Confiança é objeto caro

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_Hoje eu vou te fuder sem camisinha! _disse o homem de olhar firme a sua namorada.

_Aah, amor...! Gostei, gostei! _disse a namorada de aspecto submisso e felicidade radiante.

O homem, no entanto, estuda a namorada. Espera que ela tome outra postura. Logo, ele chega a conclusão em que ela esboça apenas uma leve confusão de seu semblante, inverso que ele prometera.

_Você confia em mim? _Pergunta o homem com sua mão esquerda tocando-a carinhosamente, dedos tocam partes do pescoço e maça do rosto dela.

_Claro, meu amor! Claro! _ela aproxima mais, agora com braços abertos para abraçá-lo. _Sem dúvi...

O homem intercepta a namorada com um potente tapa na cara. A força aplicada é tão grande que a faz perder o equilíbrio. Então, ela sentada, lábios com manchas de sangue, olhos cheios de lágrimas banhando sua incredulidade, abrigando-se no seu silêncio confuso.

Olhos e lábios definem o desapontamento do homem.

_Então, você acredita nas palavras de um homem, em  que você conhece apenas por quatro meses? _disse o homem em fúria contida.

A namorada o olha mas não o responde.

_Esse mal que lhe fiz não chega nem perto que outro homem poderia ter lhe feito. Portanto, jamais confie tua vida, dessa forma ridícula e suicida, a outra pessoa.


Entre Péssima Caligrafia e BytesWhere stories live. Discover now