Capitulo Um

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A luz solar entrando pela janela incomoda meus olhos

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A luz solar entrando pela janela incomoda meus olhos. Reclamo mentalmente após lembrar que eu que havia esquecido ontem de fechar as cortinas. E uma das coisas que eu mais odeio é acordar com raios de sol na minha cara.


Me levando da cama e vou ao banheiro, tranco a porta por via das dúvidas e começo a tirar meu pijama. Paro em frente ao espelho e encaro meu reflexo. Corpo relativamente magro, cabelos loiros na altura dos seios e várias marcas roxas distribuídas em vários lugares. Sinto um arrepio percorrer minha espinha e uma tristeza profunda. Sinto uma forte vontade de soltar as lágrimas que venho prendendo desde ontem mas, antes que esse desejo me consuma por completo saio da frente do espelho o mais rápido possível e entro de baixo do chuveiro.

A água gelada logo entra em contato com a minha pele e sinto um grande alívio. O banho sempre me relaxa. É como se todos os meus problemas e todos os vestígios do toque dele fossem embora junto com a água. Me permito fechar os olhos deixar que a imaginação tome conta da minha mente. Estou feliz, meus antigos pais ainda estão comigo e nenhuma das cicatrizes que eu tenho acumulado nesse últimos anos existe. A sensação que eu sinto é tão boa.

Mas não se pode escapar da vida real. Nem do final do ensino médio.

Me enrolo em uma toalha e vou para meu closet. Escolho uma roupa simples mais elegante. Afinal, tenho que manter as aparências. Deixo meus longos fios loiros soltos e pego um óculos escuro. Começo a descer as escadas para enfrentar um dos meios maiores pesadelos.

O café da manhã.

Meu café da manhã não é como o das típicas famílias americanas. Aonde o clã feliz se reúne para sua primeira refeição do dia e comenta como foi sua noite de sono e o que vai fazer durante as próximas horas. Isso está muito longe de acontecer.

Meu café da manhã se resume a sentar em uma mesa durante uns quinze minutos em total silêncio e fingir que eu não sinto vontade de vomitar toda vez que olho para a cara do Michael.

- Bom dia - Digo com o um sorriso forçado em meu rosto assim que entro na cozinha.

- Bom dia menina - Diz o lado bom do meu café da manhã. Lola.

- Bom dia filha - O ser repugnante chamado Michael diz - Dormiu bem?

O sorriso cínico em seu rosto me deixa indignada. Como ele pode ser tão insensível e cruel?

- Maravilhosamente bem... pai - Tento o máximo possível não transparecer o nojo que sinto no momento.

- Que bom - Ele diz agora sem nenhuma emoção e volta a ler seu jornal.

A GAROTA POR TRÁS DA MÁSCARA - LIVRO UM (ÚLTIMOS CAPÍTULOS)Where stories live. Discover now