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A vida é feita de altos e baixos.

Escolhas.

Um dia você se sente bem, no outro você quer sumir.

A vida é complicada.

O fácil nunca é bom.

Escolhas.

Estava chovendo muito naquele dia.

Michael Clifford estava atendendo mais outro cliente chato, que apenas Luke conhecia bem. Ele arrumou seu óculos de grau, forçando um sorriso e tentado falar pela milésima vez que não vendia cerveja ali.

Bittersweet Coffee Shop. Era uma cafeteria, oras. Café.

O grande janelão mostrava as pessoas correndo do lado de fora, enquanto as mais espertas tomavam seus cafés ali dentro. Era quentinho e confortável. Michael via todos chegarem e sairem, mas nada de Luke.

Escolhas.

Onde Luke estava? Uma semana já tivera passado. Aquela agonia de não saber o que está acontecendo era horrível. Michael sentia-se péssimo. Urgh. Luke não atendia o telefone, ou o deixava subir. O que estava acontecendo?

Só foi um beijo.

O beijo que fez Michael pintar telas e telas, gastando todas as suas tintas e ficando dias sem pintar nada. Ele via o colorido novamente.

Tudo era azul.

Aquele homem risonho que trabalhava no prédio do Luke entrou todo molhado. Calum. Pingando. Nossa, como ele está ensopado. Ele tinha o maxilar firme, a barba pra fazer e os olhos caricatos marejados. O que estava acontecendo? Michael o viu se aproximar de Jimmy e tentou ouvir a conversa, mas era impossível com todos aqueles burburinhos ao redor e a chuva forte do lado de fora.

Outra cliente chata empinou o nariz na frente de Michael.

O que estava acontecendo?

Ele olhava confuso para Jimmy, e viu o semblante do homem ficar triste.

A vida é feita de altos e baixos.

Escolhas.

Michael abraçou os joelhos, sentindo as lágrimas molharem sua calça skinny e ouviu Lizzy choramingando. O chão daquele corredor era frio. Ele fungou, enquanto levantava a cabeça e sentiu o forte cheiro hospitalar. Outra fungada. O peso do mundo parecia está sobre suas costas. Michael sentia-se culpado.

Se não tivesse beijado Luke, tudo seria diferente?

Escolhas.

Tudo estaria normal?

Luke não teria pegado sua bicicleta e ido andar na chuva, porquê estaria na cafeteria atendendo aqueles clientes chatos.

Luke estaria bem?

Michael sentia seu coração doer. Uma voz gritava que era tudo culpa dele. Berrava com todas as letras. A ansiedade era dolorosa. Seu corpo estremecia com cada lágrima que escorria. Ele gostava tanto de Luke.

Aquilo não podia ser o fim.

"Eu sou Luke" o loiro disse, o encarando. Como ele era bonito, Michael pensou. "Hemmings"

"Eu sou o Michael. Michael Clifford" disse limpando a garganta rapidamente, tentando parecer apresentável e ouviu o lindo loiro de olhos azuis rir, o fazendo deixar um sorriso confuso escapar. "O quê?"

"Eu tenho um gato, e ele se chama Michael" riu Luke, e Michael percebeu o quanto ele era adorável.

"Não brinca" sorriu Michael inclinando-se para frente, querendo se aproximar mais daquele rapaz. "Eu amo gatos"

Aquilo não podia ser o fim.

"Eu não curto rapazes, Michael" mentiu descaradamente e ouvira Jimmy gargalhar. O homem ouvia a conversa deles? Que desgraçado. O rosto de Luke fica novamente avermelhado e ele se odeia quando percebe que Michael está sorrindo.

"Qual é" o de cabelo escuro tenta conter o risinho, inclinando-se sobre o balcão. "Só dois amigos heterossexuais tomando uma cerveja"

Luke franze a sobrancelha e se afasta, sentindo a mão livre de Michael segurar a sua cintura e puxá-lo contra o balcão. Um arrepio sobe a coluna do garoto, fazendo seus pelinhos loiros levantarem. Suas pupilas dilatam de imediato e o azul cor de mar do seus olhos viram meros fios. Michael abre um sorriso tão malicioso quanto a face do diabo e umedece os labios rosados na frente de Luke, em um ato de provocação.

"Prometo deixar a minha língua longe da sua garganta heterossexual" falou soltando o quadril do loiro e riu baixinho do rapaz, que manteve os olhos arregalados e ignorou os olhares que os cercavam. Michael abriu um sorriso quase maior que seu rosto e girou a bandeja metálica no dedo indicador. "Sim ou não?"

Escolhas.

Michael viu de longe um homem de jaleco branco se aproximar e fungou, deixando as lágrimas rolarem. Ele bateu a cabeça contra o geso da parede e levantou, assim como Lizzy e Calum. Seu coração batia forte e suas mãos suavam. Droga.

I never meant to fall for you but I / Was buried underneath and all that / I could see was white

Michael sorriu, sua mão estava contra o rosto de Luke. Ele era quente. Suas pálpebras magras cobriram os mares azuis. Michael não pensou duas vezes e lhe beijou. Beijou forte. Os lábios pálidos o correspondeu.

My salvation, my my

"Doutor, e-ele vai ficar bem?" Lizzy perguntou com seu queixo trêmulo, as lágrimas caíram e o silêncio pairou ali como uma nuvem nublada. Todo o hospital parecia que tivera se calado pra ouvir a resposta do doutor.

Michael olhou para o médico e respirou fundo. Ele não estava pronto para uma notícia ruim. O que aconteceu? As lágrimas voltaram a cair e o rapaz mordeu o interior de sua boca. Seu paladar identificou o gosto de sangue e as lembranças de Luke vieram a tona.

Luke tinha o tirado do preto e branco.

"Ela vai ficar bem, mas ainda está inconsciente" disse o velho ríspido. "Lucy ficará bem..."

"Oh" Lizzy suspirou, aliviada.

"Lucy?" Michael virou-se para Lizzy. O rapaz franziu o cenho e balançou a cabeça sem entender.

Tudo girou.

"Quem é Lucy?"

notes: todo mundo bem?

gente, postei umas fics novas e tão bem legais. dêem uma olhada no meu perfil, pfvrr

obrigado pelos 7k aqui em Luke, to chorando diamentes

amo vocês

luke ♢ muke [c]Where stories live. Discover now