Capítulo Trinta e Cinco

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- Sex on the beach, por favor

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- Sex on the beach, por favor. – O barman balança a cabeça concordando e se afasta.

Balanço levemente meu corpo no ritmo da música que toca. Não sei qual é, mas a batida é boa.

- Aqui. – O barman retorna e me entrega o copo com a bebida de cor alaranjada e depois de agradecer me afasto.

A Darkness era a boate mais próxima da nossa cidade, ficava localizada no centro da cidade vizinha e levava uns quarenta minutos até lá de carro. Durante todo o caminho pude pensar bastante nas palavras de Ames e obviamente discordo com a minha amiga, eu superei sim. Já se passaram quatro anos, é coisa do passado. Ta que depois de algumas bebidas eu posso começar a falar sem parar do caso e talvez comece a chorar como se tivesse acontecido ontem, mas é passado.

Dou um grande gole na bebida para ver se assim paro de pensar no assunto e vou para a pista de dança. Antigamente eu era muito retraída, morria de vergonha em pensar em dançar em público como agora, mas durante meu período de fossa anos atrás, Ames me arrastou para as mais diversas boates e festas e fui perdendo a vergonha.

Sinto saudades dessa época, afogar as mágoas em drinks e bocas desconhecidas, não era exatamente a melhor coisa a se fazer, mas funcionava. Tirava os 'porquês' da minha cabeça. Agora faço o mesmo para tirar os 'e se'.

E se eu fosse falar com ele?

Berro o resto da bebida de uma vez e pulo junto com a multidão cantarolando a música que foi hit ano passado. Uma menina que conheço vagamente por sempre frequentar a Darkness, assim como eu, se aproxima e dançamos juntas. Pulamos, rimos e flertamos com alguns caras da pista.

Horas depois, quando meus pés já estão me matando e que minha bexiga vai explodir, saio da pista e vou cambaleando até o banheiro. Malditos sex on the beat! Eu não deveria ter tomado cinco, ou foram seis? Talvez sete, não sei, parei de contar depois do três.

Solto um suspiro quando vejo o tamanho da fila do banheiro e me encosto na parede, geralmente eu faço de tudo para evitar essas coisas nojentas, mas há exceções como hoje. Olho no meu celular e vejo que já passa das duas da manhã e que há várias mensagens. Ames pedindo desculpas mais uma vez por ter falado o assunto proibido, Felicity falando algo sobre o trabalho (o que me lembra que a essa hora eu deveria estar dormindo), Adam perguntando onde eu estou e Ashley também.

Acho que meu irmão ainda não entendeu que não sou mais um bebê, ele não precisa mais agir como um pai e cuidar de mim como fazia antes. Já sou uma mulher adulta, tenho vinte anos, sei me cuidar.

- Aí ele terminou tudo por ligação. Ligação! Dá pra acreditar? Nem pra olhar na minha cara e falar todas as merdas que queria ele teve coragem. Foi praticamente: 'Ei gata, eu te usei como distração por um mês e meio e valeu, mas não te quero mais. '. – Falo engrossando a voz e fazendo careta. – Por que os homens são assim, hein?

A GAROTA POR TRÁS DA MÁSCARA - LIVRO UM (ÚLTIMOS CAPÍTULOS)Where stories live. Discover now