Entre Péssima Caligrafia e Bytes

O Ordinário - Ato I

 Harpócrates, mas vamos chamá-lo de Harpo, um homem de 25 anos, pele branca, cabelos castanhos e grandes, abaixo do ombros, jogado para o lado, rosto belo, barba cheia e bem desenhada. Usa camisa de manga comprida, de cor branca, aberta.. Harpo joga xadrez sozinho. O tabuleiro está sobre uma mesa pequena, ao seu lado esquerdo: as peças do xadrez são de trabalho bem realista, com a característica humana, são belíssimas em material em aço com detalhes pretos; outra parte das peças são em madeira com detalhes na cor branca. Ao lado direito, sobre uma mesa larga tem um computador e na tela tem um jogo de xadrez, sobre a tela está escrito"partidas On line", na parte de baixo da tela, está escrito. "Grécia vs O.Terrarum". Ele move a peça no computador e move a peça no no tabuleiro real, frequentemente tem sorriso no rosto... o celular toca insistentemente. Os nomes variam: ora Juliana, Viviane, Karina, Penélope, Cássia,... Harpo deixa tocar, ao som de "Go Autem Diaboli" ora atende e deixa a ligação ativa mas não fala nada, ora desliga na terceira chamada. Harpo faz xeque mate e gargalha em som estrondoso. Olha para o espelho e recolhe o sorriso; olha para os cantos da sala. Respira fundo pega o celular, fica pensativo. Decidido, ele procura um nome no telefone. Juliana, ele liga.
_Oooi, sumido! Tou com saudade! Não me liga mais... _diz Juliana como se falasse escondida para que ninguém a ouvisse.
_O que está fazendo? _ como se ordenasse algo sem se importa com súplicas de um funcionário que clama direito ao patrão.
_Aaah! Estou fazendo a festa de aniversário para meu filho!
_Seu marido está aí do lado!?
_Está aqui perto! Mas diga gostoso! Tô com saudades!
_Manda uma foto do seus peitos! Mas quero que seu marido esteja na foto!
_Você e suas loucuras. _ Juliana ri com tamanha satisfação.
Harpo desliga o celular e coloca sobre a mesa. Ele incia outra partida de xadrez. Minutos depois recebe uma mensagem. Harpo, move uma peça. Logo, pega o celular e olha. Harpo olha atentamente para tela do celular. Sorrir. Ele liga para juliana novamente.
_Oooi! E aí, gostou? _Juliana está esbaforida!
_Quero mais! Mas na hora certa vai saber!
Harpo desliga o celular. Está excitado e olhos brilhantes. Ele pega as peças de peão do xadrez e fica brincando, como se quisesse quebrar todas regras do jogo. Indo para uma lado e para outro. Ele levanta e sem querer derruba o tabuleiro. Incrivelmente todas peças caem dentro da caixa, sem distinção do poder que elas tem dentro da regra do jogo. Harpo não dá importância para aquilo.
A noite, Harpo sai do carro, estacionado debaixo de uma árvore, bem escuro, olha para outro lado da rua, escuta muitas vozes, muitas gritaria de crianças. Harpo pega o celular e liga para Juliana! Juliana não atende. Harpo fica sereno e olhar contemplativo para festa. O celular toca, é o chamado de Juliana. Ele atende calmamente.
_ Estou do outro lado da rua. - Harpo fala com voz imperativa.
_Mas agora não dá! Está uma confusão aqui! _ Juliana tem uma tom de voz que parece ter receio de magoar o amante.
_Sabe bem que não estou pedindo! _sem demora ele emenda_ Venha logo!
_Mas... Mas... _Juliana fica em silencio.
_O que acontece quando se me contrariar!? Tá lembrada?
_Não, não, não..! Tou indo aí!
Harpo desliga o celular e sorri sem mostrar os dentes.
Minutos depois, Harpo olhando para festa segue o olhar para os passos de uma bela mulher branca de cabelos pretos, amarrado como "Maria Chiquinha" usa salto alto e andar elegante. Ela chega aperto dele
_Oooi! Que saudades! _Desconfiada, Juliana diz com som baixo, para não chamar atenção.
_Também!
_Que dia vamos ficar... tá fazendo falta para esse corpinho?
_Hoje! _Harpo segurando sorriso.
_Hoje? _ Juliana surpresa
_Agora! Do jeito que te ensinei! Apenas como aperitivo...
_Agora não! Aqui é perigoso.
Harpo se prepara para ir embora. Juliana o segura e puxa para a parte mais escura. Ela olha para os lados, olha para Harpo. Harpo tem semblante superior e ditador. Juliana abaixa o zipper da calça de Harpo, olha para os lado novamente e ajoelha. Harpo sorrir.
Minutos depois, Juliana de joelhos, seu celular toca. Ela olha para o celular. Na chamada está escrito "Amor". Juliana olha para Harpo. Ele balança a cabeça de forma negativa. Juliana deixa tocar a chamada. Harpo lentamente coloca o dedo e desliga a chamada. Juliana fica tensa preocupada, mas volta a fazer sexo oral em Harpo.
Harpo segura forte os cabelos de Juliana. Mas...
_Seu desgraçado! _ uma voz furiosa e desesperada de homem.
Harpo se assusta e olha para trás. Mas no mesmo instante, ele recebe um soco potente no rosto. Harpo cai, tudo rápido, no ao chão, olhando através da grama verde e alta, logo, tudo fica preto. Harpo abre os olhos lentamente, e ver um homem de cara larga e barbuda esbravejando palavras inaudíveis. Harpo fecha os olhos, tudo fica preto novamente; ele abre olhos. Harpo ver o homem com uma faca e feições ameaçadoras. Juliana tenta segurar o homem. Mas é empurrada para longe. Harpo fecha os olhos novamente, tudo fica preto. Harpo abre os olhos e ver a faca suja de sangue. O homem se afasta, cospe no rosto de Harpo. Harpo fecha os olhos; tudo fica escuro. Harpo abre os olhos, luzes do giroflex da ambulância. Harpo fecha os olhos; tudo fica escuro. Harpo abre os olhos, deitado em uma maca, ver o teto e lampadas passando lentamente. Harpo fecha os olhos. Escuridão...
Harpo acorda, olha para os lados, paredes de um hospital. Olha para o braço e ver em seu braço espetado com agulha de soro. tenta se livrar e ao mesmo tempo se levantar. Mas está fraco e sua visão volta escurecer.
Harpo está sentado e olhar perdido, não piscam, olhos brilham, está atônito, apenas seu peito se move lentamente quando respira.
_... senhor Harpócrates! Conforme o relato dos paramédicos, o cachorro estraçalhou... _voz de uma mulher! A médica tem cuidado com as palavras.
Uma mão masculina, com jaleco branco levanta as pálpebras de cada olho de Harpo, e uma luz toma conta da íris, lagrimas caem para os lados.
_...e... digeriu... o seu pênis...! _Voz sai como lamento.
Harpo levantas as iris dos olhos e perde a consciência.

Continua...