Amores impossíveis não existem de fato, o que existem são amores não correspondidos, pois quando duas almas estão traçadas, algo sempre os unirá de alguma forma. No caso de Valentina e Hoseok, o que os uniam era a música.
Humor;
[ Fanfic não revisa...
"Você consegue." Respiro fundo, abrindo a porta de seu quarto.
Meus pensamentos embaralhados tentavam focar no que meu corpo queria fazer. Há um tempo atrás, sempre no banho, principalmente, ensaiei uma música um tanto quanto especial para dançar somente para Hobi.
Talvez dizer um te amo seja muito simples.
Quero mostrar o quão importante ele é para mim, quero tentar mostrar todo meu amor assim como ele fez todo esse tempo, quero acabar com suas dúvidas como ele acabou com as minhas.
"Hobi?" O chamo, observando seu corpo jogado de mal jeito na cama.
"Hum..." Ele murmura, ainda de olhos fechados.
"Eu quero te levar para um lugar." Sento ao seu lado, acariciando seus cabelos de uma forma suave.
Após alguns minutos de insistência, Hoseok finalmente levanta da cama, pronto para me dar o mínimo de atenção, ao menos.
"Eu sei que você está cansado, mas é importante." Seguro em sua mão, ignorando a blusa completamente amarrotada em seu corpo.
"Pra onde vamos?" Ele indaga coçando os olhos com a mão livre.
"De tarde eu estava conversando com os meninos e eles me falaram sobre um Karaokê que tinha aqui perto." Explico, me despedindo dos meninos com um aceno, abrindo a porta principal.
Nossas mãos entrelaçadas afastavam um pouco o medo da sua reação sobre o que eu iria fazer, era estranho como apenas uma parte de si conseguia me passar tanta segurança assim, mesmo sabendo sobre os riscos que eu corria perto de alguém como ele, me sentia bem do mesmo jeito. Me sentia segura em seus braços.
A fraca ventania acariciava meu rosto de uma forma suave, como se a própria natureza estivesse falando que não havia problemas. Sorrio.
Encaro os habitantes da pequena cidade que andavam como se o homem que estava ao meu lado, não tivesse significado nenhum no universo, por mais estranho que pareça, eu me sentia muito bem com isso, pelo sorriso que Hope carregava em seus lábios, suas observações não eram diferentes das minhas.
Viro mais uma rua a esquerda, admirando a felicidade do povo nas lanchonetes, ou até mesmo o estado deplorável que alguns se encontravam por conta do álcool. Ando mais alguns metros de asfalto liso, parando em frente a um estabelecimento colorido, com grandes letras de fôrma escrito 'KaroP'
Um carro preto para atrás de nós. Escuto o som da janela sendo aberta, me viro, dando atenção a uma jovem mulher que conduzia mesmo.
"Onde fica o mercado mais próximo?" A moça pergunta estranhamente.
"Desculpe, mas eu não conheço a região muito bem." Sorrio desconfiada, apertando as mãos de Hope.
"Bem...então tudo bem!" Ela sorriu. "Mas obrigada de qualquer forma!"
O carro rapidamente se vai, bloquiando nossa visão sobre ele. Encaro Hoseok com uma sobrancelha arqueada, o mesmo dá de ombros, não se importando com o que acabara de acontecer. Dou meia volta, parando em frentre ao edifício.
"É aqui." Suspiro.
"Você está tão nervosa, até parece que vai me pedir em casamento." Ele ri, me puxando para dentro do KaroP.
"COMO VOCÊ DESCOBRIU?!" Arregalo os olhos, com a boca entreaberta.
"Voce ia me pedir en casamento?!" Soltou nossas mãos, assustado. "Nana, eu gosto muito de você, mas acho que não tem como casarmos e tam-"
"É brincadeira, idiota. Não vou te pedir em casamento." Rio, observando um curto suspiro de alivio sair de seus lábios, enquanto ele entrelaçava nossas mãos novamente. "Não hoje." Lanço-o uma piscadela, indo para a recepção do local.
"Boa noite." Digo, chamando a atençao da linda moça para mim. "Eu reservei a sala sete ontem, neste horário." Sorrio, observando a moça teclar rapidamente em seu computador. "Está reservado como Valentina." Completo, vendo-a concordar, procurando a chave.
Pego-a, despedindo-me gentilmente da Raquel, pelo que vi no crachá, indo para a determinada sala.
"Não sabia que você era fluente em inglês." Hoseok susurrou, olhando em volta. "Tem certeza que isso é um Karaokê? Parece um motel." Murmura, reparando na fraca iluminação do corredor.
Ignoro-o, lançando-lhe um olhar brincalhão.
Assim que encontro a sala, meus batimentos cardíacos aumentam em uma gradativa velocidade, não estava desesperadamente nervosa, mas aquele frio na barriga ainda me perturbava. E se ele não gostar? Hope é a melhor pessoa que já vi quando se trata de dança.
Abano a cabeça, tentando acalmar meus ânimos.
"É aqui."
Minha mão com a chave se eleva, destrancando a porta, a abrindo lentamente.
A sala era bem pequena, porém aconchegante. Havia um enorme sofá branco no centro, um tapete felpudo bege, assim como uma máquina de karaokê rosa no canto esquerdo. Um pequeno frigobar completava a decoração. Só havia o básico lá.
"Nana, se você quisesse fazer algo mais era só ter posto os meninos pra fora e-."
"Fica quieto, Hobi." Gargalho, empurrando-o para o sofá. "Senta aí, e não se mexa." Digo por fim, dando um pequeno beijo em sua testa.
Assim que me viro para sair, suas mãos me puxam fortemente, fazendo-me cair em seu colo.
"Estou com saudades do teu gosto." Suspirou, acariciando meus ombros. "Do gosto doce da tua pede." Desceu a mão para minha cintura, apertando-a de leve.
"Calma aí, apressadinho." Me afasto, rindo se sua expressão frustrada.
Coloco o pendrive com a tão esperada música na máquina.
"Eu acho que vou surtar se continuar assim." Murmuro, rindo.
Pego uma cadeira que havia pedido para que a moça colocasse ontem, posicionando-a em frente a Hoseok, enquanto respirava pesadamente, ajeitando a blusa vermelha de botão que usava.
