-Bea?-a sua voz volta a espantar os meus profundos sentimentos. -Pareces pensativa. Algo errado?
-O quê? Não...está tudo bem. –minto para ocultar os meus receios e ele abana cabeça em afirmação.
-Então, estive a pensar e talvez eu te devesse levar a jantar um dia destes. -ele parece envergonhado. Está a coçar a parte de trás da cabeça. Mas, esperem, ele está a convidar-me para sair? Tipo um encontro daqueles como se veem nos filmes?
-Eu já vi esta cena em milhares de filmes. Esta é a parte em que eu pergunto "Queres dizer como um encontro?". –e depois de dizer isto, solto uma gargalhada.
-Pare de imaginar. Isto é a vida real, menina Robertson. Pergunte o que quiser. –ele está a fazer um esforço enorme para não se rir. Ele não quer estragar o momento mais cliché da minha vida.
-Queres levar-me a um encontro, é isso?-pergunto, também fazendo um esforço enorme para não me rir.
-Não é isso que os namorados fazem? –agora, as coisas tornam-se sérias. Ele pronunciou mesmo aquela palavra? Sim, ele pronunciou.
-É isso que nós somos? É que tu ainda não me perguntaste.
-Ainda não perguntei o quê?
-Não é óbvio? Se eu queria ser tua namorada. -esclareço.
-Oh, vejo que queres que as coisas funcionem á moda antiga. –reviro os olhos.
-Não exageres, Dyls.
Ele levanta-se da mesa e dirige-se a mim. Depois, puxa-me os braços para que eu me levante também. Assim que nos encontramos os dois de pé, ele ajoelha-se , pega na minha mão e pronuncia as sete palavras:
-Beatrice Laureen Robertson, queres ser minha namorada?
Ele está completamente doido, só pode.
-Dylan, levanta-te do chão. -peço.
-Ainda não respondeste. -ele parece desesperado por uma resposta. -Beatrice, é uma resposta simples, sim ou não? De que é que tens medo?
-Eu não quero magoar-me. -ele abre a boca para me responder mas não diz nada. Ao invés disso, levanta-se e abraça-me. Começo a chorar. Não sei porquê mas começo.
-Beatrice, eu não te vou magoar. –ele beija-me a parte cima da cabeça e um choque elétrico percorre todo o meu corpo. Limpo os olhos, separo-nos e encaro-o.
-Então, vamos com calma, está bem? Vamos ter de manter isto entre nós até chegar o momento certo. Ninguém pode saber disto. –solto um suspiro. –Exceto o Mike.–acrescento.
-Eu prometo, Bea, este será o nosso grande segredo.
Ele roça o seu nariz no meu, o que me faz rir. Os seus lábios voltam a tocar nos meus. Enquanto o beijo acontece, sou encostada á parede com alguma brutalidade por Dylan, o que me faz soltar um gemido.
-Dylan...-sussurro –Vamos acordar o teu pai. –Solto um risinho abafado.
-Shhhh -Dylan sussurra bem perto meu ouvido, o que faz a minha pele arrepiar-se.
-Eu devia ir andando, Dyls.-empurro-o com alguma dificuldade e assim que me vejo livre dele, volto a encará-lo.
-Ohhh, não vás. Fica só mais um bocadinho.-ele faz beicinho. Parece uma criança adorável.
-Não posso...
-Muito bem, vou buscar-te a tua casa na sexta ás 7 em ponto. Não te atrases.
Solto uma gargalhada. Na verdade, mal posso esperar.
Ele acompanha-me á porta. Assim que lá chegamos, as suas mãos agarram a minha face para que ele consiga unir os nossos lábios outra vez como um beijo de despedida. Mordo o lábio assim que o beijo termina. Sorrio.
-Adeus, Dyls.
-Adeus, Bea.
[nota] || Olá, olá
Antes de mais, desculpem por todo este tempo sem publicar nada, eu sei, eu sou uma tristeza! E depois, desculpem por este capítulo estar pequeno e uma bostinha. Tenho andado sem imaginação nestes últimos dias e logo agora que a história estava a ficar interessante.
Peço-vos que sejam sinceras e se acharem que não estão a gostar do rumo que a história está a levar me digam! Por favor, a vossa opinião vale mesmo muito para mim.
Queria agradecer mais uma vez todo o vosso apoio, vocês são as maiores!
Até ao próximo,
Cate
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Sweet Escape || Dylan O'Brien
FanfictionA história de uma rapariga deprimida que encontra um escape para os seus problemas quando começa a encontrar-se com um estranho em quem ela teve de aprender a confiar. "Como é que um simples estranho, de repente se torna tão importante?"
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