaria para a casa da minha mãe. Eu não quero ir para lá! – Ela falou, quase gritando.
- O seu pai não vai fazer nada. – Quando eu ia dizer mais alguma coisa, um policial apareceu.
- Vocês duas. – Ele apontou para nós. – Cada uma tem direito a uma ligação. Então... Quem vai ser a primeira?
Eu e Angel nos entreolhamos.
- Eu não quero.
- Mas, Candy...
- Eu terei que pedir para o nerd me tirar daqui. Não vou me rebaixar a esse ponto.
- Tudo bem, você que sabe. – Ela suspirou. – Eu vou tomar coragem e ligar para o meu pai.
E ela foi, junto com o policial. Depois de longos minutos, voltou. Estava com uma cara de cansada e não me disse nada.
Quatro horas depois...
Eu estava sentada no chão, pois havia me cansado de ficar em pé. Angel estava encostada nas grades da cela.
De repente, apareceu um policial que nos olhou brevemente, antes de falar:
- Vocês estão liberadas.
Nós duas nos levantamos rapidamente. O cara abriu a porta e saímos. Ele nos acompanhou até a recepção da delegacia.
Logo que chegamos lá, Angel estremeceu quando viu um homem alto e loiro. Ele aparentava ter uns quarenta anos, e estava bem furioso.
- Pai... – Ela disse, quase que em um sussurro.
- Não diga nada, Angel. – Ele falou, com a voz grossa.
Eu desviei o olhar para o lado e não acreditei no vi: Oliver encostado num balcão. Ele estava me fuzilando com olhar e parecia bem nervoso.
Angel olhou para mim.
- Desculpa, Candy, mas tive que avisá-lo. Pedi a ele que ligasse para o meu pai. Eu não tive coragem.
- Tudo bem. – Eu respondi.
- Vamos, Angel. – O pai dela disse. Péssima hora para conhecê-lo.
Eles saíram do local e o nerd veio até a mim.
- Vamos embora também, Candice. – Ele me disse, secamente. Eu só assenti.
Voltamos de táxi. Ele não falou nada o percurso inteiro. Não bufou e nem olhou para mim.
Ele passou feito um furacão pela recepção do prédio, e o segui o mais rápido que pude.
Ele abriu a porta do apartamento e jogou as chaves em cima da mesa, com força. Aquele silêncio todo dele estava me deixando aflita.
Ele já estava indo para o quarto quando eu resolvi falar:
- Você não vai dizer nada, Oliver? – Ele parou de andar e ficou de costas para mim. – Tipo, você não vai me dar uma bronca ou gritar comigo? – Eu perguntei, bem baixo. Ele se virou para mim, deu um suspiro longo e depois começou a falar:
- E por um acaso adianta alguma coisa, Candice? – Ele perguntou em um tom consideravelmente baixo. – Eu já fiz tudo isso com você e não deu certo. Então por que você quer que eu faça isso agora?
- Porque é uma coisa normal para você? – supus.
- Quer saber, Candice? Estou cheio desses seus joguinhos que você faz para me irritar. Isso é cansativo, sabia? Ficar como gato e rato o tempo todo. – Eu não conseguia decifrar o olhar dele. Seus olhos estavam escuros, não mais aquele verde característico. Dessa vez, eu sentia medo dele. Ele estava enfurecido, mas, ao mesmo tempo, contido. – Você conseguiu o que queria, Candice! Você me irritou.
Eu não conseguia dizer nada.
-Sabe o que eu fiz a noite inteira? – neguei com a cabeça. – Fiquei sentado no sofá, te esperando e torcendo para que não acontecesse nada de ruim com você, pois nenhum lugar é seguro, ainda mais para duas meninas de tão pouca idade. Porém, não quis te impedir de ir. Não queria ter mais uma briga com você. Achei que não iria se meter em nenhuma encrenca, mas, pelo visto, eu estava enganado.
- Olha, Oliver... – Tentei dizer algo, entretanto, ele me cortou.
- Não precisa se explicar, Candice. Sabe o que eu vou fazer agora? Vou deixar você seguir com a sua vida.
Não entendi. O que ele quis dizer?
- Você vai poder fazer o que quiser. Ir onde quiser, a hora que quiser, quando quiser e com quem quiser. Eu não me importo. – Ele sorriu, sarcasticamente. – Mas você poderá morar aqui e vai continuar recebendo a mesada que eu te dou. Eu só te peço uma coisa: nunca mais dirija a palavra a mim.
Ele disse e saiu da sala. Foi para seu quarto e bateu a porta violentamente.
Eu cai sentada no sofá, perplexa. Não acredito que ele disse essas coisas para mim. Ele, definitivamente, explodiu.
Sei que dessa vez aprontei, mas será que eu precisava disso tudo mesmo?
Provavelmente, fiquei mais alguns minutos ali, pensando, até que resolvi ir para o meu quarto.

É gente, hj a Candy errou feio. Mas ela bem q mereceu né? Kkk Será q o Oliver vai perdoá-la?

Até a semana q vem, mas como terá um feriadão, talvez eu poste um cap. Não esqueçam de comentar e votar....Bjs!


Doce CandyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora